APENAS ENTRE AMIGOS - PARTE I

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"Eu sei de pelo menos três garotas que são absurdamente apaixonadas por você."

"No entanto, eu só tenho olhos para uma delas e eu tenho certeza de que não é nenhuma dessas que está pensando."

Thomas fez suspense e Isabelle franziu o cenho.

"A professora de geografia, pois preciso de dois décimos para não ficar em recuperação."

— Conversa entre Thomas e Isabelle em que ele estava mesmo prestes a contar para sua melhor amiga que realmente estava apaixonado por ela.


AGOSTO/2012

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AGOSTO/2012

Aquela semana foi corrida pelo simples fato de que iríamos viajar com a turma da escola no sábado. O ônibus partiria daqui às seis da manhã e percorreria por pelo menos três horas até o Parque Estadual da Cachoeira no meio de uma montanha. Estávamos todos muito eufóricos para ir, afinal de contas era uma ótima oportunidade para acamparmos e, em todos os anos, o último grau escolar tem a oportunidade de ir para lá totalmente de graça.

Seria a primeira vez que eu viajaria sem meus pais e a primeira que dormiria numa barraca que sequer montei alguma vez em toda a minha vida. Eu e Elisa a escolhemos com base em nosso tamanho, mas sequer pensamos que poderíamos ter alguma dificuldade em colocá-la de pé. Caso aconteça algo, então dormiríamos sob a luz das estrelas — e torço eu para que o tempo colabore e não chova, apesar de saber que lá faz bastante frio madrugada a dentro.

— Deveríamos testar essa barraca antes que dê algo de errado — minha amiga raciocina. Era sexta-feira à noite, o aniversário de Freddie seria comemorado dali a algum tempo e todas as minhas coisas estavam praticamente guardadas, incluindo a barraca perfeitamente enrolada em cima de uma mala e presa com uma cordinha.

— Já são seis e meia, Elisa — noto após olhar o relógio ao lado da porta de relance. — Não dá mais tempo para isso. Deveríamos ter pensado nessa possibilidade antes.

— E se ela estiver rasgada? Vamos dormir sentindo o vento gelado batendo em nossas costas.

Nesse momento estou com uma chapinha ligada em frente ao espelho do banheiro tentando domar o ondulado rebelde dos meus cabelos para sairmos em algumas horas.

— Não estava rasgada quando a compramos, não deve estar agora. De qualquer forma, podemos pedir ajuda aos meninos.

— E dormir na barraca deles? Acho uma ótima ideia — ela responde dando um pulo elétrico.

— Não! — repudio um pouco assustada com essa sugestão. — Ajuda para arrumarmos a barraca e colocá-la de pé.

— Ah, claro. — Lis se senta num banquinho e cruza os braços. — Mas se não adiantar nada, bem que eles poderiam nos abrigar. A barraca deles é enorme.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora