Capítulo 61

331 35 16
                                    

Natalie estava cansada, mas sua determinação era incrível, Priscilla a admirava cada vez mais.

- Pequena estamos chegando ao ponto de descanso, lá você terá algum tempo para se refrescar e comer algo antes de continuar até a parada onde você poderá dormir em segurança. Ninguém vai te ver e a noite não tem como prosseguirem, a mata se torna perigosa. Você tem que chegar lá antes de escurecer, tenha sempre o tempo em mente e acompanhe por sua bussola de pulso que também é um relógio. – diz Priscilla.

- Tudo bem amor, estou atenta as horas e a direção da bussola, eu vou conseguir. – diz Natalie.

- É aqui pequena, esse é a sua primeira parada, tem água corrente direto da nascente, você pode encher seu cantil aqui. Aqui temos uns sanduiches feitos pela Maria, mas aqui camuflada tem uma caixa com algumas barrinhas de cereais, biscoitos e uma lata com abridor com carne de soja. Não vamos usar nada daí hoje, é apenas para você saber que tem o que comer caso precise. Descanse por no máximo 15 minutos e volte a caminhar, preste atenção sempre na questão de aranhas, cobras e bichos peçonhentos. Na mochila que você carrega tem alguns antídotos para serem aplicados caso aconteça de ser picada, aplique no musculo da perna que é mais fácil acesso. – diz Priscilla.

- Amor me diga que nessa mata não tem onça, por favor. – diz Natalie.

- Pequena, essa ilha é um local isolado pela água, mas não é impossível de acontecer, caso tenha você vai saber. Até aqui não encontramos nenhum resto de animal, ou fezes de onça e nem rastros de patas. – diz Priscilla.

- Quer dizer que preciso prestar atenção a esses detalhes também. E se acontecer, como vou me defender? – pergunta Natalie.

- Na mochila você tem sinalizadores e uma pistola que se precisar você deve atirar sem pestanejar. – diz Priscilla mostrando tudo para Natalie, e guardando em seguida de volta na mochila.

- Tudo bem amor, vou tentar não me borrar toda se isso vier a acontecer. Agora vamos continuar, não quero estar a mercê de algum animal quando anoitecer. – diz Natalie recolhendo tudo e se orientando pela bussola para seguir em frente.

Priscilla queria muito não ter que fazer Natalie passar por isso, mas não tinha como garantir nada, só rezar para que um milagre aconteça e tudo mude de rumo.

Em Angra, Lorena trabalhou o dia todo sem parar, seu pai aumentou suas tarefas no escritório a deixando com mais responsabilidades. Mais tarde teria que se encontrar com Rodrigo, uma pessoa completamente sem noção.

Rodrigo por sua vez, estava com raiva de Lorena, já era para ter Natalie em suas mãos, mas acabou ficando à espera de Lorena para poder lhe arrumar o contato do homem do barco. Hoje seria a última chance para que ela conseguisse o que ele pediu, caso contrário daria um fim nela.

Na ilha Natalie continua seu caminho, no meio da mata a escuridão chega mais cedo, então elas aceleram os passos para chegarem logo ao lugar onde passaram a noite.

- Amor pela bussola essa é a localização do local para passarmos a noite. – diz Natalie.

- Você foi perfeita pequena, é esse o local sim. Quando chegar aqui você achará entre os cipós uma corda, a puxe. – diz Priscilla lhe mostrando o lugar e puxando a corda.

Assim que Priscilla puxa a corda, aparece uma escada que cai lá de cima das copas das arvores. Priscilla segura e pede para Natalie subir, assim ela vai logo em seguida. Entre as folhagens surge um alçapão que ela empurra e abre dando passagem para uma casa na árvore.

- Nossa eu nunca imaginaria que aqui teria uma casa na árvore. – diz Natalie.

Priscilla entra logo após ela.

Natiese - A IlhaOnde histórias criam vida. Descubra agora