CAPÍTULO 66

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Que bela visão!

Tantos planetas vindo na minha direção, se minha regeneração não estivesse no nível máximo eu já estaria morta.

Meu corpo estava flutuando nesse espaço enquanto eu era atingida, porém não pretendo ficar aqui apenas recebendo seus ataques unilaterais. 

Aproveitando esse momento concentrei uma boa quantidade de mana em meus pulmões e igual aos dragões nos animes que assisti eu dei um rugido poderoso.

Eu decidi nomear esse rugido como “Rugido das Chamas Brancas” já que são chamas brancas que estão engolindo tudo.

Foi tão poderoso que aquela dimensão em que estávamos foi quebrada e todos os planetas sumiram, tudo havia sido destruído e Orias parecia em choque quando nos viu novamente no céu acima daquela floresta.

— I-impossível… 

Seus olhos tremiam em descrença e sua voz era desesperada, mesmo nessa situação ele não parecia que iria desistir já estava se preparando novamente para o combate. 

— Você realmente é divertido, mas eu preciso alcançar meus companheiros logo.

Reforcei meu aperto no cabo de Luzia e a apontei para o céu me preparando para um novo ataque, Orias entrou em modo de defesa e segurando firmemente seu báculo se protegeu com uma barreira.

Lentamente eu abaixei meu braço até que Luzia estivesse totalmente apontada para Orias, nesse momento todo o poder sagrado que eu havia carregado na lâmina da espada foi direcionado para ele.

Mesmo tendo concentrado o restante de seu poder na barreira de proteção, Orias não conseguiu evitar ser atingido e dividido ao meio pelo meu poder sagrado.

Na verdade, o ataque foi tão poderoso que o seu alcance chegou a uma montanha que estava a 20 KM de distância e a dividiu ao meio, de longe a parede de poder sagrado poderia ser vista.

— Como? você deveria estar enfraquecida!

Essas foram suas últimas palavras antes de se tornar partículas de luz e desaparecer.

— Mas eu estava enfraquecida, usei apenas metade do meu poder e eu queria te dividir em quatro mas no fim você foi divido em dois.

— Bom não era como se ele fosse me ouvir agora né, então deixa pra lá

Observando a destruição que causei na região, acabei vendo os cavaleiros que eu havia salvado.

Tinha me esquecido deles, desci até onde se encontravam para confirmar se eles estavam bem e depois seguir meu caminho. Desfiz minha barreira que os protegia enquanto me olhavam com estranheza.

— Vocês estão bem? 

— …

E nenhum deles me respondia, apenas me encaravam, sei que perguntei de uma forma bem desinteressada mas eles podiam pelo menos me responder.

Eu estava prestes a reclamar quando o que parecia ser o líder decidiu me responder, ele era o homem de cabelos prateados que estava lutando com o demônio no momento em que cheguei.

— Desculpe pela nossa grosseria, nós estamos bem, obrigado.

— Não se preocupe, é bom que estejam bem, se não meus esforços teriam sido em vão.

— Então agora eu vou embora.

— Espere, por favor!

— Poderia nos dizer quem é você? afinal você não parece ser uma criança comum… desculpe se estou sendo rude.

Acho que não tem problema revelar minha identidade, ele parece com medo então vou terminar com isto logo.

— Eu sou Astelle von Degreif Asthares 

Tentando lembrar em que lugar ouviu aquele nome o cavaleiro passou alguns segundos me encarando até que desistiu. “Tentarei lembrar outra hora.”

— Eu Theo, cavaleiro sagrado do templo da divindade Asteria, agradeço humildemente a senhorita Astelle por nos salvar.

De forma solene ele continuou…

— Caso queira alguma compensação não hesitaremos em lhe dar o que deseja e sempre estaremos a sua disposição para lhe ajudar.

— Não me esquecerei de você Sir. Theo, se for destino nos encontraremos novamente.

— Agora eu preciso mesmo ir, adeus.

Depois de me despedir dos cavaleiros do templo eu segui meu caminho, aproveitei que ainda estava transformada e voei em direção a Azure.

***

Azure antigamente foi um reino próspero conhecido como o país dos mestres das espadas, era um lugar muito famoso por produzir pessoas talentosas com a espada.

Diante de tantos talentos que sempre acabavam se juntando ao exército real havia uma certa família que era conhecida especialmente por produzir os mais fortes mestres da espada, tornando Azure em um reino forte e temido.

No entanto tudo isso ficou no passado, pois o reino encontrou sua destruição depois do nascimento da bruxa das trevas.

Desde então sobrou apenas casas, prédios destruídos e uma noite eterna, depois que a bruxa causou a destruição de Azure, nunca mais foi vista.

Muitas lenda contam que havia uma vilã em Azure que era apaixonada pelo príncipe do reino, dizem que ele era muito belo e gentil e havia atraído a atenção dela, no entanto após ser rejeitada pelo príncipe que já amava uma adorável princesa a vilã entrou em um estado de fúria e jurou se vingar, depois de cometer muitas maldades ela foi capturada e quando estava prestes a ser morta um evento extraordinário aconteceu.

O nascimento de uma bruxa

Se tornando a bruxa da trevas ela matou o príncipe e sua amante, mesmo assim sua fúria ainda era tamanha que destruiu o reino e o mergulhou em uma escuridão sem fim como castigo.

Muitos dizem que a bruxa ainda vaga por Azure, o motivo ninguém sabe, mas ninguém em sã consciência ousa se aproximar do antigo reino.

— Parece que chegamos antes de sua majestade.

Vivian que havia se unido tardiamente ao grupo decidiu informar sobre o óbvio, todos haviam notado que eles tinham chegado ao seu destino antes de Astelle.

— O que faremos agora? devemos esperar por ela aqui?

Elbereth perguntou pois o lugar em que estavam agora era a entrada do antigo reino, já que a pessoa que os incentivou a ir até lá não estava presente eles teriam que decidir se seguiam em frente ou esperavam ali mesmo por ela.

— O problema é que mesmo que queiramos seguir em frente, a pequena não nos informou o objetivo desta viagem.

Calisto estava correto, Astelle havia apenas dito que queria ir até lá mas não disse o que eles deveriam fazer ou procurar, o objetivo desta viagem apenas ela sabia.

— E o que devemos fazer com os zumbis que estão vindo em nossa direção?

Eirene que percebeu vários mortos-vivos se aproximando, perguntou sem nenhuma preocupação, sua indiferença era tamanha que nem parecia que uma horda de zumbis raivosos estavam marchando em sua direção.

— Matem todos que entrem no caminho.

— Vamos avançar até o alto daquele castelo e esperar pela pequena lá.

Após visualizar o castelo no alto de uma montanha, Calisto traçou o próximo passo do grupo já que sua líder não estava presente. 

Apesar de ser um pouco distante e haver muitos zumbis pelo caminho, o grupo avançaria despreocupadamente até seu destino e esperaria por Astelle.

Continua…

Morri e me tornei uma protagonista apelona em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora