CAPÍTULO 12

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- Obrigada por nos salvar, eu me chamo Elbereth, posso saber o nome dos nossos salvadores? disse a elfa com belos cabelos loiros.

- Eu sou Astelle, e este aqui é o Calisto, vocês podem ficar com o dinheiro desses caras para voltarem para casa ou qualquer lugar que vocês queiram.

Não quero ter nenhuma responsabilidade sobre eles, é melhor eu me livrar deles logo, afinal eu quero chegar rápido às ruínas.

- Se não for incomodar, poderia me dizer para onde vocês estão indo? perguntou Elbereth

- Estamos indo para as ruínas do dragão.

- Entendo, eu também estou indo nesta direção, será que eu poderia acompanhar vocês?

- Bom, por mim não tem problema, mas é o Calisto que decidi isso, né Calisto?

- Você me ignorou mais cedo quando eu queria apenas ir embora, e agora joga a responsabilidade para mim…

- Não sei do que você está falando hahaha…

- Já que é só uma pessoa, não vejo problema.

- Sério! muito obrigado,

Como Calisto disse não será muito incômodo se for só a Elbereth, e ela parece ser uma elfa legal, então acho que nossa jornada será mais divertida, porém eu não esperava que no momento seguinte essas pessoas fossem me surpreender.

- Desculpe, senhor Calisto, nós podemos ir com vocês também, não precisamos do dinheiro só nos deixe te acompanhar. Disse um homem que parecia estar representando as outras pessoas.

Como assim eles querem nos acompanhar? Deve ter umas 100 pessoas ali e todas elas querem vir conosco? Olhei desesperadamente para Calisto, na esperança de que ele entendesse a situação e proibisse que eles não podiam nos acompanhar.

- Desculpa, mas vocês terão que perguntar para Astelle.

De repente todos olharam para mim com olhos de cachorrinhos abandonados, esse maldito velho, deixou a decisão nas minhas mãos se livrando da culpa, droga é como dizem naquelas historias se voce vai assumir a responsabilidade de algo assuma até o fim, não tenho outra escolha.

- Tudo bem, vocês podem nos acompanhar, mas não vou ficar sendo babá de um bando de fracotes, então se quiserem vir conosco terão que se tornar fortes e isso inclui você também Elbereth.

- Por mim tudo bem. disse Elbereth.

- Por nós também, não é pessoal? Disse o homem que representava a todos 

- Sim!

- Então se vocês já se decidiram, vamos seguir viagem, o caminho até as ruínas ainda é longo.

- Ok, vamos lá.

E assim todos seguimos a jornada para as ruínas, no caminho eu e Calisto treinamos todos para que pudessem se defender, e já vou dizendo que não foi fácil para eles, Elbereth foi a que se adaptou melhor, ela é a mais forte entre as pessoas que foram sequestradas, não sei como conseguiram capturar ela, então decidi perguntar quando todos estavam dormindo.

- Elbereth, como foi que conseguiram te capturar? você não parece ser mais fraca do que aqueles caras.

- Sim eu também notei isso você poderia nos dizer? Perguntou Calisto.

- Não tem problema, na verdade eu fui descuidada, nós elfos sempre estamos sendo perseguidos por esses humanos, um dia quando eu sai para caçar com dois amigos, acabamos encontrando com esses homens, que usaram de truques sujos para tentar nos capturar, normalmente não daria certo mas estávamos em menor número e eu que era a mais forte acabei sendo capturada para proteger os mais fracos.

- Nossa, deve ter sido difícil para você.

- Sim, mas felizmente você nos salvou, por isso sou muito grata a você Astelle.

- Só fiz o que eu achava certo, não precisa me agradecer.

- Não, eu sempre serei grata a você, porque se não fosse você eu estaria sendo vendida agora e  não importa quem me comprasse meu destino não seria bom.

- A conversa está boa, mas está na hora de você dormir, Astelle.

- Mas não estou com sono e está legal conversar com a Elbereth…

- Não importa, você ainda é criança e tem que dormir bem para crescer bastante.  

- Vocês dois parecem se dar muito bem, é difícil ver um pai cuidando tão bem da filha.

- Você acha que somos pai e filha?  

- Sim, vocês não são?

- Na verdade não, mas é como se fossemos, não é Calisto.

- Sim, e é por isso que eu quero que esta filha teimosa vá dormir.

- Tá bom, mas sinto que isso é injusto.

- Não tem nada de injusto eu querer que minha pequena filha durma para crescer saudável.

- Boa noite Elbereth.

- Boa noite Astelle, tenha bons sonhos.

- Boa noite, papai estraga prazeres.

- Boa noite, filha teimosa.

Então eu fui dormir, deixando Elbereth sozinha com Calisto, mas até o momento em que dormi pra valer eles continuaram em silêncio, acho que o Calisto não tem mais interesse em se apaixonar por outras mulheres, mesmo que já tenham se passado 50 anos desde a morte de sua esposa Dafne.

- Você deveria ir dormir também Elbereth.

- Vou ir daqui a pouco e você não dorme senhor Calisto?

- Não, preciso ficar de vigia.

- Você deve gostar muito da senhorita Astelle.

- Sim, ela é o motivo de eu seguir vivo, então irei dedicar toda a minha vida a ela.

- Nossa, é muito bonito ver sua dedicação com ela, ela também deve gostar muito de você.

- Sim, apesar de eu não saber o por quê.

- Sério? eu vejo muitos para ela gostar de você…

- O que. 

- Já está tarde eu também vou dormir.

Continua…

Morri e me tornei uma protagonista apelona em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora