056 - Sentimentos voltando...

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Autora narração:

Lutar contra o que sente, é o mesmo que lutar contra si mesmo...

Lutar contra o que sente, é o mesmo que lutar contra si mesmo

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Bill narração:

Eu estava sozinho na nossa casa de praia, onde as memórias de Madison pareciam se entrelaçar com cada grão de areia. Adentrei o meu quarto secreto, um refúgio intocado por olhos curiosos. Ali, entre as paletas de cores, buscava uma fuga para os sentimentos que insistiam em me assombrar.

Com pincéis dançando sobre a tela, eu tentava arrancar a imagem de Madison da minha mente, como se cada pincelada pudesse desfazer o nó que ela havia amarrado em meu coração. Havia uma promessa feita ao meu irmão há três anos, uma promessa que agora pesava mais do que as tintas em minhas mãos.

A brisa marinha sussurrava segredos do passado, enquanto eu lutava para transformar a tela em uma tapeçaria que escondesse as sombras daquela paixão proibida. Cada traço era uma tentativa desesperada de preservar a promessa que fiz, mesmo que o eco da risada de Madison continuasse a ecoar nas paredes da casa que um dia chamamos de lar.

Uma traiçoeira brisa marinha trouxe consigo o eco de sua risada, e sem querer, sua imagem se materializou na tela diante de mim. Seus olhos, profundos como o oceano, me fitavam com uma intensidade que me deixava sem fôlego. Instintivamente, minhas mãos traçaram cada contorno, recriando sua imagem com uma precisão dolorosa.

Um misto de raiva e desespero se apoderou de mim. Como pude permitir que ela invadisse meu santuário mais uma vez? Como pude sucumbir à tentação de pintá-la, mesmo sabendo das consequências?

Com um grito abafado, rasguei o quadro, retalhando-o em pedaços que voaram como confetes pela sala. Cada rasgo era um ato de autodestruição, uma tentativa desesperada de libertar-me dos grilhões invisíveis que ela havia colocado em mim.

Por um instante, fiquei parado no meio da sala, respiração entrecortada, enquanto os cacos do meu erro jaziam aos meus pés. Mas, no fundo do meu coração, eu sabia que aqueles fragmentos não eram apenas do quadro, mas também de um amor impossível que teimava em me consumir.

Sentado no meio dos destroços de papel, permiti-me ser envolvido pelas lembranças do passado. Minha mente vagou até aquele dia especial na adolescência, quando Madison e eu, sem qualquer preocupação, nos aventuramos em um karaokê.

FLASBACK DO KARAOKÊ

O ar quente de Orlando abraçava nossos corpos enquanto caminhávamos pelas ruas movimentadas. Madison e eu, compartilhando risadas e segredos como sempre fazíamos. A cada passo, sentia meu coração acelerar, pois estar ao lado dela era sempre um misto de alegria e nervosismo.

–Olha, Bill, um karaokê! Vamos lá, vai ser divertido! – disse Madison, apontando para o estabelecimento e voltando a me olhar com um brilho nos olhos.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora