Madison narração:
Enquanto esfregava a esponja contra o tanque de combustível da minha moto, uma sensação estranha me percorreu. O sol da tarde refletia no cromado, projetando pequenos brilhos cintilantes ao meu redor. Eu estava concentrada em tirar a sujeira acumulada da última corrida, mas algo fez com que eu levantasse os olhos. Naquele breve momento, juro que vi o reflexo de Gabriel parado na frente da mansão, suas feições inconfundíveis se destacando no brilho do metal polido.
Parei de esfregar e virei o rosto em direção à rua, buscando vê-lo ali, talvez me encarando ou sorrindo aterrorizante, como costumava fazer. No entanto, tudo que vi foi a calçada vazia e a longa fileira de árvores que cercavam a propriedade. Meus olhos varreram o horizonte, procurando qualquer sinal dele, mas não havia ninguém.
Dei um passo para trás, ainda com a esponja na mão, a água escorrendo pelo meu braço, deixando uma trilha molhada na minha pele. O silêncio era perturbador, interrompido apenas pelo som distante de um carro passando. O sol brilhava intensamente, tornando a visão do reflexo ainda mais surreal. Sacudi a cabeça, tentando dissipar aquela sensação de estranheza que tomava conta de mim. Talvez fosse apenas minha mente pregando peças, um truque da luz do sol ou o medo de vê-lo novamente.
Respirei fundo e voltei a atenção para a moto, tentando ignorar a persistente sensação de que algo estava fora do lugar. Mas, enquanto esfregava o metal, não pude deixar de olhar de relance para a rua, esperando que, fosse apenas coisa da minha cabeça.
Estava prestes a recomeçar a esfregar a moto quando, de relance, vi algo entre as árvores da mansão. Meu coração disparou. Lá estava ele novamente, o reflexo de Gabriel, entre os troncos, me observando com aquele olhar penetrante que sempre me deixava sem fôlego. Dessa vez, a imagem era ainda mais nítida, os olhos verdes fixos em mim, como se quisessem dizer algo que eu não conseguia entender.
O medo tomou conta de mim, um frio subindo pela espinha. Deixei cair a esponja, a espuma se espalhando pelo chão. Meus olhos não conseguiam se desviar do reflexo, que parecia mais real a cada segundo. Meu instinto gritava para que eu corresse, para que me afastasse dali o mais rápido possível.
Com um movimento brusco, agarrei o guidão da moto e a puxei para dentro da garagem. As rodas rangiam contra o concreto, e meu coração batia tão forte que parecia ecoar pelas paredes. Com um esforço desesperado, empurrei a moto para dentro e fechei o portão com força, os músculos tremendo de medo.
A respiração estava pesada e descompassada quando me virei para a porta da casa. Cada passo parecia um desafio, como se o ar ao meu redor estivesse denso e sufocante. Entrei e bati a porta atrás de mim, trancando todas as fechaduras com mãos trêmulas. A sensação de ser observada persistia, mesmo dentro de casa.
Encostei-me à porta, tentando controlar a respiração. Minha mente corria, tentando entender o que tinha acabado de acontecer. O reflexo de Gabriel me assombrava, seu olhar penetrante gravado em minha memória. Não sabia o que significava ou por que ele aparecia para mim, mas uma coisa era certa: algo estava muito errado. E, por mais que eu tentasse me convencer de que era apenas minha imaginação, o medo que sentia era muito real.
Ainda encostada na porta, tentando recuperar o fôlego, ouvi os passos apressados vindos da sala. Meu corpo tremia incontrolavelmente, e cada som parecia amplificado, como se o próprio ar estivesse carregado de tensão. De repente Bill, Tom e Carlos apareceram, os rostos preocupados e os olhos arregalados.
- Rodrigues, o que aconteceu? - Carlos foi o primeiro a falar, sua voz cheia de urgência enquanto ele se aproximava rapidamente. Ele segurou meus ombros, tentando me estabilizar. - Você está bem?
Eu abri a boca para responder, mas as palavras não saíam. Ainda podia sentir o olhar penetrante de Gabriel, como se ele estivesse ali, mesmo agora, me observando. Bill e Tom se aproximaram também, os olhos deles refletindo a mesma preocupação.
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Nossa Culpa - Tom e Bill Kaulitz
Fanfiction"Os sentimentos de amor e ódio podem andar lado a lado? ou melhor, viver na mesma casa?" Madison uma jovem de 19 anos terá que morar na casa do noivo de sua mãe, mas ela nunca teve tanto interesse na vida dele para saber que justamente os filhos del...