Morri e me tornei uma protagonista apelona em outro mundo

CAPÍTULO 9

Após sair da mansão do marquês utilizando teletransporte, eu agora estava na floresta Hyris, peguei um mapa que roubei da mansão do marquês e decidi para onde ir a seguir, e o local que escolhi foi as ruínas do dragão, o local carrega este nome pois um dia foi um império que encontrou seu fim após enfurecer um poderoso dragão, depois do ocorrido outros dragões começaram a frequentar o lugar, e eu sou uma grande fã dos dragões, se eu pudesse ver um de perto e fazer amizade ou enfrentar um seria como realizar meu maior sonho.

- AHHHHH, estou tão empolgada.

Mas para isso acontecer preciso sair da floresta primeiro, então continuei andando até anoitecer quando fiz uma parada para descansar, foi então que descobri uma casa pequena isolada de tudo, decidi verificar se estiver vazia posso me abrigar nela até o amanhecer, chegando na casa bati na porta para verificar se havia alguém e para minha infelicidade um velho abriu a porta.

- Olá, quem é você?

- Oi eu me chamo Astelle, desculpa se te incomodei eu só queria verificar se havia alguém morando na casa.

- Não precisa se preocupar, acontece de vez em quando, você está sozinha?

- Sim, mais uma vez desculpa eu já vou indo.

- Espere, não posso deixar uma criança sozinha nesta floresta perigosa e ainda mais de noite, entre e fique até amanhã de manhã.

Droga ele me convidou para ficar, quando criança todos aprendemos a não confiar em estranhos e agora ele quer que eu durma na casa dele? assim que ele abriu a porta pude ver que ele está em forma e só pelo fato de morar nesta floresta perigosa significa que ele é forte, mas também não quero dormir ao ar livre e se ele tentar algo posso simplesmente matá-lo, afinal fiquei muito forte nesses 3 anos que estou aqui.

- Tudo bem então, obrigada por me deixar ficar.

- Sem problemas pequena, você pode me chamar de Calisto esse é meu nome.

Entrei na pequena casa, que apesar de parecer pequena por fora era bem espaçosa por dentro, Calisto me mostrou onde eu ia dormir e depois começou a preparar comida para mim, eu não tinha comido nada ainda, fiquei muito preocupada em fugir da mansão e ir o mais longe possível, parando para pensar nisso agora eu gostaria de poder ver a cara do marquês lendo a carta que eu deixei e descobrindo que levei um pouco do seu dinheiro fufufufu.

- Astelle a comida está pronta.

- Ok, já estou indo.

Uau o cheiro está muito bom, ele fez uma sopa que parece muito apetitosa, diferente daquela que a empregada tentou me obrigar a comer, tem também pão que eu não vejo a anos, meu deus finalmente uma comida caseira, tentei comprar comida no mercado negro, mas foi difícil por que lá todos querem se aproveitar de mim e quando finalmente consegui a comida estava horrível, então fiquei comendo só carne, se eu fosse mais emotiva choraria de felicidade agora.

- A comida está boa? Eu não sou muito bom na cozinha e apenas sei fazer o básico.

- Não se preocupe, está uma delícia.

- Que bom que você gosta, estou um pouco curioso por que uma criança tão pequena está andando sozinha na floresta a noite? e onde estão seus pais?

Bom seria estranho se ele não sentisse curiosidade, até eu estou curiosa para saber por que ele mora sozinho nessa floresta.

- Primeiramente eu sou órfã, e segundo eu fugi do lugar onde eu morava, eles me exploravam muito e eu não gostei disso então fugi.

- Entendo, você é bem esperta apesar da pouca idade, mas essa floresta é muito perigosa para você.

- Não se preocupe, eu não morrerei tão facilmente, mas mais importante por que você mora sozinho aqui? 

- Vejo que você também está bem curiosa.

- Sim mas se não quiser falar tudo bem.

- O reino onde eu nasci foi destruído e eu não tinha para onde ir, então após andar por vários lugares decidi viver aqui e é isso.

Parece que tem muita coisa escondida nessa história, mas não vou perguntar mais, vou dormir para sair bem cedo amanhã, quero poder ir logo para as ruínas do dragão, Calisto parece estar pensando em algo então vou para minha cama depois de dizer boa noite.

- Dafne, o que eu deveria fazer, sinto tanto a sua falta.

No dia seguinte eu acordei bem cedo, mas Calisto já havia acordado e preparado o café da manhã, e nossa como o cheiro estava bom, além disso eu dormi muito bem e diferente de minhas suspeitas nada de ruim aconteceu, mas nunca é bom confiar demais.

- Bom dia, preparei o café da manhã espero que goste.

- Bom dia, obrigada tenho certeza de que vou gostar, mas você não precisava ter preparado algo.

- Não se preocupe, fiz porque quis, você já sabe para onde vai?

- Sim.

- Se importaria de me contar, estou um pouco preocupado.

- Sem problemas, meu destino é as ruínas do dragão.

- Ruínas do dragão? Sozinha?

- Sim, por que?

- O caminho para aquele lugar é muito perigoso para uma criança e aquele lugar é mais perigoso ainda.

- Tudo bem eu consigo chegar lá em segurança e não tem problema se for um lugar perigoso eu vou ficar bem.

- Você é só uma criança, como você vai ficar bem.

- Porque eu sou forte!

- Desculpe, mas quantos anos você tem?

- Tenho 8 anos

- Você está me dizendo que uma criança de 8 anos é forte o suficiente para ir até aquelas ruínas e morar lá?

- Sim 

Calisto me encarou por um tempo, ele parecia pensar em algo, eu sei que ele está preocupado comigo, até eu ficaria, mas não posso continuar aqui, quero ir e encontrar os dragões, parece que ele terminou de pensar.

- Eu vou te acompanhar até lá.

O QUE?!

- Isso mesmo eu vou com você.

Continua…