045 - Alemão

1K 86 8
                                    

Autora narração:

Se prender ao passado não te permite a caminhar pra frente, mas as vezes um determinado passado se tornará seu presente.

Se prender ao passado não te permite a caminhar pra frente, mas as vezes um determinado passado se tornará seu presente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Madison narração:

As aulas de dança ficaram ainda mais intensas nos últimos dias. A apresentação está a poucos meses de acontecer, e além disso, tenho outras matérias em que Bill me ajuda em casa. Todas as nossas aulas são supervisionadas pelo Tom ou por algum membro da família, o que mantém um ambiente propício para os estudos, sem provocação. Desde o incidente na cozinha, não tivemos a oportunidade de ficar a sós novamente.

Estava voltando para casa, já que fui proibida de ficar na casa de praia nos últimos dias devido às aparições do Gabriel na região. Desde sua última aparição, Carlos tem sido responsável por me levar para a faculdade e trazer de volta, a pedido do Tom. Essa dinâmica tem contribuído para o desenvolvimento da nossa amizade.

– Agradeço pelo trabalho, Carlos, mas peço desculpas se isso tem atrapalhado seus afazeres. – Olho para o lado, observando a vista da cidade.

– O Tom está me pagando como seu guarda-costas agora, então pode ficar tranquila, Rodrigues. – Ele mantém o foco no volante.

– Trouxe o que me pediu. – Entrego uma pasta com todos os dados que consegui sobre o Gabriel. – Mas por que precisa disso?

– Conheço bem a pessoa que ele é. Não tenho rancor só porque o encontrei na cama com a Charlie. Há muito mais história enterrada nessa situação. – Ele morde levemente os lábios. – E agora ele está se metendo onde aparentemente já tem dono, e você é uma pessoa bacana, então não quero que se machuque nas garras daquele sujeito.

Era nobre da parte dele cuidar de assuntos assim; embora não parecesse, por baixo dessa armadura fria, havia um coração caloroso e bondoso. Chegamos em casa, e ele desceu do carro, abrindo a porta para mim. Ele explicou que ficaria do lado de fora para fazer a ronda, já que o Bill estava em casa.

Ao entrar, encontrei Bill sentado no sofá, fumando e lendo um livro novo. Ele só percebeu minha presença quando bati o pé na mesa.

– Atrapalhada como sempre, né, anjinha? – soltou a fumaça dos lábios.

– Boa tarde pra você também, demônio! – continuei em direção à escada.

– Vai tomar seu banho e desce para a aula de alemão. Você errou oitenta por cento da prova que elaborei para você, e isso eu não aceito.

– Não é possível! – fiquei chocada. – Como errei tanto?

– Alemão sendo minha segunda língua, doeu ler sua avaliação, Madison. Foi de sangrar os olhos. Então não demore, senão vou desistir de te ajudar.

Subi as escadas perplexa ao ouvir que havia errado algo. Dirigi-me ao meu quarto e fui diretamente para o banheiro. Após minha higiene pessoal, aproveitei para lavar meu cabelo. Ao sair do banheiro, enrolada na toalha, encontrei Bill parado à porta.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora