GISELLE RAMOS-GALE

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Notas Iniciais:

A partir de agora, fica quem tem coração forte. Eu não me responsabilizo pelo choro de vocês. Lembrem-se de não me xingarem também. 

"Nunca antes na história dessa cidade, um casal foi tão comentado pelo seu povo. Thomas e Isabelle se tornaram os queridinhos nas redes sociais e constantemente são mencionados pelas pessoas em vídeos, fotos e textos sobre ambos. Tudo isso graças ao espetáculo de Ramon, que terá a versão digital distribuída em suas redes sociais em alguns dias e eu estou mais do que certo em dizer que será usado por ele na sua tentativa de ingresso para um curso de verão que o produtor também fará nos Estados Unidos no meio do ano que vem. Eu aposto que, não só conseguirá o seu tão aguardado mérito, como trará muitas novidades em seus próximos shows."

— Texto de um crítico musical feito em sua página pessoal na internet.

— Texto de um crítico musical feito em sua página pessoal na internet

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— Thomas! — A menininha loira corre até ele e o abraça com vigor. — Que saudade! Você mora aqui? É tão bonito! Parece um castelinho. Por que não me disse que morava nesta cidade?

Ela fala sem parar. Sua voz é aguda e eufórica. Por um instante, me lembro dele mesmo aos nove anos de idade.

— Oi, Gigi. — Ele dá um sorriso fraco para ela enquanto sente os bracinhos se desenrolarem do seu corpo. — Aqui é onde eu cresci.

— Mas é tão longe. Por que veio morar tão longe? — continua a fazer suas perguntas e a cada palavra sinto-me um pouco mais chocada, principalmente por constatar o quão parecido os dois realmente eram. — Ah, essa não é a garota das suas fotos? Você ainda namora com ela?

— O que estão fazendo aqui? — Thomas ignora as suas perguntas e se volta novamente para a sua mãe.

— Se atendesse minhas ligações, saberia que estávamos vindo — ela o repreende.

— Meu celular estragou — esclarece. Ainda não tinha comprado outro e não parecia se preocupar com isso já que basicamente morava no hospital. — Há uma semana.

— Pois, deveria ter providenciado outro o mais rápido possível — sua mãe dá uma bronca. Percebo que nenhum dos dois se toca ou se cumprimenta e o clima entre ambos é nada menos que hostil.

— Queria um pouco de paz. Pena que durou pouquíssimo tempo.

Ela dá de ombros.

— O que fazem aqui? — repete a pergunta impaciente. — Por favor, me digam que estão de passagem.

— De passagem? — Suzanna bufa e ironiza. — Não. E sim. Eu estou de passagem. Giselle ficará?

O quê?

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora