Never be the Same

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"É você querido, e eu sou uma completa boba por você. Eu tento escapar mas não consigo..."

Eu me sentei na mesa do café da manhã depois de finalmente conseguir fazer Hannah dormir após alimenta-la. Infelizmente, por conta de todos remédios que tomei na clínica e também por conta das drogas, meu leite não era muito seguro para dar a ela, mas ela estava parecendo se dar muito bem com o leite prescrito pelo médico.
-Nelly, uma café por favor. – falei me sentando a mesa junto a todos e enterrando meu rosto nas palmas das mãos, minha cabeça parecia que iria explodir.
-E como foi a primeira noite dela em casa? – Marina perguntou alegre, ela estava ali cedo pois prometera me atualizar sobre as coisas na agência. Levantei a cabeça relutantemente para encara-la mas alegrei-me em pensar na primeira noite de Hannah em sua casa.
- Ah ela é inquieta para dormir, acorda a cada duas ou três horas então acaba com meu sono – falei tomando meu café que parecia ter feito pelos anjos.
Cara ergueu as duas sobrancelhas e mirou os pares azulados de suas íris para mim
-Ou será que você não deixou a menina dormir? – falou em tom brincalhão como sempre.
-O que você quer dizer? – perguntei sem entender direito sobre o que ela se referia. Todos na cozinha se entreolharam e soltaram risinhos baixos e irritantes, todos perguntando-se se deveriam ou não Falar mas Cara não era do tipo que esperava segundas ordens para dizer o que pensa.
-oh, Jared! Yeah! Hmm! – ela começou a gemer supondo que fosse eu? Meus olhos saltaram e meus lábios tremeram, não sei ao certo se foi irritação ou vergonha e talvez um pouco, eu disse só um pouco de humor. – E olha, eu nem vou comentar sobre os tapas que dava para ouvir do outro lado da mansão.
Ela concluiu rindo e tomando um gole de seu suco natural.
-Isso é ridículo. Vocês não deveriam ficar ouvindo a transa dos outros, Jared estava com fome. – falei em autodefesa mas o que fez todos nós cairmos em risadas nem um pouco silenciosas.
-Só ele? Qual é, Mag, o quarteirão inteiro ouviu você pedindo por mais. – Marina disse me deixando mais sem graça, eu sempre soube que Jared fazia-me sentir-se única na cama, como ele sabia cada ponto sensível e delicado, como sabia me tocar, me beijar, ele conhecia meus limites e desejos mais loucos. O que me deixou embaraçada foi a ideia de que até mesmo os vizinhos tivessem ouvido eu gemer por ele tão alto quanto eles estavam dizendo.
Bom, contudo, eu deveria estar feliz em saber que meu futuro marido conseguia me dar prazer e orgasmos, coisa que mulheres tem lutado bastante para conhecer já que os homens em sua maioria parecem ser máquinas grotescas e egoístas que só pensam em si mesmo até no sexo.
-Está uma manhã bem animada, não é? – Jared entrou na cozinha depositando um beijo em meu rosto e me tirando de meus pensamentos.
- Ah, sim. Elas estavam falando do sexo de vocês dois – Shannon falou comendo cereal, ele parecia mais interessado em deixar o irmão envergonhado do que em engolir o monte de cereal que tinha na boca. Jared encarou-nos por alguns minutos e depois sorriu, aquele sorriso convidativo e muito, muito convincente do qual eu tinha uma espécie de amor e ódio.
-Bom, o que posso fazer pela minha mulher faminta se não alimenta-la? – ele disse e piscou para mim, me deixando mais envergonhada ainda. Foi a deixa para novamente todos rirem, vendo o quanto fiquei vermelha ele rapidamente veio e me abraçou por trás rindo. – Não fique brava, meu docinho, todos eles sabem o quanto nós nos amamos e se estiverem incomodados, que arrumem outra casa por que essa não vai ser a última noite em que eu te farei gemer alto.
Ele estava tentando melhorar a situação? Porque eu ainda me senti envergonhada mas... se bem que pensar em todas as noites em que ele me faria gemer alto não foi uma má ideia, meu corpo queimava ao toque dele, eu podia sentir-me vibrar enquanto ele falava com sua voz rouca próxima a minha orelha e mesmo que ele tentasse não ser ou soar sexy, sempre me deixava com a calcinha molhada. Ah, Deus, eu estava perdida. Eu sentia tesão por ele em qualquer coisa que ele fizesse, isso iria me arruinar mas quem liga? O filho da puta também era maluco por mim.
Depois do nosso café da manhã super animado, Marina passou a me falar sobre como estava as coisas na agência e para nossa felicidade, as coisas não poderiam ir melhor e bom, conforme crescíamos, nos tornávamos mais procuradas e consequentemente mais poderosas por outro lado Angelina e Daniel sumiram, simplesmente fecharam as portas e sumiram. Eles estavam arruinados e não me senti nenhum pouco mal por sua ruína muito pelo contrário.

A acompanhante (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora