• Maiara •
Situações desesperadas, pedem medidas desesperadas e foi o que me levou a pedir ajuda a Nathan. Ele não questionou, apenas nos colocou em um carro discretamente e nos levou para Goiânia, na casa de outro amigo que já o ajudou em momentos desesperados.
Ele tem sido discreto e seus sinais já não são tão óbvios, talvez testemunhar minha confusão o tenha espantado e feito-o um excelente amigo. Não há espaços para Fernando, mas também para nenhum outro.
Estava prestes a procurar algum emprego discreto, apesar de grávida, a fim de não sermos sustentadas por ele, mas a floricultura foi logo vendida. A realidade de que perdi um dos meus maiores sonhos veio com força quando o dinheiro caiu na minha conta.
Chorei por toda noite e nada do que Tia Áurea dissesse, me fazia parar. As coisas foram ruindo uma por uma. Primeiro meus pais, a saúde de Tia Áurea, a floricultura, Fernando... não sobrou nada.
São Paulo tem vida e é ensolarada. Sua natureza parece ser a minha própria e quanto mais tempo fico em Goiânia, mais eu odeio tudo o que aconteceu.
Lucas: Ainda acordada? — A voz grossa e com certa leveza chama minha atenção.
Maiara: Consegui dormir.
Lucas: Sabe que tem dormido pouco, não é? Não é normal uma gestante com insônia...
Maiara: Minha mente discorda. — Sorrio.
Lucas: Quer dar uma volta?
Maiara: A essa hora?
Lucas: É um lugar legal. Prometo! — Ele diz em posição de juramento, colocando a mão no peito.
Maiara: Eu não sei...
Lucas: Maiara, eu não mordo. Já sabe que pode confiar em mim.
Maiara: Ok. Me dê cinco minutos.
No tempo combinado desço e Lucas já me espera no carro, o ar condicionado tornando o clima mais agradável e a música me acalma. Noto que apenas subimos, em direção à zona menos urbana de Goiânia e, quando não mais vemos civilização, Lucas para o carro sorrindo, ajuda-me a descer e pega uma mochila no banco de trás.
Caminhamos por uns dois minutos e a visão da cidade, é de tirar o fôlego.
Maiara: É aqui que você me mata? — Brinco.
Lucas: Perderia a licença. Adoro clinicar.
Maiara: Que sorte a minha!
Lucas: Venha. Quero que veja isso.
Ele estende uma coberta e me faz sentar no chão, observando a cidade praticamente sob os meus pés.
Maiara: Isso é lindo.
Lucas: Sim. É perfeito.
Maiara: Sempre vem aqui?
Lucas: Vinha. É a primeira vez em anos, na verdade.
Maiara: Parece que perdeu alguns anos então.
Lucas: Perdi. — Diz ficando mais sério. — Maiara, eu sei que morre de medo de que eu me declare a você. — Ele ri. — Não posso ver uma vergonha que eu já me jogo. — Ele ri da minha expressão de, me mata por favor, e prossegue. — Eu a admiro, é verdade, mas não poderia me inclinar a nada além da amizade, antes de tudo porque eu não consigo e, em segundo, por você.
Maiara: Eu?
Lucas: Quando me pediu ajuda e me contou sua confusa história com os Zorzanello, você disse algo que eu guardei.
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Um Contrato de Noivado
FanfikceIntrigas de família. O que você faria por dinheiro? Ela precisa de dinheiro para quitar suas dívidas. Ele precisa fechar um contrato bilionário com a nata do automobilismo e, para isso, requer uma noiva. Ela tem sonhos. Ele cumpre objetivos. E...