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Pov azriel

Ser um mestre espião é uma benção e uma maldição quando se é extremamente curioso

Geralmente eu fico na minha não me importo com o lugar que estou ou as pessoas ao meu redor, porém o tédio me atingiu com força naquela sala aonde Lucien nem se quer olhava em meus olhos.

Minha cabeça martelava em pedidos e avisos tentando trazer meu lado racional de volta

Mantenha-se atrás longe da torre

Não chegue muito perto

Não acerque-se de traumas alheios

Não invada os mistérios do castelo

Não atrite-se com um passado que não é seu

Não tente entender nada: é proibido tocar no sagrado de cada um.

Era incrível até parecia que um daemati havia lhe invadido a mente, isso o deixou mais intrigado então mandou as sombras encontrarem a torre abandonada e elas se espalharam.

Me encosto na parede apenas ouvindo as vozes em minha mente como um aviso: Não pode tocar no passado alheio. Não posso? então não toco, tudo bem. para isso tenho minhas sombras.

Nada de sentir a textura do material, nada de deixar minhas digitais impressas. Então a gente respeita, não chega muito perto, nada de macular artefatos do castelo com meu hálito quente ou meu olhar se aproximado demais.

Não se pode tocar em determinados assuntos. Ouviu novamente o conselho de sua mente. Pois bem ficarei em silêncio nenhuma palavra sairá da minha boca!

Há questões que arriscam ser maculadas com palavras, que um olhar aproximado demais poderia danificar. Talvez esteja se aproximando de temas perigosos.

Novamente sem sucesso sua mente tentou o convencê-lo, e oq ele faria? Ficaria encarando o teto até Lucien ter tempo pra escapar? Nem fudendo.

Todas as pessoas do mundo possuem sua prateleira de cristais. Há sempre um suspense, uma delicadeza ao transitar pela fragilidade do outro.

_Então é Melhor não falar muito alto, é mais prudente ir devagar e com cuidado. Para não estragar nada, pra não quebrar nada, ninguém saberá que eu estive lá! - azriel falou agora em um tom um pouco alto, não se importava quem o visse acharia que azriel estava falando com as sombras.

Assim que as sombras voltaram me afastei da parede e fui em direção à torre. A cada passo que eu dava eu olhava para os lados tentando ver se não havia alguém e tentando fazer o minimo de barulho.

Segui alguns atalhos e me escondi de funcionários e guardas mas logo eu estava ao pé da escada que dava para a torre. Inspirei fundo e comecei a subir. O lugar era completamente diferente do restante do castelo, era abandonado e macabro.

Conforme subia azriel se via cada vez mais no escuro, pisava nos degraus ouvindo os barulhos de cacos de vidro das janelas gigantescas quebradas, dando pra ver um pouco da paisagem lá fora apesar de já ter anoitecido.

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