047 - Identidade...

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Autora narração:

Todo o segredo bem arquitetado pode permanecer em silêncio por anos, mas não é para sempre que permanecerá oculto.

Todo o segredo bem arquitetado pode permanecer em silêncio por anos, mas não é para sempre que permanecerá oculto

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Madison narração:

O coração batia descompassado enquanto eu me encolhia embaixo da cama empoeirada de Bill. A escuridão me envolvia, e eu segurava a respiração, temendo que qualquer som pudesse me trair.

Emily, a ex-ficante de Bill, invadia o quarto com passos nervosos, lançando acusações no ar. Sua voz aguda ecoava, e eu tentava desesperadamente controlar os tremores que percorriam meu corpo. O segredo que eu guardava com tanto cuidado estava prestes a ser desvendado.

Minha mente se debatia entre o impulso de sair correndo dali e a necessidade de permanecer oculta. A verdade sobre minha linhagem, meu laço com a prefeita, era como uma sombra que pairava sobre mim, ameaçando revelar minha identidade.

A respiração de Emily tornava-se mais intensa, como se a verdade estivesse prestes a escapar pelos poros. Eu rezava silenciosamente para que o som de meu próprio coração não a traísse. Sob a cama, eu era uma espectadora involuntária de uma trama que ameaçava desmoronar.

A sensação de vulnerabilidade era avassaladora, mas a curiosidade sobre o que aconteceria a seguir me prendia ali. Cada palavra de Emily ecoava como um veredicto, e eu, Madison, permanecia imóvel, uma intrusa na minha própria vida, escondida sob a cama de um homem que eu mal conhecia.

E assim, eu aguardava, presa entre o desejo de escapar e a inevitabilidade de enfrentar as consequências da verdade que se desvelava acima de mim.

Meu coração acelerou quando ouvi Bill pedindo para que Emily descesse para a sala com ele. Sob a cama, mantive a respiração contida, me perguntando se meu disfarce permaneceria intacto ou se o destino revelaria minha verdadeira identidade. A ansiedade pulsava em cada fibra do meu ser enquanto aguardava, escondida na penumbra, esperando que os passos deles se afastassem e eu pudesse finalmente respirar aliviada.

Com cuidado, deslizei para fora de meu esconderijo quando ouvi a porta fechar, deixando para trás a tensão que havia permeado o espaço. Rastejei até a porta do quarto de Bill, espiando pelo vão para garantir que o corredor estava vazio.

Ao constatar que o caminho estava livre, movi-me silenciosamente em direção ao meu quarto, consciente de que cada passo podia ser crucial. A urgência de trocar de roupa para dissipar a sensação de clandestinidade impulsionava-me. Cada peça de vestuário que eu trocava era como um escudo, ocultando a verdade que flutuava no ar.

O silêncio ao meu redor era quase ensurdecedor, contrastando com a tempestade que se desenrolara momentos antes. Eu, Madison, era agora uma dançarina entre segredos, movendo-me pelo labirinto das minhas próprias revelações.

Meu coração saltou quando a voz de Bill ecoou pela casa, chamando-me da sala. Os segundos arrastaram-se, e a inquietação crescia dentro de mim. Com um suspiro, dirigi-me rapidamente para a sala, preparando-me para enfrentar as consequências do que tinha permanecido escondido por tanto tempo.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora