I need to say how much i love you

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Eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem engano...”

Seus olhos brilharam e um sorriso enorme e maravilhoso apareceu em seus lábios, também não pude deixar de sorrir, foi estranho dizer aquelas palavras, eu nunca tinha dito aquilo para ninguém antes. Nunca tinha precisado pronunciar isso, mesmo que eu tenha amado alguém no passado era diferente, ele me fazia querer viver, ele me fazia querer largar tudo e ser diferente. Me fazia questionar as coisas ao meu redor, as minhas atitudes. Estar com ele me consumia e colocar aquilo para fora, falar aquilo daquela maneira me deixou feliz, mesmo que ah minutos atrás eu estivesse apavorada me derramando em lágrimas, fragilizada pela dor de um trauma.
Jared Leto era fogo, fogo que me consumia.  Luz da minha vida, fogo dos meus quadris.
Meu homem era malvado e egoísta, controlador e ciumento, mas não podia controlar a forma como ele me prendia, ou quando ele segurava minha mão e meu corpo todo se acendia com apenas aquele toque, mas era ao mesmo tempo atencioso, carinhoso, protetor, e seus olhos denunciavam o seu amor. O filho da mãe me agarrou, agarrou meu coração. E ele não se importou com meu passado sujo, não se importou com meu jeito difícil de ser, com minhas manias egoístas e egocêntricas, meu jeito marrento de ser, ele até gostava. E eu o amava com cada batida do meu coração cheio de cocaína.
E ele mostra que ama cada pedaço da minha doce, negra e envenenada alma, como eu disse antes, ele não se importa que eu seja durona e marrenta, na verdade é isso que ele gosta em mim. A minha auto dependência, e auto confiança. E apesar de tudo isso, não era tão difícil admitir para ele que eu o amava, era difícil admitir para mim mesma, admitir que eu não tinha aquele coração de gelo, ou que eu talvez tivesse mas ele o descongelou e roubou para si e fiquei incapaz de tomar de volta o que era meu. Mas eu sabia que aquilo iria me fazer desmoronar um dia, iria acabar comigo, porque é exatamente isso que o amor faz com as pessoas, nos tornam patéticos, bobos apaixonados nos fazem acreditar em contos de fadas e depois acaba, queima, corrói e destrói nossas doces e belas fantasias, e por isso eu tentava ao máximo não sentir isso mas era impossível não sentir isso com ele, quando ele me olhava com aquele olhos bonitos, quando falava comigo e entendia perfeitamente o que a minha alma desesperada buscava.
E eu estava totalmente sozinha sem ele.
Eu estava oficialmente fora dos trilhos, e iria me arrepender depois.
Olhei para ele, queria tudo o que ele pudesse me dar, tudo o que outros homens não puderam me dar em momento algum, amor, sonhos, e uma boa auto estima. Um bom e um puro amor, tudo o que seu coração pudesse me trazer, algo bom e verdadeiro pois eu não queria me sentir triste e sozinha mais.
Ainda me olhando com aquele sorriso maravilhoso me abraçou e me beijou com força, puxou-me e deitou-me na cama vindo por cima de mim, acariciou meus cabelos ainda sorrindo. Não conseguia desviar de seus olhos maravilhosos, ou de seu sorriso.
-Diga alguma coisa para mim – falei baixo.
-Acho que não preciso dizer o quanto isso é reciproco. – falou ainda sorrindo, dei um tapa nele.
-Diga!
-Eu preciso mesmo? – fez charme.
-Com todas as palavras!
-Margot Elizabeth Robbie, você é a mulher mais egocêntrica, arrogante, egoísta, manipuladora que eu já conheci – eu abri a boca, aquilo era uma declaração ou ele estava tentando me ofender? Ele riu da minha expressão – mas ao mesmo tempo é a mulher mais incrível, maravilhosa, linda, espetacular que eu já conheci. E saber que sou amado me deixa feliz, mas saber que sou amado, não por qualquer pessoa, mas por você me faz sentir-se vivo! Eu te amo.
Ele pronunciou as últimas palavras de maneira calma e devagar e foi muito bom, meus olhos se encheram de lágrimas. Os fechei por alguns segundos sentindo aquelas palavras atravessarem minha alma, quando abri os olhos seu olhar era intenso, suas pupilas estavam dilatadas e lindas. Beijei seu queixo, sentindo meu coração disparar.
-Eu quero você... – falei, ele se inclinou mais sobre mim beijando meu pescoço, sua mão foi descendo meu roupão pelo ombro e beijando aquela área.
-Você é perfeita – suspirou contra a minha pele – hoje vamos começar devagar.
E então ele retirou sua blusa atirando-a para o lado, colocou a mão e meu peito e senti meu coração bater por ele. Só por ele.
Apoiei-me pelos meus cotovelos e peguei seu pescoço com uma das mãos, puxando para meus lábios. Ele me beijou e eu gemi seu nome baixinho enquanto ele me tirava o folego. Então, ele me ajudou a recobrar o folego, dando-me vida, dando-me significado, doando-se para mim, me fazendo sua, me fazendo se sentir amada. Fiquei chocada com a sua capacidade de despertar o meu espirito cada vez que estávamos juntos.
Levei minha mão até o seu zíper e desabotoei sua calça jeans, e conforme meus dedos desceram ele me recompensou com um gemido baixo. Tirou a calça toda e passei os dedos pela cintura de sua cueca boxer, um grunhido escapou do fundo da sua garganta e eu adorei aquele som.
Gostei de ter provocado aquilo, ele finalmente retirou todo o meu roupão me ajudando a se livrar dele.
-Eu te amo – ele repetiu calmamente enquanto me beijava. Fechei os olhos novamente ouvindo aquelas palavras, como se elas estivessem atravessando meu peito. Queimando-me por dentro como fogo, e era. Suas palavras eram fogo que me fazia queimar diante dele e eu adorava aquela sensação.
Adorava brincar com fogo, eu acho que nunca aprenderia.
Não sei dizer ah quanto tempo eu não ouvia aquelas palavras de alguém, e foi bom, puta merda, foi muito bom. Assim que abri novamente os olhos percebi o quão marejados eles estavam, ele ainda tinha um sorriso bobo no rosto e minhas mãos estavam em volta de seu pescoço. Eu não queria solta-lo, eu não queria solta-lo nunca mais.
Apertei meus olhos e uma lágrima teimosa escorreu, não era mais uma lágrima de tristeza mas de felicidade. Eu estava feliz ali com ele e por um momento desejei ficar naquela cidade junto a ele, escondida de todo o restante do mundo. Escondida dos meus chefes, das minhas amigas, de Mark e seu contrato, de Natalie e suas irmãs, queria que fosse só eu e ele porque eu estava apaixonada pelo Sr. Olhos azuis estou vendo sua alma e sabia que não tinha mais volta para mim.
Ele secou aquela lágrima com as costas das mãos.
-Quero que seja minha. Quero ser seu. E odeio não sermos nós, porque acho que nascemos para sermos nós. – ele sussurrou fazendo cada pelo em meu corpo se arrepiar.
-Você acha que isso é possível? – sussurrei de volta. Queria acreditar que sim, que era possível ficarmos juntos mas não podíamos negar a realidade em que vivíamos fora dali, ele respirou fundo também pensando nas coisas que nos separavam, não se tratava somente de Natalie, se tratava de um favor, uma forma de agradecer a uma pessoa que sempre ajudou eles.
-Vamos apenas nos concentrar no agora. – ele disse selando nossos lábios em novo beijo lento, enquanto me beijava sua mão passeava pelo meu corpo de uma forma carinhosa. Coloquei minha mão em sua nuca o puxando para mais perto de mim como se precisasse dele mais e mais. Beijou minha boca, depois minha bochecha, pescoço, clavícula, ombros e descendo cada vez mais.
Bom, Jared e eu não transamos, não fodemos, nós fizemos amor. Amor. Aquela coisa de papai e mamãe, sexo baunilha, chame como quiser. Foi simples, mas foi intenso ao mesmo tempo, maravilhoso. Ele não me encheu de chupões, nem tapas, nem mordidas, mas me encheu de carícias, e beijos que foram retribuídos da mesma forma, com a mesma intensidade. E é aí que você sabe que está sendo amada.
Depois de tudo deitei minha cabeça em seu peito ouvindo cada batida de seu coração que eu sabia que também batia por mim. Ele acariciava meus cabelos me deixando sonolenta.
-Eles dizem que esse mundo foi construído para dois, e só vale a pena viver se você estiver sendo amada... E querida, agora você é.
Cantarolou essas palavras me roubando um sorriso. Fechei os olhos, outra lágrima feliz veio escorrendo pelo meu rosto. Sorri novamente antes de adormecer e me entregar aos sonhos. Mas qual sonho poderia ser melhor do que aquele momento que eu estava vivendo com ele?

A acompanhante (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora