055 - Planos, e mais planos...

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Autora narração:

Fruta podre, não cai muito longe de sua árvore...

Fruta podre, não cai muito longe de sua árvore

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Gabriel narração:

A luz do sol filtrava-se pelas grandes janelas do refeitório da faculdade, criando um ambiente quente e acolhedor. Eu me encontrava sentado em uma mesa no canto, discretamente observando cada movimento do outro lado da sala. Meu olhar se fixava nela, Madison, conversando animadamente com sua amiga. Era estranho vê-la tão próxima, mas ao mesmo tempo tão distante.

Ela estava radiante como sempre, com aquele sorriso cativante que conseguia iluminar até os lugares mais sombrios. Seus gestos delicados e sua voz suave ainda tinham o poder de me deixar sem fôlego. Meu coração batia descompassado só de vê-la de longe.

A amiga dela ria de alguma piada, e ela jogava a cabeça para trás em uma gargalhada sincera. Era um vislumbre do que costumávamos ter juntos. Momentos de cumplicidade e alegria compartilhados entre nós dois. Mas agora, tudo parecia tão distante.

Eu tentava me recompor, concentrando-me em encontrar o momento certo para me aproximar, para tentar consertar o que estava quebrado entre nós. Mas a incerteza pairava no ar, e eu me sentia como um estranho observando de fora.

Suspirei profundamente, tentando reunir coragem para dar o próximo passo. Sabia que não seria fácil, mas eu estava disposto a tentar. Afinal, algumas coisas valem a luta, mesmo que o caminho seja incerto.

Meu coração disparou quando vi a amiga dela lançar um olhar em minha direção, como se tivesse sentido minha presença ali. Um frio percorreu minha espinha enquanto ela sussurrava algo no ouvido da minha ex. Em um piscar de olhos, elas se levantaram da mesa, prontas para sair do refeitório.

A raiva borbulhou dentro de mim, misturada com frustração e decepção. Como se atreveram a me deixar de lado novamente, como se eu fosse apenas uma sombra insignificante em suas vidas? Meus punhos se cerraram com força, lutando para conter a explosão de emoções dentro de mim.

Eu queria gritar, correr atrás delas, exigir uma explicação. Mas me contive, afundando-me na cadeira enquanto elas se afastavam, levando consigo qualquer chance de reconciliação naquele momento.

A sala de refeitório, que antes estava cheia de luz e calor, agora parecia fria e vazia. Eu me sentia sozinho, abandonado pela única pessoa que um dia significou tudo para mim. E a única coisa que restava era a dor e a amargura de saber que eu não era mais parte de sua vida.

Após a raiva gritante que senti de Ashley por ter tirado novamente a Madison de mim, fui pro meu carro por ser a hora de ver as novidades que a Crystal teria pra mim. Em um lugar bem afastado estava com meu carro estacionado apenas aguardando a presença dela, ela desceu de um mototaxi e veio em direção ao meu carro toda coberta por seus moletons.

– Conseguiu se reaproximar do seu cara? – perguntei sem olhar pra ela.

– Tá com ciúmes é? – brincou.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora