101 - Rumo ao pódio

178 25 7
                                    

Tom narração:

O grande dia com o Theo havia chego estava tenso — com medo. Madison havia saido com Bill para comprar coisas para chegada do irmão e da melhor amiga, para deixar tudo perfeito com el diz. Saí de casa assim que recebi uma mensagem do pai de Madison, ele sinalizou já estar me esperando na portaria do predio.

— Bom dia, senhor Rodrigues. — entro no carro.

— Não precisa essa formalidade comigo, não sou a mãe dela. — Riu, jogando as cinzas do cigarro pela janela. — É com ela que você deve se preocupar, comigo é só me garantir que aquele monstro nunca mais toque na minha menininha.

— Eu posso garantir aquele lixo nunca mais vai tocar nela.

— Como, meu jovem?

— Só sei que posso...faria tudo por ela.

Ele sorriu com minha resposta, e eu tirei o peso de talvez ter quase entregue o que fizemos com Gabriel. A morte dele ainda me assombra, mas lembro que foi por ela e a sensação passa, porém o olhar frio de Bill ainda me perseguia. Bill, ele sim é algo que me assusta, pois como nunca notei aquele lado dele, como nunca vi a forma como ele age e trabalha.

Estava mais nervoso do que jamais estive em um treino de corrida profissional. Não sentia que era apenas um treino; era o início de um relacionamento sólido com o pai da Madison. Eu sabia que essa era a minha chance de impressionar o homem que tinha o poder de decidir se serei aceito como genro.

Assim que chegamos ao autódromo, Theo estava no comando, explicando os detalhes e nuances da pista enquanto eu o ouvia atentamente, não conseguia deixar de admirar o jeito confiante com que o Theo falava e se movia. Era claro que ele tinha um domínio completo daquilo, e comecei a se sentir pequeno em comparação.

— Você está nervoso, rapaz? — Theo perguntou, parecendo notar a tensão no meu rosto enquanto me ensinava algumas palavras básicas em português.

— Um pouco, para ser honesto. — respondi, rindo. — Mas também estou animado para assistir de perto o melhor de novo.

Theo sorriu, um sorriso meio enigmático, meio desafiador.

— Isso é bom. Nervosismo mantém você alerta. Mas não deixe o medo controlar você. Vamos ver como você se sai.

— "Bom dia... Oi... Tudo bem?" — repeti algumas palavras em português que ele havia me ensinado.

Eu praticava enquanto assistia o Theo se preparar para dar algumas voltas no circuito. As palavras eram estranhas saindo da minha boca, mas eu estou tentando fazer o meu melhor para não parecer um completo estrangeiro quando fosse cumprimentar a equipe do Theo.

Quando Theo deu a partida no carro e começou a fazer as primeiras voltas no autódromo, fiquei de pé ao lado da pista, fascinado. O ronco do motor ecoava em meus ouvidos, minha mente se transportou de volta às noites em Miami, onde corria nas ruas em alta velocidade, desafiando os limites. A adrenalina de estar ali, mesmo só como espectador naquele momento, fez meu coração disparar. Eu sentia o cheiro da borracha queimando no asfalto e o vento balançando os fios soltos do meu cabelo à medida que o carro passava.

Theo era bom — muito bom. Cada curva era feita com precisão, e a velocidade que ele mantinha era assustadora. Eu sabia que aquele homem não estava apenas mostrando sua habilidade. Ele estava, silenciosamente, lançando um desafio.

E eu pelo visto não estava errado.

Quando Theo parou o carro à minha frente, saiu sorrindo e tirou o capacete, balançando a cabeça como se estivesse se divertindo imensamente.

Nossa Culpa - Tom e Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora