- Como assim Any? Depois de tudo isso você vai me dizer que ainda não me perdoou? Que ainda não consegue me ver ou estar comigo? Você já sabe que foi tudo um engano Any. Por favor, não diga que ainda não conseguiu me desculpar. Por favor, Any.
- Poncho, não é isso. Eu já te perdoei. É... É outra coisa. – Ela então se encolheu.
- Então me diga o que é...
- É complicado. Não sei como explicar.
- Ao menos tente.
Ele então se sentou na cama também, de frente para ela, levou a mão ao seu rosto, e acariciou levemente, fazendo-a sentir cada toque delicado em sua face. Ela fechou os olhos, e seus malditos hormônios entraram em ação de novo. O que ela estava fazendo? Estava emotiva, feliz, e de repente ela sentiu que seus olhos já não podiam mais se conter e segurar-se. Ela estava chorando? As lágrimas escorreram pela sua face.
- Oh Anahí.
Alfonso aproximou-se dela e lhe deu um abraço reconfortante. E ela se encolheu no seu abraço por alguns segundos, porém depois se desvencilhou dele delicadamente. Queria olhar em seus olhos e começar a falar.
- Eu tenho medo de nós nos acertamos, e depois o que vai acontecer com você no México e eu no Brasil?
- Eu pensei que você iria ceder e iria para o México, criarmos nosso filho lá.
- Eu penso ir ao México, morar definitivamente lá. Eu tenho uma proposta de emprego lá...
- E então? Qual é o problema Any? Afinal o que há de tão errado?
- Eu quero que esse bebê nasça aqui. Eu não quero ir para o México agora Poncho. – Explicou ainda chorosa.
- Por quê?
- Depois do sexto mês de gestação eu não vou poder mais viajar e eu não quero me sentir presa em um país que não é meu. Cheio de pessoas que não conheço, e longe de tudo e todos que eu conheço. Viajar para um país temporariamente é uma coisa, outra é decidir refazer sua vida lá, começar tudo de novo. Um novo ciclo de amizades, uma nova casa, uma nova vida. Isso me dá muito medo.
- Mas você terá a mim e tem Dulce, sua amiga, que também mora lá.
- Poncho, não é a mesma coisa...
- E então Any, qual é a sua ideia? Ficar longe de mim durante toda a gestação e durante os primeiros meses de vida do nosso filho para ficar aqui? – O que ele falou saiu um pouco mais rude do que queria falar. Ele compreendia seus medos, mas também queria acompanhar o crescimento de seu filho na barriga de Anahí. Participar das consultas, ver os ultrassons. Queria estar com ela em cada momento.
- E por que apenas eu tenho que me mudar? Porque você não pode ficar aqui comigo no Brasil até eu poder ir para o México? Eunão entendo por que apenas eu tenho que fazer as coisas. Eu não vou para o Méxicoestando grávida e com um filho pequeno. Eu não vou! – Disse decidida por fim,não estava disposta e nunca esteve com tanto medo de uma mudança.
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Acho que ela ta certa, se todo mundo ceder um pouquinho, uma hora da certo. Não acham?
Vocês gostam de sofrer? Gostam de histórias que derramam várias lágrimas? Então venha acompanhar "To bleed me" a nova fic que to postando, ela é uma versão mais completa e reescrita de "Que me desangran", aposto que vocês vão gostar!
https://www.wattpad.com/story/62567663-to-bleed-me-%E2%9C%96-aya
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Tan dulce y tan fatal: Miel con limón y sal ✖ AyA {finalizada}
FanficAnahí é fabulosa mesmo que não se notasse. Casou-se cedo e separou-se. Seu marido virou um grande amigo lhe deixando bem financeiramente, apesar de recusar ferozmente qualquer ajuda do mesmo. Desde então seus relacionamentos são desastrosos. ...