Dormiram abraçados e profundamente. Alfonso acordou, e percebeu que havia se mexido um bocado. Ela que antes estava de frente para ele aninhada em seu peito, agora estava de costas, com as costas coladas em sua barriga, e sua cabeça sobre seu braço, encolhida, e relaxada em seus braços.
- Minta para mim se for necessário, mas diga que me ama...
- Eu te amo. – Anahí disse sincera mesmo que tenha tentado esconder isso, entre seu gemido mais alto, e seu clímax.
Seus pensamentos rondaram nisso por alguns segundos. Levou a mão do braço que tinha livre acariciando seu rosto. Será que ela o amava mesmo? Ou será que falou isto somente por sua súplica? Talvez Anahí tivesse medo. Ela gostava de cantar constantemente uma parte de uma música, onde dizia que seus antigos namorados não haviam sido bons com ela.
Será que algum trauma tão forte para não querer se apaixonar? O para tentar lutar contra um amor que pudera surgir? Ou ela simplesmente não o amava? Ainda tinha mais questões que rondavam a sua cabeça: Ela estava tão convicta que tinha de voltar ao Brasil que talvez fosse muito sofrimento se apaixonar e depois se distanciar. Outras coisas ele também pensou: Talvez fosse pela fama de mulherengo e de trair as mulheres com quem ficava – o que não era totalmente mentira –, mas o fato é que ele nunca se sentira apaixonado por elas, e querendo ou não admitir, estava apaixonado por Anahí.
O que ele faria quando ela fosse embora? Duas semanas e meia agora pareciam tão pouco tempo. Quando voltassem de Cancun, durante uma semana ao menos mal poderia vê-la pelos compromissos de trabalho. E depois restaria o quê? Uma semana somente, e a perderia como água escorrendo entre seus dedos.
Acordou de seus pensamentos quando percebeu Anahí se mexer. A observou atentamente, mas não acordara.
- Não deveria dizer que te amo, mas eu te amo Anahí. – Sussurrou em seu ouvido ao perceber que Anahí dormia profundamente.
O que Alfonso não percebeu é que Anahí acordara logo ao fim desta frase, porém ainda tomada pelo sono não se mexeu, pensando que logo voltaria a dormir. Isso não ocorreu quando Alfonso continuou, e então começou a fingir que não havia acordado.
- Eu queria poder dizer que não, que não te amo. Queria poder negar este amor. Queria poder não ter medo, e não pensar em quanto vou estar perdido quando você voltar. – Suspirou. – Mas seria egoísmo pedir para você ficar, não é mesmo? – Perguntou retoricamente, imaginando que Anahí estava dormindo e não responderia. – Eu queria poder apagar do meu coração um sentimento tão forte. Tudo ocorreu de maneira errada. Não era para eu ter ficado com uma fã, não era para eu me apaixonar, não era para eu transformar sua vida em uma loucura, mas aconteceu. E agora eu te amo como não amava em anos, eu te quero aqui e não no Brasil, e no fim sou um covarde, um covarde que não tem coragem para te falar isto quando pode ouvir. Mas eu nunca, nunca poderia te confrontar a ponto de ter que escolher ir ou ficar... Por que eu imagino quanto seria difícil isso para você, já que eu provavelmente nunca me adaptaria ao Brasil, e talvez não fosse para lá. Como poderia cobrar isso de você?
Anahí pode sentir uma lágrima de Alfonso escorrer e cair sobre seu pescoço, enquanto lutava contra as suas. Não podia simplesmente abrir os olhos agora. Deixaria Alfonso desconcertado, e provavelmente a relação entre os dois mudaria muito.
Guardaria isto para si, até que fosse pertinentetocar no assunto e lhe contar a verdade.
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Eu já to em lágrimas com essa declaração! Será que um dia ele me encontra perdido em um bar no México e se apaixona por mim? POR FAVOR DEUS, eu nunca te pedi nada.... kkk
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Tan dulce y tan fatal: Miel con limón y sal ✖ AyA {finalizada}
FanfictionAnahí é fabulosa mesmo que não se notasse. Casou-se cedo e separou-se. Seu marido virou um grande amigo lhe deixando bem financeiramente, apesar de recusar ferozmente qualquer ajuda do mesmo. Desde então seus relacionamentos são desastrosos. ...