Morri e me tornei uma protagonista apelona em outro mundo

CAPÍTULO 68

Calisto, Vivian, Elbereth, Eirene e Morgana estavam avançando em direção ao castelo no topo da montanha enquanto vários zumbis e mortos vivos entravam em seu caminho para os impedir.

Calisto e Vivian abriam o caminho transformando os zumbis em picadinhos, Elbereth usou sua lança para matar aqueles que escapavam do massacre dos dois que lideravam o caminho, enquanto Eirene usou magia de vento para fatiar aqueles que apareciam na retaguarda e Morgana incinerar tudo com suas gigantescas bolas de fogo.

Dessa forma a quantidade de mortos vivos foi diminuindo já que muitos instintivamente acabavam ficando com medo do grupo que estava exterminando-os.

***

O primeiro-ministro de Teremesha Akili, estava cuidando dos assuntos mais urgentes do império quando a suposta semi-divindade Alaunus apareceu em nome de Erinios acusando o imperador de vários crimes e dizendo que iria destruir Teremesha.

Por mais desesperadora que fosse a situação, Akili manteve a calma, afinal não estaria na posição em que estava se fosse se desesperar por qualquer coisa, mesmo que essa coisa seja a destruição do império.

Mas isso não significava que ele ficaria parado sem fazer nada, rapidamente chamou  Fahim seu assistente que já estava com ele a alguns anos e apesar de jovem era muito competente.

— Fahim, vá imediatamente até Asthares e busque vossa majestade.

— Sim, vossa excelência.

Não perdendo nem um minuto, assim que ouviu a ordem de Akili, Fahim saiu em direção ao portal de teletransporte que conectava Teremesha a Asthares. 

Enquanto isso Akili foi ganhar tempo para que seu assistente buscasse Tahamesh, ele foi até a sacada de seu escritório e iniciou uma conversa com Alaunus. 

***

Tahamesh estava dando um passeio pela capital de Asthares aproveitando para provar todo tipo de comida estranha que ele encontrava.

— Esse hambúrguer é delicioso!

Ele parecia uma criança comendo um hamburguer pela primeira vez, um sanduíche recheado com carne, queijo, folhas e um molho estranho, ele não imaginava que tal combinação fosse ser tão boa e o suco laranja combinava perfeitamente com seu lanche, também tinha as batatas fritas que eram uma delícia.

— Não imaginava que um legume poderia ser feito dessa forma e que ele seria tão bom.

Desfrutando completamente de sua refeição já que ninguém vinha o incomodar ele estava totalmente alheio à invasão ao seu império.

***

Eu estava caminhando ao lado de Medea que parecia estar imersa em seus pensamentos, ela estava tão imersa que provavelmente nem havia notado que eu estava ao lado dela.

Já que não estou com pressa vou passar um tempo com ela e depois irei procurar pelo pessoal.

— Medea, você vive aqui sozinha?

Assim que ouviu minha voz ela saiu de seus pensamentos, confusa, parece que por fim notou minha presença.

— Oh, você ainda está aqui.

— Sim, e te fiz uma pergunta.

— Desculpa, eu não ouvi.

— Tudo bem, eu perguntei se você vive aqui sozinha.

— Sim…

Seu rosto se tornou sombrio, parecia que falar sobre esse assunto a deixa sensível, melhor eu não perguntar mais a respeito.

— Está na hora de voltar para onde você veio.

Parece que minha pergunta a incomodou mesmo, mas tenho uma ideia para não nos separarmos agora haahha.

— Você poderia me ajudar a encontrar o caminho de volta?

— Eu?

— Sim, na verdade eu vim para cá acompanhada de alguns amigos, mas eu me perdi deles, você poderia me ajudar a encontrá-los?

Ela me encarou com desconfiança e eu retribui seu olhar com um suplicante, tentei imitar a cara daqueles gatinhos fofos e parecia que ela iria ceder.

— Tu-tudo bem, vamos encontrar seus amigos.

— Okay!

Enquanto eu a respondia animada, ela parecia se arrastar como uma derrotada. Logo saímos de sua propriedade e caminhamos em direção a antiga praça da cidade.

— Você é muito bonita e elegante.

— Que?! p-pare de brincadeiras.

— Não estou brincando.

Eu sorri de forma inocente para ela, quero que ela confie em mim e assim eu possa tirar informações dela.

— Você não se sente solitária morando naquela mansão sozinha?

— Não…

— Uau, eu me sentiria muito sozinha.

Conforme íamos nos aproximando da praça alguns zumbis foram aparecendo e bloqueando nosso caminho, mas Medea os matava facilmente usando magia das trevas.

Ela era forte, nem se esforçava para matar os zumbis, seu rosto estava sempre sério e calmo, estou convencida de que ela é a bruxa das trevas.

— Você é bem forte Medea!

— Se você quiser sobreviver neste mundo você tem que ser, ou se não pode acabar traída e morta por algum imbecil.

— Experiência própria?

— Talvez 

Ela parecia lembrar de algo que a deixou irritada pois após me dar aquele conselho ela passou a ser bem cruel na forma que matava os mortos-vivos que apareceram.

— A lenda sobre você está correta? 

— …

De repente ela interrompeu seus passos e eu parei também, ela me encarou friamente e um vento forte balançou nossos cabelos.

— E se for? Você acha que eu sou uma terrível vilã que merece a morte?

— Não, na verdade eu não acredito muito em lendas, já que a maioria são exageradas.

— Você é bem esperta para uma criança.

— É porque eu sou um gênio.

— Você conhece uma palavra chamada “humildade”?

— Não gosto muito dela pois acho que não combina comigo.

— Tenho que concordar com você nisso.

Com isso o clima entre nós ficou mais leve, obviamente ela não fez algo como sorrir mas parecia mais relaxada.

— Você tem razão .

— Hum?

— Aquela lenda foi exagerada para me fazer parecer uma vilã.

Continua...