086 - O Desespero de Verônica

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Autora narração:

O clima gelado em uma manhã de fim do inverno, não se mostrava tão fria quanto os pensamentos de uma mãe desolada pela dor de estar impotente em sua atual circunstância.

Verônica estava desolada. A notícia do desaparecimento de Madison a atingira como um golpe brutal. Sentia-se cega pelo medo, e a raiva fervilhava em seu peito. Olhando para o telefone desligado em sua mão, as lágrimas escorriam pelo rosto sem controle.

- Como isso pôde acontecer? - murmurou para si mesma, a voz trêmula.

- Verônica, precisamos manter a calma. Tom e Bill estão fazendo tudo que podem. - Sr Paul, tentou consolá-la.

Mas Verônica não queria ouvir. A culpa e o medo estavam a consumindo.

- Calma? É minha filha que está desaparecida, Paul! E você quer que eu fique calma?

- Você sabe que a considero como minha filha também, você acha que a notícia também não está me doendo? - Ele tentou falar, mas Verônica estava além da razão.

- Eles tinham uma responsabilidade! Madison estava sob os cuidados deles, e agora ela está nas mãos de um maníaco!

O Sr segurou os ombros dela, tentando estabilizá-la.

- Eles não têm culpa, Verônica. Ninguém poderia prever isso.

- Mas eles deveriam ter protegido ela! - gritou, se afastando dele. - Eu não consigo entender isso.

- Não adianta buscar culpados, isso não a trará de volta pra gente amor.

- Não fale como se minha filha estivesse morta. - apontou pra ele.

- Não é isso, ela está viva, mas enquanto gastarmos nosso tempo buscando um responsável... Menos tempo nossa pequena tem.

- Você me prometeu que eles protegeriam ela como se fosse uma irmã mais nova, mas se nem seus filhos estão de cuidando, quem dirá de Madison.

- Você está passando do limite Verônica, não fale dos meus filhos de tal maneira.

- Desculpa paul, me equivoquei.

- Meus filhos podem ser difíceis de lidar ou tomarem decisões ruins as vezes, mas se lembre que eles ainda são adolescentes e nenhum adolescente pensa nas consequências de suas ações. A resposta disso é justamente Madison nos braços de um maluco, se ela nunca tivesse se envolvido com aquele desgraçado, não estaríamos aqui... então pensa nas coisas que acontecem ao seu arredor antes de falar dos outros.

Verônica sabia que ele tinha razão em sua fala, não tinha o que contestar contra se ele estava certo. Ela então apenas abaixou seu olhar e começou a pensar que precisava de mais informações, de mais apoio. E o único que podia dar isso agora, era o pai de Madison, que estava na Alemanha por causa de uma corrida. Decidiu que ele precisava saber, precisava estar aqui. Pegou o telefone novamente e fez uma ligação urgente.

Notificou ao Theo sobre seu convite para aparecer no endereço que se escondia no país, Paul foi contra assim que ouviu a ideia mas deu razão por ser sobre a filha dele, autorizando assim passar a localização deles.

Theo chegou à casa de Verônica pouco depois, surpreso pelo convite repentino. Quando entrou, viu Verônica em pé no meio da sala, os olhos vermelhos e inchados. Ela estava claramente à beira de um colapso.

– Verônica, o que está acontecendo? – perguntou, a preocupação evidente em sua voz.

Verônica começou a chorar de novo, as palavras saindo entre soluços.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora