TABUS SOBRE O PRIMEIRO BEIJO

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"...E então, Isabelle, é por isso que eu guardei estes recortes de revistas para te dar no seu aniversário. Mas logo digo que não consigo entender como você pode gostar do Johnny Depp. Ele é estranho em todos os personagens que faz. Você o acha bonito mesmo? Eu duvido muito que aguentaria o bafo de cachaça que esse homem provavelmente tem, mas enfim, gosto é gosto, não é?

Aproveite o mural de colagens."

— Uma parte da carta de Thomas para Isabelle em seu 11° aniversário.

MAIO/2009

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MAIO/2009

A sexta-feira entardeceu um pouco mais leve naquele dia. Estava feliz por ter conseguido entregar um trabalho de química impecável e ajudar Thomas a sair do vermelho. Claro que o mérito por eu ter ido adiante com o objetivo de ser um pouco melhor era todo dele, pois não existia ninguém mais persuasivo do que Thomas Gale no mundo, eu tinha total certeza disso.

Apesar de tudo, nessa etapa da minha vida, já tinha arrumado algumas amizades a mais, e Elisa era uma das melhores entre elas. Entrou em nossa sala no ano seguinte, e assim como eu era amiga de Thomas, ela era de Freddie, fazendo um quadrado perfeito entre nós.

Estávamos quase sempre juntos nas horas vagas e até nas não vagas. Isso fez com que eu considerasse Freddie meu amigo também, apesar de não ter tanta intimidade com ele quanto com Thomas ou Elisa. No entanto, conseguia me soltar entre os três da mesma maneira que consegui com Thomas, e isso era melhor do que um dia eu sonhei.

— Estou de saco cheio desses canais de TV — Elisa reclamou enquanto passava um por um. Estávamos na sala da minha casa aguardando minha mãe chegar. 

— Tem filmes, quer ver algum? — questionei tão desanimada quanto ela em relação a estes entretenimentos.

— Não. — Ela desligou a televisão e se voltou para mim. — Se os garotos estivessem aqui, poderíamos jogar qualquer coisa.

— Mas eles estão no terreno baldio correndo atrás de uma bola — lembrei rindo.

— Odeio futebol — Elisa bufou.

— A gente podia ir ao shopping. O que acha? 

— Ou ao Karaokê à noite — Elisa sugeriu. — Estou afim de cantar um pouco.

— De jeito nenhum! Nunca mais volto naquele lugar. Não acredito que fui obrigada por vocês a cantar, eu deveria nunca mais falar com nenhum dos três por causa disso.

Elisa riu estrondosamente e se deitou no sofá espreguiçando o corpo.

— Vai me dizer que não foi uma experiência incrível?

— Elisa, eu mal consegui dizer uma palavra! — lembrei a ela. — Foi horroroso.

— Eu não sei porquê. Você canta tão bem.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora