DA AMIZADE, SURGE O AMOR

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"Neste dia, há exatos sete anos, eu conheci você. Desde então, a minha vida mudou por completo. Eu agradeço, Isabelle, por cada segundo que desperdiçou comigo e por cada momento de alegria, tristeza, desavença ou vergonha que passamos juntos. Minha trajetória não teria a mesma graça sem você nela.

Eu te amo.

Te amo desde que a vi pela primeira vez."

— Mensagem de Thomas para Isabelle no dia que completaram sete anos de amizade e companheirismo.

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— O que está fazendo aqui? — Thomas questionou quando me viu adentrar a barraca e me sentar diante dele.

Ele vestia um conjunto de moletom cinza e estava apoiado quase nos fundos com as pernas cruzadas, cabelos rebeldes, rosto assustado e olhos desesperados.

— Freddie pediu para que eu viesse — esclareci com tremor na voz.

Thomas encarou o amigo parado em frente à entrada com fogo nos olhos.

— Você o quê?! — praticamente berrou para ele. Seu rosto, que anteriormente estava branco como o de um fantasma, se tornava vermelho gradativamente. — Eu vou te matar, Freddie!

— Não era para você contar, Isabelle! — ele protesta e eu não faço questão sequer de respondê-lo. Tinha coisas melhores para fazer agora do que discutir.

— Thomas, fique aqui! — exijo e o pego pelo colarinho antes que corra atrás do outro e comece uma confusão desnecessária entre eles. — Por favor.

Ele me encara aflito e intimidado.

— Acho melhor vocês dois conversarem sozinhos agora — Freddie reconhece. Thomas e eu o observamos nada satisfeitos com aquele plano estúpido arquitetado por ele. — Vou dar boa noite para minha namorada, dá licença.

— Você nem se atreva a voltar aqui! — Thomas esbravejou com raiva. — Vai dormir lá fora se depender de mim.

Freddie dá de ombros e um sorriso maquiavélico.

— Não me importo, desde que vocês dois se resolvam! — Nos provoca e sai saltitando com a lanterna do celular acesa.

Suspiro antes de falar qualquer coisa. Meu rosto está completamente molhado, a blusa de alcinha absorvendo as gotas das lágrimas que desciam lentamente e me provocava arrepios.

— Isabelle... — a voz de Thomas saiu arrastada e um pouco acovardada ao som do meu nome. — ...o que você ouviu?

O encarei mergulhando em seus olhos em busca das lembranças do que ouvi, contudo, em minha cabeça estava um emaranhado de palavras que apenas gritavam comigo a quão estúpida eu sou. Afinal, todo mundo disse que ele sempre foi apaixonado por mim, como fui a única que não havia sequer compreendido que aquilo era verdade?

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora