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Lucien não sabia oq deu em sua cabeça pra não rejeitar a ordem de vir pra primaveril.

Eles estavam no escritório de Tamlin, passar pela segurança foi fácil e Lucien tentou ao máximo não focar nas lembranças boas e más que aquele lugar trazia.

Lucien queria enforca-lo pq cada item da lista estava em um lugar específico da mansão.

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_As amostras de veneno e drogas.
_livros sobre plantas venenosas ou magicas.
_As jóias da mãe dele.
_Os chifres da sua forma bestial que lanthe arrancou. (item que Lucien não fazia ideia do pq Tamlin queria devolta)
_Os ossos de Amarantha.
_A espada de seu Pai.

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_Pq ele guarda os ossos de Amarantha?

_Não faço idéia, eles ficam lá nas catacumbas protegidos por magia!

_Achei que os restos dela estavam sob a montanha!

_Ele me fez voltar pra buscar, inclusive passei um bom tempo pensando que os pesadelos de Feyre eram por causa dos ossos!

_Os ossos?

_Talvez você pense que é coisa da minha cabeça, mas eu sinto que até os ossos daquela mulher tem uma áurea pesada!

Disse guardando todos os frascos de veneno em uma bolsa.

_Quer ir na biblioteca ou no quarto de Tamlin?

Questionou, ele queria deixar os ossos de Amarantha por último.

_No quando de Tamlin estão duas coisas da lista não é?

_Talvez 3 se lanthe tiver escondido os chifres dele lá também!

_Vamos lá!

Lucien concordou com a cabeça e eles saíram do escritório com cuidado e guiou azriel até o quarto de Tamlin mas eles pararam ao ouvirem roncos altos atrás da porta.

Azriel desistiu e puxou Lucien pra longe da porta, depois poderiam criar uma distração e tirar o falso Tamlin do quarto.

Lucien o levou até a biblioteca aonde eles pegaram os livros, azriel xingou Tamlin de tudo que era nome pq eram mais de 50 livros, ele teve que jogar tudo em um portal de sombras e torcia para que os livros caíssem na cabeça do loiro.

Contra a vontade de Lucien eles tiveram que ir até as catacumbas onde  ossos de Amarantha deveriam estar.

Contra gosto Lucien guiou azriel ao porão, empoeirado cheio de coisas velhas, foi até um tapete vermelho no centro da sala e puxou o tapete tossindo pelo pó que subiu.

Azriel já sentia seu nariz coçar, séria escroto se mandasse Lucien ir sozinho?

Não teve mais tempo de pensar pois quando Lucien abriu uma portinha no chão ele puxou azriel para ir primeiro, para garantir que o macho não fosse fugir.

Eram 183 degraus em uma escada em caracol, do ambiente escuro e fechado, Azriel sentia um cheiro forte de umidade e mofo que só piorava conforme desciam.

Quando chegaram finalmente ao final da escada a primeira coisa que azriel notou foi a iluminação é precária

mas presas nas paredes haviam milhares de crânios, fêmures e tíbias – quebrados, perfurados, vandalizados e recobertos por todo tipo de mofo, poeira e pátina acumulada por sabe se lá a mãe quantos séculos .

_É proibido tocar nelas. - Lucien advertiu como se azriel fosse ficar tocando em crânios aleatórios.

Haviam vários túneis, azriel conseguia ouvir lamentos vindo de um deles mas Lucien não deixou sua curiosidade de espião o dominar, pegando a mão de azriel e o guiando para outro túnel mais escuro.

Azriel ficou feliz ao ver que Lucien emitia uma luz fraca vindo de seu cabelo não deixando ambos em completa escuridão.

Andar pelos corredores é  uma mistura de medo, ansiedade e excitação. São muitos ossos, muitos crânios e  isso causa  um impacto, um encontro com a realidade nua e crua e com certeza muitas reflexões vêm a cabeça de azriel nesse momento.

A temperatura é de 14 graus.

_Tamlin disse que existem túneis até pras terras humanas. Eu, Andras e você fomos os únicos a vir aqui além da família dele!

_Deveria me sentir honrado?

_Me questionei a mesma coisa quando ele me mostrou. Para Tamlin era como uma prova de sua confiança, tive pesadelos com esse lugar por semanas!

Quando finalmente Lucien parou azriel o encarou, o ruivo olhava ao redor como se houvesse algo de errado.

_Vieram aqui! - afirmou com convicção puxando azriel rápido e começando a correr cada vez mais pro fundo até que eles encontraram uma cela aberta e vazia.

_Roubaram os ossos da vadia! - Lucien rosnou e azriel apertou mais sua mão vendo o semblante perturbado do ruivo.

_Oq eles fariam com os ossos dela?

_Se koshei acordar Hades... - Lucien começou antes de engolir um bolo em sua garganta

_Ele não vai acordar, só Eris pode fazer isso lembra? Não sei como ... mas temos uma garantia de que nada vai acontecer!

Disse e aquilo pareceu deixar Lucien menos nervoso, azriel o guiou pelo caminho que decorou para eles saírem das catacumbas.

Foi só eles saírem do porão que eles ouviram um choro infantil, tão alto e escândaloso que toda a mansão deveria estar ouvindo.

Lucien movido pela curiosidade puxou azriel, não podiam ser os sobrinhos de Alis, podiam?

Ele começou a ouvir os gritos de "Tamlin" e o choro ia ficando mais alto, quando finalmente Lucien conseguiu ver a cena azriel teve que lhe servir de apoio para que o ruivo continuasse de pé.

Bron e Hart tentavam acalmar o falso Tamlin enquanto Alis tentava fazer o menino parar de chorar.

Olhos azuis, cabelo preto liso raspado na lateral, presinhas salientes.

Era impossível não perceber a semelhança e quando ouviu o nome Lykos que significava "lobo Negro" Lucien sentiu seu chão desabar.

O menino que parecia ser da idade de Samy gritava e chorava com a mão na sua bochecha aonde Lucien notou uma marca avermelhada de tapa.

Nem mesmo azriel conseguiu o segurar.

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