Capítulo 65

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Quando paramos para descansar e dormir, eu me levantei da cama indo até a cozinhar tomar um copo de água. A hora foi passando e o sono não aparecia, comecei a sentir muita fome e o sabor de pastel de queijo quentinho na minha boca. Ignorei por alguns minutos pensando que o desejo iria passar mas não passava, eu desejava cada vez mais um pastel. Acho que o Ian vai me matar porque são quase três da manhã e ele já estava dormindo feito um anjo, fiquei com pena de acorda-lo mas o meu desejo falava mais alto.

— Amor? – Chamei baixinho, ele abriu os olhos lentamente que logo me fitaram.

— Hum? – Respondeu morrendo de sono.

— Eu sei que está tarde mas eu to com muita vontade de comer pastel, o sabor está na minha boca e a fome me torturando, preciso comer pastel.

— Só pode ser brincadeira.

— Não é! – Fiz bico e ele me abraça e volta a dormir. — Ian, acorda! Quer que o seu filho nasce com cara de pastel? Eu to com fome!

— Vamos dormir só mais um pouquinho, daqui a pouco eu vou...

— Ian!!! – Empurrei o mesmo que se levantou num pulo e sem roupa. Ele pegou o celular e entrou num aplicativo para ver se faziam entrega de pastel, pois nesse horário não tinha nenhuma pastelaria aberta.

— Que sabor você quer?

— Um de queijo e outro de carne!

— Vai aguentar comer dois nesse horário? O doutor Rodrigo sabe que você anda comendo besteiras?

— Amor, não tenho culpa... Eu me alimento direitinho todos os dias mas hoje tive esse desejo.

— Cuida pra não passar mal.

— Eu sei.

— Pronto! – Suspirou fundo. — Já fiz o pedido, agora é só esperar. Me acorda quando o motoqueiro chegar, vê se não vai abrir a porta pra ele nesse horário, deixa que eu vou lá pegar!

— Tá bom. – Sorri e vou beija-lo. Estava sem sono nenhum e fui para a sala assistir televisão, a fome só aumentava.

Era quatro horas da manhã quando o motoqueiro chegou com o pastel, eu acabei dormindo no sofá e o Ian lá no quarto, mas graças ao meu pai que acordou cedo, pagou pelo pastel. Despertei onze horas da manhã com o mesmo desejo, o Ian já havia ido pro trabalho e eu estava sozinha em casa com o Léo que comeu a metade dos meus pasteis, comi o que sobrou e tomei um suco de frutas, deu para matar a vontade. A Carla chegou em casa com mais enfeites natalinos e pediu para eu ajudar ela a arrumar as coisas pois só faltava alguns dias pro Natal, concordei bem empolgada e fui tirar o meu pijama e colocar uma roupa qualquer.

O Léo ajudou na decoração e estava quase ficando pronto, só paramos para almoçar. O meu pai resolveu vir comer em casa depois de dias, a relação dele com o Léo estava se estabelecendo aos poucos mas infelizmente os dois ainda não quiseram conversar. Terminamos de decorar às seis horas da tarde, eu parava várias vezes para comer, descansar e ir ao banheiro, o bebê também não parava de se mexer alegrando todos aqui em casa.

Sempre celebramos o Natal em família, mas infelizmente esse ano será sem a presença da minha mãe. Agora o réveillon vamos passar na casa de praia do Ian e Marcelo, espero que esse cara não estrague a nossa virada do ano. A Bianca também vai passar com a gente e ficou muito feliz com o convite, não quero deixar ela sozinha, e falando nisso... Hoje mais cedo quando acordei, recebi uma mensagem dela dizendo que não aguentava mais esconder dos seus pais que estava grávida, que iria conversar com eles antes do entardecer. Eu respondi dando todo o apoio e disse para ela não se esquecer de me ligar caso precise de ajuda.

De Repente GrávidaOnde histórias criam vida. Descubra agora