Gabriel narração:
Estava jogado no sofá da sala, assistindo a TV em uma casa de chalé isolada, um refúgio perfeito que meu pai havia providenciado. Cada vez que olhava para a porta trancada do quarto onde Madison estava presa, sentia um orgulho quase intoxicante. Eu havia conseguido. Ela estava sob meu controle, e ninguém podia tirá-la de mim.
O noticiário na TV estava fervilhando com reportagens sobre seu desaparecimento. Todos aqueles rostos desesperados e preocupados só aumentavam minha sensação de poder. Eles não tinham ideia de onde ela estava, e isso me dava uma satisfação sádica.
Estava tão imerso no meu triunfalismo que quase não ouvi o telefone tocar, olho a tela daquele celular descartável e um chip idiota o nome de Crystal.
– O que será que essa puta quer agora? – resmungo antes de atender. – O que é?
– Calma querido, é assim que você atende uma gravida? – ironizou a loira.
– Não era pra você está infernizando o outro lá não? Vai lá consolar o seu amado.
– Só vou conseguir fazer isso quando eu tiver certeza que essa vagabunda não está mais nesse país. – reclama.
– Olha como você fala da minha noiva, mas fica tranquila que ela já está só aguardando as coisas ficarem prontas pra fugir comigo. – respondo.
– Aqui, já agendei o exame pra descobrir o sexo do bebê.
– Inútil, já te disse que vai vir menino, os Jenner's só sabem fazer homem ... Se é pra colocar um novo ser no mundo, que ao menos seja um homem.
– Como pode ter tanta certeza assim Gabriel?
– Porquê foi eu que meti aí dentro, agora vou lá que tenho coisas pra fazer do que tolerar você. – desligo o celular.
Desligo a celular e retorno a atenção a TV a minha frente, não aguentava mais Crystal dando atualizações sobre uma criança que só ajudei ela a gerar mas que o pai graças a Deus não será eu.
– Gabriel? – escuto a voz dele, a voz carregada de autoridade e um toque de desdém.
A porta da frente se abriu com força. Meu pai entrou, sem nem bater, como sempre fazia. Seu rosto austero e olhos avaliadores pousaram em mim.
– Como estão indo os cuidados com a pequena Latina? – se jogou na poltrona com o cigarro entre os dedos.
– Tudo sob controle, pai. Ela está segura e bem trancada. – Levantei-me do sofá, tentando esconder qualquer traço de nervosismo.
Ele se levantou e caminhou lentamente pela sala, observando cada detalhe a sua volta.
– Espero que você esteja certo. Isso não é um joguinho de vídeo game, Gabriel. Há muito mais que isso aqui, há sua honra.
– Eu sei disso, pai. E estou cuidando de tudo. Madison não vai a lugar nenhum. – Assenti, embora a raiva começasse a crescer dentro de mim.
Meu pai parou na frente da porta trancada, colocando uma mão na maçaneta, mas não a girando.
– Você sabe o que deve fazer, filho? Não quero que isso se torne mais um dos seus fracassos. – resmungo.
Aquelas palavras me atingiram como um golpe, mas me recusei a mostrar fraqueza.
– Sim, eu sei o que estou fazendo. Madison precisa entender que é comigo que ela deve estar, que sou eu quem ela deve escolher a final.
– Ela está aqui a uma semana e você não conseguiu fazer ele ser sua de novo, e acha que me fará ter confiança em você? – Meu pai se virou para mim, seus olhos perfurantes. – Ela é uma mera mulher, você tem direito sobre ela, Gabriel. Não confunda sua paixão com poder. Se não domar direito, isso tudo vai explodir na sua cara e vai ser considerado também uma mulherzinha aos meus olhos.
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Nossa Culpa - Tom e Bill Kaulitz
Fanfiction"Os sentimentos de amor e ódio podem andar lado a lado? ou melhor, viver na mesma casa?" Madison uma jovem de 19 anos terá que morar na casa do noivo de sua mãe, mas ela nunca teve tanto interesse na vida dele para saber que justamente os filhos del...