073 - Você é meu remédio

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Autora narração:

Desculpe pela falta de entrega dos episódios, mas agora será quase como antes, pois minha faculdade entrou em greve por tempo indeterminado... (Obs: eu também estava de dengue)

⚠️ EPISÓDIO COM CONTEÚDO ADULTO EXPLÍCITO.

⚠️ EPISÓDIO COM CONTEÚDO ADULTO EXPLÍCITO

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Tom Narração:

Saber que o Bill sabia de tudo isso me deixava aflito, mas não com medo. Voltei para o meu quarto para estudar algumas matérias que haviam ficado pendentes nas últimas semanas, pois minhas notas foram decaindo devido às preocupações. Passei a madrugada adentro bebendo alguns copos de uísque enquanto me estressava com as atividades. Ouvi os passos pesados de Bill saindo de casa nos primeiros raios da manhã, o que me espantou, pois já eram quase sete da manhã e eu ainda estava acordado diante do notebook, embriagado.

Sinto meu corpo pesar como chumbo enquanto tento me erguer da cadeira da minha mesinha. As horas passaram em um borrão dos copos e livros, mas agora tudo que resta é o embriagado desânimo que me afunda na poltrona. Minha mente está turva, as palavras das páginas misturando-se em um emaranhado confuso.

Meus dedos escorregam pelo braço da cadeira enquanto tento me apoiar para me levantar. Cada movimento é uma batalha contra a gravidade e a névoa que envolve meus pensamentos. Minhas pernas, normalmente firmes, tremem sob o peso do álcool e da exaustão.

Finalmente, com um esforço hercúleo, consigo me endireitar, mas mal tenho tempo para celebrar esse pequeno triunfo. O quarto gira ao meu redor, uma dança vertiginosa que ameaça me arrastar de volta para a escuridão confortável da cadeira.

- Mas que caralho! - Exclamo.

Respiro fundo, tentando encontrar a força para lutar contra a maré de desespero que ameaça me engolir. Mas é uma batalha difícil, e no momento, parece que estou perdendo. A garrafa vazia de whisky ao meu lado é um lembrete sombrio do tempo perdido e das promessas quebradas. A merda que me cerca não me deixa em paz, pensar nessa criança que está vindo, na faculdade que estou indo mal, na garota que gosto e no conflito que está tendo trégua entre mim e meu irmão.

Tento me concentrar em uma única ideia: levantar-me, deixar este quarto, escapar desta prisão autoimposta de autoindulgência e autocomiseração. Mas até mesmo essa simples aspiração parece distante e inatingível, como uma estrela brilhante no céu noturno, além do meu alcance embriagado.

Depois de tanto cair, finalmente consegui me levantar e me apoiar nas paredes do quarto. Usei a parede como apoio até uma parte do caminho, que logo se tornou inútil. Caí sobre o carpete próximo à escada e ali permaneci jogado, com preguiça de tentar me levantar novamente. Meu corpo foi sacudido e então abri os olhos, percebendo que havia adormecido no chão. Abri os olhos lentamente e encontrei Madison me encarando de cara fechada e braços cruzados.

- Por que tá me olhando assim mimada? - me endireito.

- Por que está deitado no chão e fedendo a whiskey?

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora