Alphonse já havia informado ao marquês sobre Heloiza e seus amigos, o que fez com que ele preparasse um banquete de recepção para eles.
- Espero que tudo que mandei preparar seja do agrado de vocês, [Marquês Valorione]
- Não precisa se incomodar, vossa excelência. [Heloiza]
- Claro que eu precisava, afinal estou conhecendo pela primeira vez minha netinha, e por favor me chame de vovô! [Marques Valorione]
- Ah? [Heloiza]
- Pai! Por favor não intimide minha sobrinha, desse jeito ela irá nos odiar. [Alphonse]
- Só estou tentando me aproximar da minha netinha. O marquês murmurou enquanto fazia beicinho.
- Desculpe sobrinha, meu pai às vezes é muito energético. [Alphonse]
- Não se preocupe, é só que não estou acostumada com este tipo de tratamento. [Heloiza]
Por um momento o silêncio reinou e todos se concentraram em comer, foi um pouco incômodo, mas logo um novo assunto surgiu.
- Alphonse me contou que minha filha Celina está morta? [Marques]
- Sim…[Heloiza]
- Entendo, no fim eu não pude vê-la e nem me desculpar… espero que você não me odeie, mas eu entenderei se você me odiar.
- Minha mãe não parecia guardar rancor do senhor, e eu sinceramente não sei o que sentir, mas não odeio o senhor. [Heloiza]
- Que bom, eu vou me esforçar muito para ser um bom avô para você. [Marques]
Heloiza não respondeu nada, e Guilian e Alice só podiam observar toda aquela situação desconfortavelmente já que não faziam parte da família. E foi assim que mais um dia chegou ao fim, o marquês tentando se aproximar de Heloiza enquanto Alphonse tentava controlá-lo e Alice e Guilian observavam tudo.
No final eles foram convencidos a passar a noite na mansão do marquês, ele havia sido muito insistente então não puderam se negar a ficar.
- E então Heloiza, você irá ficar com o marquês e morar em Lemuria? [Alice]
- Hã? por que eu faria isso? [Heloiza]
- Bom ele é seu avô, e parece gostar muito de você. [Guilian]
- Eu acabei de conhecê-lo e não quero viver presa igual uma nobre, eu sou uma orgulhosa guerreira de Araruna, não conseguiria viver aqui. [Heloiza]
- Entendo, isso é bom! [Alice]
- Sim, sentiriamos sua falta em Asthares. [Guilian]
- Fico feliz de ver vocês dois se dando bem assim. [Heloiza]
- Que?! [Alice e Guilian]
Os dois imediatamente começaram uma briga por não concordarem com a afirmação de Heloiza, sentindo-se indignados por ela ter tido tal pensamento, afinal eles eram como água e óleo, não se misturavam.
Teremesha
- Primeiro ministro, quando nosso imperador irá retornar?
- Não faço ideia, marquês, desde de que ele se foi não obtivemos nenhuma notícia.
- Mas já faz dois anos que ele se foi para treinar e ainda não voltou, não deveríamos ir atrás dele? [Marques]
- Não, no momento certo ele irá retornar.
- Se o imperador estivesse aqui a guerra contra o império Évagon já teria terminado. O marquês disse suspirando cansadamente.
- Sim, mas o duque Kashikaf está se saindo muito bem na guerra, é só que o general do exército inimigo também é muito poderoso. O ministro disse enquanto olhava para a paisagem do império pela janela.
Asthares
- Por que uma parte do meu palácio está destruída? [Astelle]
Assim que cheguei pude perceber que algo estranho estava acontecendo, e quando olhei para o palácio percebi que ele estava destruído em algumas partes, me pergunto se fomos atacados.
- Pequena, só quero que saiba que não tenho nada haver com isso, os culpados são eles! Calisto disse apontando para cinco pessoas amarradas.
Eu ainda não tinha percebido aquelas pessoas estranhas amarradas ali, mas se Calisto está dizendo que eles são os culpados, então deve ser verdade. Me sentei em meu trono enquanto Calisto ficava ao meu lado, os cinco criminosos foram postos na minha frente.
- Então foram vocês que invadiram meu palácio e destruíram uma parte dele? [Astelle]
- Sim, mas não queremos destruir nada! [Gaia]
- Foi aquele homem que nos atacou só nos defendemos! [Eirene]
- Está dizendo que meu primeiro ministro é o errado por defender meu império de invasores?
- Claro que não majestade, porque não deixamos isso de lado, afinal a senhora até já restaurou a parte destruída do palácio, não podemos só seguir em frente. [Reinhardt]
- Você acha que eu tenho cara de restauradora de palácios?
- Não… [Reinhardt]
- Vocês acham que podem chegar aqui, nos atacar e depois sair impune?
- Não!... [Reinhardt]
- Talvez eu só devesse fazer um churrasco com a carne de vocês, igual eu fiz com Galdirys.
- Por favor nos perdoe, vossa majestade! [Gaia]
- Por que eu os perdoaria?
- Porque viemos aqui para te seguir, queremos ser seus subordinados! [Gaia]
Olhei para os quatro ao lado daquela mulher, e eles acenaram com a cabeça concordando com a declaração dela.
- Humm…Não seria ruim ter dragões como subordinados, o que você acha Calisto? [Astelle]
- Acho que seria muito bom ter eles aqui, precisamos de mais pessoas para assumir as tarefas que estão acumuladas.
- Então está decidido, vocês irão ficar em Asthares e irão me servir. [Astelle]
- Obrigada vossa majestade! [Gaia]
Mal sabiam aqueles dragões que um futuro cheio de trabalho os esperava, se soubessem talvez não tivessem vindo aqui em primeiro lugar. Estava prestes a me levantar quando um deles me perguntou algo.
- Vossa majestade, a senhora não quer saber o motivo pelo qual decidimos te seguir? [Dylan]
- Não, então trabalhem duro.
- E se tivermos más intenções e quisermos te trair?! [Ignis]
- Vocês querem me trair?
- Não é isso que… [Ignis]
- Escutem aqui, não pensem que deixei vocês ficarem porque sou boazinha, apenas tenho um uso para vocês.
- …
- Caso vocês tentem me trair… Matarei todos vocês da pior forma possível.
Meus olhos brilhavam perigosamente e a pressão da sala se tornou intensa ao ponto de deixar os dragões com medo, o único que estava bem era Calisto, mas isso já era de se esperar.
Continua…
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Morri e me tornei uma protagonista apelona em outro mundo
FanfictionÁurea uma jovem de 25 anos morre e reencarna em outro mundo como Astelle uma garotinha órfã de 5 anos que trabalha na mansão do marquês Randit, um homem ambicioso. Depois de se encontrar com um ser divino chamado Noah ela decide treinar e se tornar...