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Na ilha onde o sol raramente se atrevia a brilhar, erguia-se uma montanha colossal, envolta em mistério e terror. Este colosso rochoso não era apenas uma formação natural, mas a Prisão, um lugar sombrio que abrigava as criaturas mais nefastas e os criminosos mais perigosos de Prythian.

A ilha em si era uma visão desoladora, uma terra fria e estéril onde o vento uivava incessantemente, carregando o sal do mar e o lamento das almas perdidas. Nenhum ser vivo, exceto pelos condenados, ousava pisar naquele solo amaldiçoado.

Feitiços antigos envolviam a Prisão, impossibilitando qualquer fuga. Nem mesmo os poderosos Grã-Senhores podiam voar até sua entrada ou romper suas barreiras mágicas.

A Prisão era uma lei em si mesma, um território de trevas e desespero que muitos acreditavam ser uma oitava corte. No entanto, estava sob a jurisdição da Corte Noturna, e apenas o sangue de Rhysand poderia destrancar seus portões.

A escalada até a Prisão era um rito de passagem para aqueles suficientemente corajosos ou tolos. Era íngreme e escorregadia a natureza morta serpenteava pela montanha como uma cicatriz. A atmosfera ficava mais opressiva à medida que se aproximavam do cume.

A Prisão tinha uma mente própria, e qualquer distração poderia ser fatal.

O vento assobiava com uma fúria inabalável, ameaçando jogar os escaladores em um abismo sem fim.

Quando ultrapassavam os portões, a Prisão se revelava ainda mais aterradora. Apesar da escuridão opressiva, sua estrutura lembrava a de um antigo castelo, com corredores longos e estreitos que se entrelaçavam como um labirinto infernal.

Entrar na Prisão era como adentrar um pesadelo vivo. Os corredores eram estreitos e sinuosos, construídos para confundir e desorientar.

O labirinto parecia vivo, suas paredes respiravam com uma pulsação sinistra enquanto os prisioneiros, mais parecendo sombras distorcidas, se moviam em suas celas.

Alguns prisioneiros batiam nas grades. Outros ficavam em um silêncio perturbador. Havia também aqueles que cantavam, gritavam enlouquecidos, ou rosnaram como bestas, um lembrete constante da loucura que permeava aquele lugar.

Os guardiões da Prisão não eram seres vivos no sentido convencional. Eram sombras de pensamento, manifestações de um antigo feitiço que os prendia àquela maldita tarefa. Invisíveis e insensíveis, só emergiam na hora da alimentação ou quando precisavam subjugar prisioneiros inquietos.

A presença dessas sombras era sentida em todos os cantos da Prisão, uma vigilância constante que sugava qualquer esperança dos condenados.

Aquelas sombras de pensamento, eram uma presença constante e inquietante. Eles se moviam como espectros, sem som, surgindo do nada.

Suas formas indistintas pareciam mais fumaça do que carne, e seus olhos, se é que tinham olhos, eram buracos negros que pareciam sugar a luz.

Ninguém sabia exatamente o que eram ou de onde vinham. Eram parte do feitiço que mantinha a Prisão, uma manifestação da vontade da própria montanha.

Quando se aproximavam, a temperatura caía drasticamente, e um sentimento de pavor absoluto tomava conta de qualquer um que estivesse por perto.

Os prisioneiros mais velhos falavam deles em sussurros, lembrando encontros passados com um terror palpável.

E eram com estes guardiões que Azriel tinha assuntos a tratar pois diferente dele Os guardiões da prisão sabiam onde estava cada cela cada prisioneiro e eram a única chance de encontrar o seu Luci sem se perder.

Pov Azriel

Eu não deveria estar fazendo isso. Trair meu irmão, Rhysand, seria uma afronta impensável. Ainda assim, aqui estava eu, diante da prisão, pronto para acordar o que deveria continuar sepultado nas profundezas.

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