066 - odio no olhar...

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Autora narração:

Amei as "#" levantadas no último episódio postado, eu também tenho meu shippe...mas é segredo.

Tom narração:

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Tom narração:

Saí do treino exausto, com gotas de suor escorrendo pelo rosto. O celular vibrou no bolso, interrompendo meus pensamentos. Era Crystal, a ex que deixara um rastro de incertezas no meu passado. A voz dela, misturada com ansiedade, ecoava do outro lado da linha, pedindo para que eu fosse até a casa dela. O motivo? A suposta gravidez, que  afirma ser meu. Me vi preso entre a exaustão do ringue e o dilema inesperado que agora se desenhava diante de mim.

Montei na minha moto, sentindo o rugido do motor vibrar sob mim. O vento cortava meu rosto enquanto eu acelerava em direção à casa de Crystal. Cada quilômetro parecia uma eternidade, minha mente mergulhada em um turbilhão de pensamentos incertos. O que eu faria se fosse realmente o pai? E se não fosse? As ruas passavam rapidamente sob mim, mas o peso da situação só aumentava à medida que me aproximava do destino incerto.

Estacionei em frente à casa dela, olhando para a porta com uma mistura de apreensão e nervosismo. Respirei fundo para acalmar os nervos antes de apertar a campainha. O som ecoou pelo silêncio da noite, parecendo amplificar a gravidade da situação. Aguardei, com o coração acelerado, enquanto esperava que Crystal viesse atender.

A porta se abriu e lá estava Crystal, com os olhos brilhando de excitação, como se o tempo não tivesse passado desde a última vez que nos vimos. Ela se aproximou com entusiasmo, pronta para me envolver em um abraço, mas eu dei um passo para trás, evitando o contato físico. Mantive uma expressão séria, tentando manter a compostura diante da situação delicada que nos trouxera até ali.

– Tom, você nem mesmo me cumprimentou direito. – disse ela, com um tom de decepção na voz. Seus olhos perderam um pouco do brilho inicial, substituído por uma expressão de tristeza. – Eu sei que as coisas não estão fáceis entre nós, mas esperava pelo menos um abraço ou um olá caloroso. Afinal, estamos juntos nessa, não é?

– Crystal, eu não sei se estamos "juntos nessa". respondi, tentando controlar a frustração em minha voz. – Eu mal sei se esse bebê é realmente meu. Precisamos lidar com essa situação com cautela e honestidade. Eu estou aqui para conversar, para descobrirmos a verdade juntos, mas não posso simplesmente assumir algo que ainda não foi confirmado.

Ela revirou os olhos como se repudia-se o fato de eu não acreditar nas palavras dela, mas eu não podia assumir de fato aquilo que não havia certeza de ter acontecido. Entrei em sua casa, me sentando no sofá próximo a porta para caso necessário, eu pudesse fugir.

Com os olhos fixos no rosto dela, buscando qualquer sinal de verdade em seu olhar. Eu não conseguia aceitar tão facilmente a notícia de uma gravidez, especialmente considerando o curto período de tempo desde o nosso último encontro. Decidi que precisávamos de mais informações, de uma confirmação objetiva.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora