CAPÍTULO 70

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Chegando na frente dos portões do castelo, Calisto, Eirene, Elbereth, Morgana e Vivian perceberam que eles não poderiam invadir o lugar pois ele estava sendo habitado por vampiros.

Logo eles se esconderam entre as árvores na entrada da floresta próxima aos portões do castelo,  eles precisavam pensar em um novo plano já que diferente de suas expectativas o castelo estava cheio de vampiros, eram muitos e vampiros eram seres chatos de matar por conta de sua regeneração.

A forma mais fácil de matar um vampiro era apunhalar seu coração com uma arma sagrada, outra forma era expô-los à luz solar mas vampiros de alta classe tinham resistência ao sol então não era uma forma garantida.

Por fim a maneira mais utilizada seria decapitar a cabeça do vampiro e depois queimá-la, esses eram os jeitos mais comuns, já que nenhum deles poderia usar magia sagrada ou tinha uma arma sagrada, restava apenas usar a luz do sol mas por causa da maldição que afeta o lugar eles não poderiam usar esse método.

No final, se eles fossem ir contra os vampiros teriam que cortar suas cabeças e queimá-las, e esse trabalho ficaria para Morgana, Calisto e Eirene.

Apesar de ser um dragão especialista em magia do vento, Eirene como um dragão tem grande conhecimento sobre magia e pode usar vários outros tipos de feitiços, ela usa na maioria do tempo vento pois tem mais afinidade com esse elemento.

— O que faremos agora? Perguntou Morgana já se preparando para queimar tudo à sua frente.

— Não acho que devemos invadir um castelo infestado de vampiros. Elbereth decidiu expressar sua opinião preocupada com seu grupo que não parecia pensar da mesma forma que ela.

— Por que não? seria uma ótima maneira de “matar” o tempo enquanto sua majestade não chega! entendeu? Vivian parecia estar querendo fazer um trocadilho com a palavra matar, mas Elbereth apenas a olhou como se sentisse pena dela. 

— Também acho que seria uma ótima forma de “matar” o tempo. Apesar do rosto sem expressão, Eirene parecia querer participar da piada sem graça de Vivian e Elbereth a olhou com surpresa e cansaço nos olhos.

Pensativo Calisto apenas ignorou as quatro, ele estava ponderando qual seria a melhor escolha nesta situação, depois de ponderar por alguns segundos ele tomou uma decisão.

— Já tomei minha decisão!

As quatro logo focaram suas atenções nele e esperaram por suas seguintes palavras.

— Apesar de que eu concordo que seria uma ótima forma de “matar” o tempo… Elbereth o olhou se sentindo traída e pensando “até voce senhor Calisto”

— Acho que seria contraproducente, já que estaríamos desviando de nosso objetivo de encontrar a pequena.

Exceto por Elbereth todas o olharam com decepção, por uma momento estavam empolgadas por poder invadir um castelo e massacrar os vampiros, mas Calisto jogou um balde de água fria em seus sonhos, foi um grande choque para suas mentes cheias de imaginação delas matando os vampiros.

— Por enquanto vamos voltar para a cidade e esperar pela pequena na praça central.

Ninguém o contrariou pois estavam tristes demais por não poder colocar em prática aquilo que havia pensado e em um clima depressivo eles começaram sua caminhada até a praça central.

***

Enquanto estávamos discutindo sobre como encontrar meus companheiros notei a presença de vários zumbis por perto, no entanto nenhum deles se aproximou, Medea parecia ter ativado alguma barreira em volta que estava os impedindo de avançar.

— Você acha que eles poderiam ter ido em direção ao castelo no alto daquela montanha? Perguntei à Medea, ela parecia estar pensando em possíveis locais para procurarmos.

— É uma possibilidade, podemos ir até lá e verificar.

— Por mim tudo bem.

— Então vamos.

Decido nosso destino, fomos em direção ao castelo, Medea continua matando os zumbis, agora que parei para pensar estou vendo zumbis reais, uma rara oportunidade e obviamente não perdi ela e me aproximei de um deles eu queria vê-los mais de perto já que Medea os estava transformando em pó.

Matar um zumbi não é difícil, eles são lentos e fracos se compararmos com os outros mortos-vivos, para matar um podemos simplesmente explodir suas cabeças, considero essa forma bem divertida.

Queimá-los completamente é outra maneira eficiente de fazer isso, por fim a opção mais chata é usar poder sagrado e exorcizá-los, Medea não estava usando nenhuma dessas formas, ela apenas os desintegrava, eles nem mesmo tinham chance de se aproximar.

Quando me aproximei de um ele fez um barulho estranho e fiquei ainda mais animada, porém foi apenas por um momento já que uma certa pessoa me afastou do zumbi.

— Está querendo morrer? 

— Eu não posso morrer.

— Então não se aproxime deles.

Ela parecia ter entendido errado mas tudo bem eu não me importo, continuamos caminhando até chegar ao pé da montanha.

Começamos a subir devagar já que não estávamos com pressa, fico me perguntando o que encontraremos no topo além daquele castelo, já que encontramos zumbis na cidade lá pode ter outros tipos de mortos-vivos.

Só de pensar já fico animada, e enquanto eu imaginava todo tipo de situação empolgante ao chegarmos ao castelo, Medea para repentinamente de andar fazendo com que eu parasse atrás dela.

Neste momento senti a presença de cinco pessoas e quando olhei para frente encontrei com Calisto e as meninas, fiquei feliz em encontra-los.

Claro, poderia encontrá-los facilmente se eu quisesse, mas como eu precisava de um motivo para ficar mais tempo com Medea, fingi estar perdida. 

— Finalmente te encontramos Vossa majestade! 

Vivian disse animada, Eirene não parecia ligar e Elbereth parecia animada.

— Parece que você conseguiu chegar aqui pirralha. 

Morgana como sempre sendo tsundere, apesar de que todos podem ver como ela está preocupada.

— Como pode ver cheguei sã e salva Morgie.

— M-Morgie? eu?

— Sim, você!

— Não me chame assim!

Morgana parecia um pimentão vermelho, era divertido provocá-la hahahaha!

— Pequena, você demorou para chegar.

— Demorei mas cheguei.

Levantei meu polegar para cima e sorri descaradamente, como se já esperassem que eu agisse assim ninguém falou mais nada, foi então que decidi que era o momento perfeito para apresentar a Medea.

— Pessoal, essa é a Medea e ela me trouxe até aqui.

Apontei para a pessoa mencionada mas havia algo estranho, desde que nos encontramos com o pessoal ela não falou nem se mexeu e sua expressão não parecia boa, quando olhei para sua mão, ela estava tremendo um pouco.

— Duque Castilho…

Olhando para Calisto com uma expressão de terror, Medea estava paralisada, por outro lado quando olhou para Medea ele pareceu a reconhecer imediatamente.

— Princesa Valadares. 

Continua...

Morri e me tornei uma protagonista apelona em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora