High for this

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"Uma garota como eu é novidade para você, e o fato de você estar tremendo me confirma isso"

O vento gélido batia contra meu corpo enquanto eu estava fora do pub aguardando enquanto chamava. A cada chamada meu coração batia mais forte, eu não sabia como ele iria me receber mas precisava desesperadamente falar com ele ou apenas ouvir sua voz.
-Alô – ele atendeu com a voz sonolenta de quem estava acordando ainda. Petrifiquei por alguns segundos antes de recobrar a fala – Mag?
-Jar, oi! – falei suspirando fundo e tentando manter a voz animada. – Acordei você?
Eu estava receosa, um pouco acuada na verdade.
-Não, Mag. Eu já ia acordar. – ele respondeu bocejando – está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
-Não... na verdade sim! – falei tomando coragem – aconteceu que eu fui uma grande idiota com você.
Longo segundo de silêncio.
-Está tudo bem Mag – ele disse com a voz serena – nós vamos conversar sobre aquelas fotos, eu entendo você ter surtado
Eu sorri parecendo que tinha retirado uma tonelada das minhas costas e meu coração pudesse voltar a bater normal.
-Desculpa, amor! Eu não tô acostumada a ficar tanto tempo assim longe de você. – falei ou na verdade choraminguei um pouco manhosa.
-Que bom porque tenho ótimas notícias – sua voz passou de sonolenta para alegre. – consegui resolver as coisas aqui antes do previsto e hoje pego o avião de volta para casa, então amanhã cedo estarei chegando aí.
-O que? Serio? – eu quase gritei de felicidade – ah meu Deus! Isso é maravilhoso. Hannah ficará tão feliz.
-Eu também, meu amor. Sinto falta de vocês duas. – ah como eu poderia aguentar mais dias longe dele?
-Nós também. – falei.
Por fim acabamos nos despedindo e eu voltei para casa mais cedo, dei um beijo em Hannah e depois fui deitar ansiosa para vê-lo no dia seguinte. Ele chegou quase no final da tarde e eu e Hannah fomos busca-lo no aeroporto, assim que o viu ela soltou das minhas mãos e correu em direção ao pai e eu a segui, correndo também para os seus braços. O beijo que demos pôde expressar a saudades que estávamos sentindo um do outro.
E depois seguimos para casa, conversando e rindo, ele aproveitou para me explicar sobre a foto. Em suas palavras, eles resolveram sair para se divertir um pouco com os sócios chineses, Amber estava sendo assediada por um grupo de homens e então ele fingiu ser marido dela para que eles a deixassem em paz, e deu certo. Mais nada além disso.
Eu não sabia muito bem o que dizer, já que tenho um Stripper Clube e sei como os homens são uns machistas nojentos e não sabem respeitar mulheres especialmente quando elas estão sozinhas (sem a presença do sexo masculino). Eu confiava nele então se ele tinha me dito que ocorreu somente aquilo, não tinha porquê tocar mais no assunto.
Assim que chegamos em casa, vi pelo grupo no celular que as meninas estavam decididas a ir se divertir no clube para aproveitar a noite o final  de semana de Halloween mas eu queria ficar com meu marido então acabei dispensando o convite e ficando em casa mesmo, era o que eu esperava.
-Eu vou tomar um banho, estou péssimo depois dessa viagem – ele disse indo em direção ao banheiro e fechando a porta, pensei em ir junto mas ele estava tão cansado que preferi dar aquele momento à ele. Enquanto estava jogada na cama recusando a insistência das meninas o celular de Jared vibrou e como de costume o peguei para ver se era algo importante.
“Sr. Leto, eu espero que tenha chegado em casa bem! Desculpe se interrompi a viagem, eu juro que não tinha certeza do que estava fazendo, é que você estava ali tão perto e achei que havia rolado um clima entre nós. Me desculpe! Eu não deveria ter beijado você, eu pensei errado. Por favor.”
O QUE? As palavras entraram em mim como tiros. Ela havia feito o que? Eu li e reli aquela mensagem umas mil vezes antes de surtar, antes de entrar naquele banheiro e quebrar o celular na cara dele, minha raiva se tornou frustração e decepção, eu tinha confiado nele... acreditado nele, defendido ele, e o que eu recebi em troca?
Algumas lágrimas, malditas lágrimas, começaram a se formar em meu rosto rapidamente mas eu não as deixariam cair, de forma alguma. Meu peito poderia estar parecendo que iria explodir, de dor, raiva, angústia, decepção, mas Jared conhecia a mulher que tinha, e sabia que eu não ficaria em casa sofrendo por nada. Deixei o celular dele aberto na mensagem de Amber e fui fazer o que eu sabia de melhor: me divertir. Peguei minhas coisas, avisei Nelly que cuidasse de Hannah e então fui até o shopping.

-Hey, vadias! – Anunciei minha presença para as três que estavam encostadas no balcão, quando se viraram para mim seus olhos percorreram todo o meu corpo antes de voltarem a dizer alguma coisa. – Por que tão sérias?
E dei risada.
É eu sei, o vestido curto de alcinhas, totalmente dourado com pequeno detalhes pretos, que iam até as minhas coxas aguçando a curiosidade dos homens que estavam ali cobrindo apenas uma lingerie que deixaria qualquer um deles malucos e uma meia fina, os saltos pretos e dourados que me faziam andar com mais elegância e arrogância, os cabelos que desciam até minha cintura ondulados, me deixando muito mais gostosa, a maquiagem era o que podia se dizer que tinha de melhor, a pele extremamente branca, olhos esfumados e lábios avermelhados, a palavra “rotten” em minha mandíbula deixava a dúvida no ar se era tatuagem ou maquiagem, eu estava a encarnação real de uma personagem insana e sexy, exatamente quem eu era.
-Margot... – Marina começou a falar, ela estava fantasiada de gatinha, uma gatinha sexy e fofa. – você é a própria Harley Quinn, por isso você é maluquinha.
-Garota, você pode facilmente ser confundida com uma Stripper aqui – Lila disse rindo.
-E Jared, vai vim de Joker? – Lizzy perguntou bebericando sua bebida, ela que estava fantasiada de bruxa, uma bruxa que faria qualquer um cair em seus feitiços. Assim que ela mencionou seu nome minha cabeça deu um giro e meu humor recaiu novamente. Fechei e cara e empurrei as três para me aproximar do balcão.
-Aquele idiota! Que eu não veja a cara dele hoje. – respondi sentindo a raiva pelas minhas veias.
-O que foi? O Joker não quis “brincar" com a Harley? – Lila disse debochando e rindo.
Encarei ela séria.
-E você hein, está fantasiada de que?
Ela deu de ombros.
-De mim mesma. – Ela respondeu indiferente.
-O único dia no ano que você pode escolher não ser você, e você deixa essa oportunidade passar? – falei irônica e irritada. Era isso que Jared fazia comigo, alterava meu humor.
Lila fez um bico totalmente desgostosa do que eu disse.
-Ai Margot que mal humor. – disse ela ofendida pela minha resposta. Eu revirei os olhos ficando mais irritada com as indagações delas. Deixei elas ali e fui até o bar me encostando no balcão, pedi um whisky e fiquei bebericando enquanto observava todo o clube cheio de pessoas fantasiadas, máscaras para todos os lados.
-Hey, ouvi dizer que a  Harley Quinn saiu dos quadrinhos. – Bradley que eu reconheci pela voz apareceu por trás me abraçando. Irritada, me balancei em seus braços me soltando.
-Ai, Brad, me solta! – reclamei.
No centro de sua testa entre as sobrancelhas formou-se uma ruga de dúvida.
-Eu ouvi dizer que você estava de Harley mas não sabia que tinha até o mesmo humor 
Eu já estava alterada, não totalmente bêbada, mas alterada e todos eles a minha volta, falando do meu humor, de mim, de Jared, me fazia sentir-se sufocando. Mas ali eu não estava necessariamente com raiva de Bradley mas sim de gostar tanto de seus braços em volta de mim. Como meu corpo podia ser tão infiel? Eu achava que já tinha superado meus sentimentos por ele ah anos, mas quando ele aparecia, quando falava comigo me chamando de Magzinha com aquela voz juvenil e alegre, eu me sentia uma adolescente novamente, como se houvesse duas de mim dentro do meu corpo. Margot, madura, inteligente, e inquebrável. Magzinha, a garota idiota apaixonada por um traficante que fazia tudo por ele, como um cãozinho fiel e mesmo que uma odiasse a personalidade da outra, elas estavam ali e aquilo fodia com a minha cabeça, toda essa confusão me deixava a ponto de explodir.
-Some daqui, Bradley – respondi espantando meus pensamentos para longe mas ele se aproximou novamente encostando seu corpo no meu.
-O que foi, Mag? – perguntou curioso é preocupado. – Jared faz alguma coisa? Eu sabia que aquele cara não era para você.
Suas palavras baterem em mim como um tapa forte, o encarei totalmente desacreditada no que ele disse. Quem ele pensava que era para falar aquilo pra mim? Como ele podia achar que era alguém para julgar minha vida com Jared? Ele havia sumido por anos, me deixou louca, maluca, perdida por ele, levou anos para eu poder juntar meus caquinhos novamente e conseguir seguir em frente, se Jared não era o cara certo pra mim, ele com certeza também não.
-O que você sabe sobre ele? – perguntei, ou rosnei para ele que sorriu desconfortável.
-É que Mag, todo mundo percebe que ele manipula você, parece que você é um brinquedo para ele – meus ouvidos se recusaram a acreditar que estavam ouvindo aquilo.
-Ah, você é expert nisso não, não é? Aliás, se eu me lembro bem, foi exatamente o que você fez comigo antes de sumir! – cuspi aquilo vendo sua expressão se recuar se escondendo em um semblante triste que não me causou efeito algum, apenas mais uma golada bem generosa na minha vodca que acabara de chegar 
-Eu sei... É que eu não quero ver você sofrendo – justificou ele como se realmente estivesse preocupado, rolei os olhos novamente e pedi uma tequila, virando-a de uma vez.
-Você está bebendo rápido demais – ele falou me fazendo rolar os olhos novamente.
-E eu deveria beber devagarzinho? – perguntei me fazendo de idiota. Então Marina que surgiu não sei da onde apareceu.
-Não faz nem uma hora que você chegou e já está bêbada? – Ela disse me repreendendo, mas quem era ela mesmo para falar aquilo para mim, já que ela mesmo era a mais alcoólatra entre nós? Ok, todos podiam então ter defeitos menos eu.
-Ah, mais uma pra cuidar da minha vida! Não enche o saco Marina. – falei irritada com a ousadia dela que se aproximou de mim e tentou pegar meu copo de minha mão e nesse puxa puxa o copo escorregou e caiu sobre nossos pés molhando nossos saltos.
-Que porra Marina! Olha o que você fez! – esbravejei.
-Melhor do que você ficar aí bebendo, enchendo a cara porque Jared fez alguma coisa e você não quer encarar isso! – ela disse olhando em meus olhos que eu apertei mais para controlar minha raiva.
-Cala a boca, você bebe mais do que qualquer um aqui e ninguém fica te dizendo o que deve ou não fazer.
-A questão é que eu bebo para me divertir, você bebe para fugir. Você se afoga na bebida quando não tem coragem de enfrentar seus sentimentos, principalmente quando se trata dele. –eu a odiei naquele momento, odiei por ela estar tão certa! Tão, mas tão irritantemente certa. Mas meu orgulho ainda falando mais alto não me deixou me abrir com minha melhor amiga, muito pelo contrário.
-Cuida da sua vida, Marina. – falei ofendendo-a. Ela abriu a boca para dizer algo mais mas foi interrompida por Jared, que apareceu segurando meu braço com delicadeza. Ele ia falar mas antes de dizer alguma coisa, seus olhos percorreram todo o meu corpo chegando até a barra de meu vestido nas minhas coxas.
-O que é isso? – ele indagou.
-Se você pode beijar outras mulheres, eu posso me vestir igual uma vadia, o que acha? – falei como se estivesse sugerindo um acordo, seus lábios tremeram e seu peito subiu em um suspiro tentando controlar a raiva ou qualquer coisa que ele estivesse sentindo. Os olhos de Bradley e Marina saltaram, será que agora eles podiam parar de me encher?
-Vamos conversar. – ele falou ignorando a presença dos dois ali mas eu já não estava mais em estado de conversar. A bebida subiu rápido, fazendo efeito, o que deixava o meu poder de julgamento falho e minha impulsividade muito mais aguçada.
-Eu não quero falar com você. Qual o problema de vocês? Será que eu não posso ficar aqui bebendo e quieta? – perguntei aos três. Eu queria ficar ali quietinha, mas parecia o maior erro da terra.
Ele tocou em meu braço novamente mas eu o puxei com violência.
-Me deixa em paz Jared! – eu não queria suas palavras, não queria seus toques, não queria nada.
Bradley então teve a ideia do ano.
-Solta ela! – ele se colocou na minha frente colocando as mãos no peito de Jared, rolei os olhos. Que ideia de doido! Se Jared batesse nele não sobraria nada de seus braços magricela
-Não se intromete – Jared respondeu tentando manter a calma, os dois trocaram olhares furiosos e eu tomei mais um gole da minha bebida fazendo um olhar de deboche para Marina, que tentou impedir qualquer possível briga entre os dois, eu dei uma olhada em volta do salão. As pessoas se divertiam, riam, e era isso que eu queria.
-Me dá licença – empurrei os dois para o lado passando por entre eles, se quisessem brigar que ficassem a vontade. Apenas seriam retirados do clube, meus clientes não mereciam sofrer por causa de crianças alheias, e como se o destino também quisesse que eu me divertisse, a música perfeita começou a tocar, então subi pelas escadinhas e adentrei no palco de vidro expulsando a Stripper que estava ali. Encostei na barra, ah quanto tempo não nos víamos? Eu sorri me divertindo com aquele pensamento.
Encostei minhas costas nela, senti o metal gelado na minha pele arrepiando-me todo o corpo e escorreguei até o chão, deixando a música entrar em meus ouvidos e me envolver.

You don't know what's in store but you know what you're here for
Close your eyes, lay yourself beside me hold tight for this ride
We don't need no protection, Come alone, we don't need attention

Eu subi novamente, de forma sexy e sedutora, me envolvendo com a barra como se fossemos uma só, como se fossemos o mesmo corpo. Joguei o cabelo para frente e depois para trás, meus olhos estavam fechados mas eu sabia que a atenção de todos estavam sobre mim.

Open your hand, take a glass, don't be scared, I'm right here
Even though, you don't roll, Trust me girl, you wanna be high for this

Então eu soltei a barra para ficar de quatro no chão, joguei todo o meu cabelo par ao lado, passando a mão levemente pelo meu corpo aguçando a vontade de todos os homens que olhavam por detrás do vidro, totalmente loucos por mim. Mordi o lábio inferior e sorri em seguida, os deixando mais loucos ainda.

Take it off, you want it off
Cause I know what you're feeling
It's okay, girl, I feel it too
Let it be, baby breathe
I swear I'm right here
We'll be good, I promise, we'll be so good

Eu me levantei de sobre meus joelhos e pegando velocidade, corri até a barra dobrando meus joelhos e enrolando minhas pernas nela para me apoiar, e apenas com as pernas me segurei de cabeça par abaixo, rodei novamente nela com os joelhos dobrados e depois, como se fizesse isso ainda todos os dias, fechei a barra por entre minhas pernas e abaixei a cabeça novamente mas com um impulso, a inclinei para trás tocando a ponta de meus dedos no topo da cabeça. Conforme a música continuava, desfiz a posição e deslizei até o chão mantendo o ritmo sexy e sedutor. Me virei de costas outra vez ao público, encostando no vidro e rebolando conforme a música tocava, lenta e suave, minha cintura se remexia levantando um pouco a barra de meu vestido, eu sabia que todos estavam olhando ansiosos pra queria subisse mais, mas eu só pensava nos olhos dele em mim. A música foi lentamente finalizando enquanto eu ainda me remexia de forma sedutora com ela ecoando pelos meus ouvidos, me virei para a plateia e passei meus olhos pelo salão, rapidamente os encontrei. Lá estava, os olhos azuis furiosos, a mandíbula travada e braços cruzados, eu podia sentir a raiva dele mesmo através do vidro. Em passos lentos ele se aproximou do palco, abrindo caminho por entre as pessoas ali, os homens que queriam me tocar, me ter. Jared colocou a palma de sua mão no vidro, os olhos furiosos, deliciosamente furiosos sobre mim. Abri um sorriso e joguei-lhe um beijo provocando-o. O que foi suficiente para ele sair dali e dar a volta. Eu sabia onde ele iria, e contra a vontade da minha plateia me retirei do palco de vidro e caminhei pelo corredor escuro onde encontrei seus olhos azuis quase vermelhos de raiva, ele mal disse uma palavra, apenas me pegou pelo punho e me puxou até meu quarto/escritório, que ninguém além dele tinha permissão para entrar 
-O que foi? – perguntei me fazendo de cínica. Ele apertou os olhos antes de responder, presumo que estava tentando se manter calmo.  – Você não pode falar nada! Você é idiota, mentiroso, traidor.
A cada palavra eu me aproximava mais e a cada passo sentia o sangue ferver em minhas veias e a garganta quase se fechando com o ódio que eu estava dele. Mas ele se mantinha calado, os olhos sobre mim o tempo todo.
-Fala comigo! – esbravejei em cima dele mas não lhe dei oportunidade de responder pois logo em seguida quase voluntariamente minha mão se seguiu em direção ao seu rosto mas foi logo impedida por ele, que segurou meu punho se protegendo 
Quase como num choque de realidade eu percebi o que eu iria fazer, a dor de pensar em como nós chegamos naquele ponto me atingiu de forma avassaladora, então lágrimas se formaram em meu rosto descendo pela minha bochecha borrando a maquiagem de Harley Quinn.
-Como você pode fazer isso comigo? – eu choraminguei ainda com a mão dele fechada em volta de meu punho – como pode?
Ele engoliu em seco. Os olhos movidos de compaixão continuaram fixados em mim.
-Mag, eu não fiz nada! Você precisa acreditar em mim. – ele afirmou mas eu não conseguia acreditar, balancei a cabeça relutantemente e me soltei de sua mão com um solavanco.
Me afastei dele afim de tentar esconder as lágrimas. Humilhantes lágrimas.
Mas suas mãos fortes tocaram meu ombro nu em seguida.
-Nós, Johnny, Ian e alguns sócios após a reunião decidimos ir comemorar em uma balada popular na cidade, eu fui como você sempre sabe que vou. Eles queriam chamar Amber, eu disse que ficaria a critério dela já que ela estava de folga aquela noite mas ela acabou aceitando. Ela bebeu demais, ela é esperta e inteligente como você, e rapidamente fez amizades, ao longo da noite depois que eu fingi estar com ela para protege-la dos homens que estavam ali, ela tentou me beijar. Mas, Margot, eu não faria isso com você! Não existe outra na minha vida! Após isso, obviamente ela ficou muito sem graça e vem pedindo desculpas desde então.
Ele contou de forma calma mas um pouco desesperada para que eu acreditasse. Honestamente eu não conseguia pensar direito, não sabia o que pensar, no que acreditar. Uma noite, e dois mal entendidos aconteceram, era coincidência mesmo? De certa forma meu coração doía ainda dominado pelo ciúmes, e também me senti uma boba.
Permaneci calada de costas para ele então ele me virou sobre meus calcanhares mas mesmo assim desviei nosso contato visual.
-Acredite em mim. Você é minha obsessão, só tenho olhos para você, você é a única loira que pode me deixar maluco. Eu sou seu para sempre. – ele falou segurando meu queixo com a ponta do dedão e virando meu rosto de frente para o dele. Finalmente consegui olhar em seus olhos, tudo que ele me dizia soava com tanta verdade que qualquer teoria era totalmente destruída.
-Você acha que ela se parece comigo? – perguntei lembrando do que ele havia dito. Ele riu. – Não, querido. Eu sou única! – afirmei. – E aquela vagabunda vai aprender a se manter presa na coleira, antes que eu castre ela.
Jared sorriu e seu dedão subiu de meu queixo até meus lábios borrando o tom vermelho.
-Hm, essa boca suja me deixa excitado – disse em um tom único seu, aquele que fazia toda minha intimidade se molhar só de ouvi-lo. Antes que eu fizesse alguma coisa sua mão subiu até a parte de trás da minha cabeça e puxou meus cabelos para trás com força, eu gemi mas Jared tomou meu gemido para si quando colou seus lábios em minha boca rapidamente.
Eu tentei me soltar pois ainda estava brava com ele mas foi inútil, meu corpo se prendia ao dele como se fossemos ímãs. Sua língua fez um trajeto de minha boca até meu pescoço, na curva, onde ele depositou uma mordida que me soltou um gemido desesperado, desesperado por ele. Sua ereção contra meu ventre era notória, o quanto ele já estava excitado, duro por mim.
-Não adianta resistir, você é minha – ele falou no meu ouvido e adentrando sua mão dentro da minha calcinha seus dedos encontraram minha intimidade louca por ele – molhada... tão molhada! Como eu disse, minha!
E junto com sua afirmação seu dedo anelar adentrou em mim com facilidade tamanha era minha excitação, soltei um choramingo quando seu dedo se movimentou dentro de mim e ele, ah ele adorava me ver entregue a ele daquela forma, tão sua. Eu não tinha condições de dizer nada apenas pensar nele dentro de mim com força. Procurei novamente pelos seus lábios que me engoliram novamente enquanto seu dedo ainda se mexia dentro de mim. Mas rapidamente ele me soltou e me virou contra a parede, me prensando contra o concreto gélido. Seus dentes se fecharam novamente pelo meu ombro, enquanto um tapa foi depositado em minha bunda com força.
-Margot? – ouvi a voz de Marina chamando do lado de fora mas ignoramos, ele roçou o pau duro na minha bunda, crueldade Mr.
-Mesmo que esse vestido seja tão pequeno, ainda é muita roupa entre nós – ele disse e eu só pude assentir com a cabeça. Jared deu um passo para trás e retirou a camiseta preta que vestia, oh céus! Aquele corpo definido, os ombros largos e braços fortes, o abdômen duro, eram um conjunto perfeito para acabar com a minha sanidade.
Ele retirou meu vestido por cima da minha cabeça depois admirou todo o meu belo corpo, com desejo. Jared me virou novamente contra a parede e seus dedos massagearam minha intimidade encharcada a cada toque, palavra, beijo...
-Mag! – Marina insistiu. Eu revirei os olhos irritada já com a interferência dela.
-Vai embora! – eu gritei irritada e por conta disso levei um novo tapa forte na bunda. Jared cruzou meus braços atrás de minhas costas me imobilizando, depois me conduziu até a mesa de centro me fazendo debruçar sobre ela.
-Não se mexa, palhacinha. – mandou, ele saiu de perto de mim e quando voltou amarrou meus punhos com uma gravata que estava perdida por ali. Eu lá estava eu, de bunda para cima, saltos e lingerie, amarrada, e excitada. Ele se debruçou sobre mim prensando seu pau contra a minha bunda me torturando, ainda tinha roupas demais entre a gente e eu soltei um gemidinho que o fez sorrir sabendo que ele estava me levando a loucura.
Ele se movimentou como se estivesse penetrando em mim só para me ver choramingar novamente.
-Você está tão linda assim que não quero nem que você se mexa – ele falou acariciando minhas costas. – Mas você quer, não quer? Quer que eu te foda nessa mesa... quer gemer, quer gozar... – ele terminou a frase com dois dedos brincando na entrada de minha vagina.
-Aham – foi o que eu tentei dizer mas acabei gemendo.
-Não é? – ele voltou a dizer.
-Sim – minha voz soou tremula.
Então ele me puxou de volta me colocando em pé, e me puxou jogando-me na cama soltando meus punhos para que eu finalmente pudesse tocar nele. Arrancou minha calcinha com raiva e logo sua calça sumiu junto de sua cueca, antes que eu pudesse pensar em algo mais seu pau entrou em mim com força, tamanha era sua excitação. Fechei minhas pernas atrás de sua lombar, enquanto ele me penetrava com força, entrando e saindo, entrando e saindo, cada vez mais rápido e cada vez mais forte.
-Por que vocês simplesmente não abrem a por... – ouvi a voz de Bradley soar antes dele abrir a porta de meu escritório e petrificar ao me ver ali com Jared, Jared não o viu, estava com a cabeça virada para o outro lado e por isso continuou me fodendo com força, mas meus olhos fizeram contato direto com os de Bradley, um sorriso maldoso apareceu em meus lábios e eu gemi novamente sentindo meu homem entrar em mim, mantendo os olhos em Bradley. Por maldade, talvez? Eu sabia que aquela cena iria destroça-lo mas eu amei, amei que ele tivesse me visto tão entregue a Jared. Os olhos tristes dele não foram capazes de quebrar a barreira fria que tomou conta do meu coração naquele momento e eu sabia que estava com raiva dele, raiva por ele ter sumido durante anos e depois aparecer na minha vida me fazendo sentir coisas que eu não queria sentir! Eu não queria sentir vontade de beijar ele, não queria sentir raiva por ele ter sumido, eu não queria me sentir tirando meu marido com meu coração, e por isso eu estava com raiva.
Depois de alguns segundos petrificado me olhando ele fechou a porta e saiu, meu coração confuso quase se entristeceu por ele mas eu não permiti, muito pelo contrário, Bradley merecia toda dor que ele me causara um dia! Cravei minha unha no braço forte de Jared e gemi mais alto quando ele retirou seu pau por inteiro e depois enfiou novamente com força quase podendo senti-lo no colo do útero.
-Oh God! – eu gemi ao fechar os olhos e me deliciar com a imagem que me veio a cabeça, delirei ao imaginar eu na cama totalmente presa ao meu homem enquanto ele por cima de mim me fodia com força, fodia fisicamente, fodia psicologicamente. A imagem junto com as estocadas deles rapidamente me fizeram explodir em um orgasmo forte e gostoso, do qual eu perdi as forças nas pernas mas Jared querendo chegar ao seu continuou, mais forte e mais rápido... Até que finalmente se explodiu dentro de mim soltando um rosnado gostoso próximo a minha orelha.

A acompanhante (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora