061 - Que história é essa Rodrigues?

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Autora narração:

Mentira é que nem o tamanho da língua da Ashley, curta....

Mentira é que nem o tamanho da língua da Ashley, curta

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Carlos narração:

O coração martelava dentro do meu peito enquanto eu processava as palavras que escapavam dos lábios de Ashley. Ela estava bêbada, e aquela revelação despretensiosa saiu mais como um deslize do que uma confissão planejada. Mas para mim, cada sílaba era como um soco direto no estômago.

– Eu sou o que? Irmão da Rodrigues, como? – minha voz saiu mais rouca do que eu esperava.

Eu me sentia em um filme surreal, onde a trama tomava um rumo inesperado, transformando a realidade que eu conhecia em algo distorcido e confuso.

O olhar de Ashley vacilou por um momento antes de ela assentir, parecendo perceber a gravidade do que acabara de revelar. Eu não conseguia articular uma resposta coerente, minha mente girava em círculos, tentando juntar as peças desse quebra-cabeça emocional.

Madison, teoricamente minha irmã mais nova, sempre foi uma figura distante em minha vida. Nós tínhamos crescido em mundos separados, divididos por circunstâncias além de nosso controle. E agora, de repente, aquela conexão distante estava sendo exposta diante de mim, como se fosse uma bomba jogada diante do meu corpo.

Olhei ao redor, vendo o ambiente que estava e vendo meu reflexo nos espelhos daquela pequena garagem com o cenário improvisado. Eu queria me esconder, desaparecer, fugir daquele momento para assimilar se aquilo que ela dizia podia ser uma brincadeira ou não.

Mas ao mesmo tempo, uma parte de mim ansiava por respostas, por uma explicação que pudesse desfazer esse nó de emoções que se formava dentro de mim.

Deixei Ashley sozinha na garagem, com a confusão ainda ecoando em meus pensamentos, ouvia sua voz ao fundo mas minha cabeça não permitia prestar atenção. Montei em minha moto, sentindo o rugido do motor ecoar como uma trilha sonora para minha busca por respostas. O destino era a casa da mulher que eu sempre conhecera como mãe, mas que agora parecia um enigma a ser decifrado.

Ao chegar, desci da moto com um nó na garganta, preparado para confrontar a única pessoa que poderia me oferecer alguma clareza nessa situação. No entanto, as palavras que escaparam de seus lábios foram como um balde de água fria sobre minhas esperanças.

– Mãe, preciso falar com você! – me aproximei.

– Fala muleke!

– Vou ser direto, você é realmente minha mãe ou não? – deixei meus nervos falarem por mim.

– Do quê você está falando Carlos?

– Me chamaram de Carlos Tiller hoje, isso soa familiar para senhora?

– Deve ter sido brincadeira dos seus amigos. – se virou rapidamente.

– Então fala que é a minha mãe, mas olhando nos meus olhos.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora