098 - Brasil

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Madison narração:

O avião pousou suavemente no Brasil, e eu senti um alívio misturado com ansiedade ao finalmente estar de volta à terra firme. São Paulo era nossa primeira parada antes de seguirmos para João Pessoa, onde meu pai quer ficar primeiro. Enquanto esperávamos a conexão, observei Bill e Tom ao meu lado. Bill estava visivelmente nervoso, seus olhos constantemente varrendo o aeroporto, como se estivesse esperando por algo ruim a qualquer momento. Já Tom... ele parecia um furacão de emoções, mal conseguindo ficar parado. Ver o contraste entre os dois me fez sorrir por dentro, apesar de tudo.

- Vocês estão prontoas para ouvir 24 horas de idioma alienigena? - Faço refêrencia a fala do Tom.

- To nervoso justamente por isso, já que o pouco que tu ensinou desse idioma ai, foi só palavrão. - Tom solta um pequeno riso.

Estávamos sentados em uma das áreas de espera, aguardando o próximo voo. Bill se levantou de repente, murmurando algo sobre ir ao banheiro, e eu aproveitei a oportunidade para falar com Tom.

- Tom? - chamei suavemente, tocando seu braço. Ele olhou para mim, ainda agitado, mas com uma expressão que revelava a tristeza por trás de toda a energia. - Se abre comigo, por que você está tão nervoso? Está tudo bem?

Ele suspirou, esfregando a nuca e ajeitou o piercing com a língua em gestos que eu sabia que era de frustração. 

- Po, sabe mimada. É seu pai... Ele não confia em mim. Ele mal me reconhece, e parece que, não importa o que eu faça, nunca vou ser bom o suficiente aos olhos dele.

Eu senti meu coração apertar por ele. Sabia o quanto Tom se importava comigo, e ver como a situação com meu pai o estava afetando me entristeceu. 

- Amor, eu entendo como você se sente, mas você precisa entender que meu pai é protetor demais. Ele passou por muita coisa, especialmente nos últimos meses, e está com medo por mim. Mas isso não significa que ele não possa mudar de ideia sobre você.

- Me chamou de amor é? - Ele abriu um sorriso.

- Não começa. - dou um risada. - Estamos tendo um papo sério aqui.

- E como eu faço isso? Não sou tão bom com palavras quanto Bill. E parece que, quanto mais eu tento, mais ele se fecha. - Voltando ao assunto anterior.

Sorri para ele, querendo trazer algum conforto novamente, para transparecer o quanto ele sendo ele, já era o suficiente pra mim. 

- Você não precisa ser como o Bill, Tom. Meu pai gosta de corridas, não é? Por que você não começa por aí? Ele tem uma paixão por isso, assim como você. Se mostrar mais presente, não só comigo, mas com ele, pode ser um bom começo. Quem sabe até participando de alguma corrida juntos? Isso pode fazer ele ver o quanto você se importa... Comigo e com ele.

 Você acha mesmo que isso pode funcionar? - Ele parecia considerar minhas palavras, a expressão dele suavizando um pouco.

- Eu acredito que sim. Você sempre mostrou o quanto é fã dele, e mesmo que não funcione de imediato, só o fato de você tentar já mostra que está disposto a fazer parte da nossa vida. E, Tonzinho do meu coração, eu te amo. - Segurei sua mão e olhei nos olhos dele, cheia de sinceridade. - O suficiente para não querer te ver triste ou se sentindo assim. Meu pai vai perceber isso eventualmente, eu sei.

- Nunca mais me chama assim, ouviu? - falou irônico. - E repete que me ama, acho que é a primeira vez que escuto isso do nada vindo de você...

- Eu te amo, Tom Kaulitz e meu futuro homem que passarei o resto da minha vida feliz.

-Eu te amo, Madi mimada. Estou me segurando para não beija-la aqui mesmo...

- Eu quero você ao meu lado, sempre foi pra ser você...vocês...

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora