JUILLIARD

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Fevereiro/2022

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Fevereiro/2022

Apresente-se, por favor — o avaliador da banca de aprovação da faculdade pediu, em inglês, assim que observou-me subir no pequeno palco montado para a prova presencial.

Francine já havia feito a sua e conseguiu ser aprovada com uma bolsa de cinquenta por cento de desconto, o que era perfeito, já que a faculdade custava, em média, cinquenta mil dólares por ano e ela tinha como objetivo trabalhar para conseguir pagar.

A primeira coisa que fez ao descer do palco e receber a sua nota foi ligar para Freddie. Os dois estavam tão envolvidos, mesmo dizendo que não chegava a ser namoro, a ponto de não se desgrudarem mais.

Estava feliz por eles. A vida continua e segue sempre para a frente.

— Meu nome é Isabelle Amy Brites — digo gastando todo o meu conhecimento em inglês da melhor maneira que conseguia. — Sou brasileira, do estado de Minas Gerais, tenho vinte e seis anos..., sou casada, não tenho filhos e atualmente moro em Nova Iorque.

— É um prazer finalmente conhecê-la, Isabelle. — Haviam dois avaliadores naquela tarde, um especialista em voz e o outro em arranjos musicais, o que me deixava ainda mais nervosa ao constatar que precisava agradar aos dois. — Sou Johnny Caravaggio, e essa bela mulher ao meu lado se chama Christy Saint Claire. Antes de qualquer coisa, nós gostaríamos que nos dissesse como conheceu a Juilliard. Não precisa se envergonhar caso seja apenas através do trabalho do seu professor Ramon, é muito comum alguns músicos não saberem sobre nós e, ainda assim, pousarem aqui.

Dou uma risada. Ramon está na plateia observando-me, era praxe por ter sido ele a me matricular, ao lado de Francine. Daniel também estava lá. Havia cumprido com o seu acordo com Thomas e nos mudamos para cá um mês antes, pouco tempo depois do ano novo acontecer.

— Bem, na verdade, eu conheci a faculdade através do filme High School Musical... — informo um pouco tímida e eles riem.

— Isso é mais comum ainda! — dizem com humor. — Continue, por gentileza.

— Eu tinha treze anos quando o último foi lançado, mas era fã dos filmes bem antes disso. Acontece que, antes de assisti-los, não costumava cantar. Foi numa tarde, mais ou menos aos doze anos de idade, em que eu assistia o primeiro ao lado do meu melhor amigo, que soltei a voz pela primeira vez. Ele se surpreendeu ao me ouvir. Desde então, tem me perturbado dizendo que eu deveria ser cantora e, mesmo que ele odiasse esses filmes, me levou ao cinema para vermos o terceiro. Descobrimos a Juilliard nesse dia. Chegamos em casa e pesquisamos sobre.

— Isso é muito interessante! Fico feliz em saber do primeiro contato positivo que tivemos em sua vida — Christy afirma. — Como é o nome do seu melhor amigo?

— Ah... — Olhei para Daniel ali antes de responder. Ele fechou a cara, mas nada podia fazer com relação a isso. Eu não podia mudar a minha história de vida só porque ele odiava. — Thomas Gale.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora