“Eu sou maior que meu corpo, mais fria do que essa casa, mais cruel do que meus demônios”
Eu estava rodeada por todos na mesa do café da manhã, todos estava felizes, alegres. Cara fazendo piadas como sempre, Shannon ainda tentando conquistar Marina, que estava mais interessada em uma revista de moda, Hannah que estava se sujando de Danone, Constance que resolvera passar o final de semana na minha casa para fazer um jantar comemorando alguma coisa que eu não queria saber, Jared estava quieto mas tentava manter a animação e bom, eu estava lá. Eu ouvia, concordava, mas cada vez que eu respirava sentia um buraco dentro de mim.
Eu o tinha perdoado, mas sentia como se estivesse morta.
-Margot, você está bem? – Cara perguntou claramente reparando no meu desânimo. Jared me olhou e tivemos aquela breve troca de olhares.
-Estou – respondi com a voz fraca. – apenas cansada.
E isso tinha se tornando a minha desculpa favorita. Deixei todos eles em casa, inclusive Constance com Hannah que a idolatrava, e fui para trabalhar. Era interessante ficar focada no trabalho, ao menos eu mantinha minha cabeça cheia.
-Está aqui o relatório dessa semana – Lila entrou e jogou em cima da mesa, eu nem mesmo me dignei levantar os olhos para ela o que a fez bufar – qual é, Margot, eu tenho culpa da Amber ser uma vadia e seu marido um cachorro?
E continuei sem olhar para ela, que se apoiou em minha mesa
-Eu estou falando com você – disse.
-E eu estou ignorando você! – disse ríspida.
-Porra hein! Parece que eu que esfreguei a boceta no seu marido – ela reclamou e eu finalmente ergui os olhos para ela.
-Cala a boca, Lila. – disse – eu tô irada com tudo isso.
-Bom nesse caso eu tenho uma ótima ideia...
Eu não tinha certeza do que estava fazendo mas aceitei mesmo assim, após o trabalho nós quatro fomos para uma balada curtir, ou ao menos tentar curtir. Eu não havia contado a Lizzy e Marina o que tinha acontecido entre mim e Jared porque não estava afim de olhares piedosos e sermões. Chegando na balada, Lila já estava animada demais e eu animada de menos, Marina sumiu para ir ao banheiro com Lizzy enquanto eu fiquei cuidando de uma recente bêbada.
-Mag, vamos dançar, você precisa se animar – aconselhou ela mas eu não estava muito afim.
Eu ia responder mas duas meninas passaram por entre nós duas, nos empurrando indo em direção ao bar. A minha reação e a de Lila foram as mesmas, olhando uma para outra descrente que aquelas vacas tinham feito questão de passar por entre nós somente para nos empurrar.
Seguindo a mesma linha de raciocínio que se criou ali, Lila e eu fomos até o bar.
As duas garotas estavam empinadas, apertando os seios quase na cara do barman, me encostei no balcão e empurrei a morena alta para o lado.
-Sai da minha frente – falei e ela tropeçou nos próprios saltos indo ao chão chamando a atenção de todos.
-Você é louca? – perguntou a outra amiga dela, de cabelos curtos.
Eu consegui olhar bem para a fisionomia das duas, elas tinham quantos anos? Treze? Pareciam duas adolescentes. Eu apertei seu queixo com meus dedos.
-Aprende a falar direito com quem é sua superior, docinho, antes que eu quebre esse rostinho bonito. – balancei sua cabeça e depois a empurrei, soltando-a.
Não satisfeita, ela veio rapidamente para cima de mim em direção ao meu cabelo, que vaca! Mas eu segurei seu braço magricela, e a empurrei novamente em seguida acertando seu rosto com um tapa, um tapa tão forte que ardeu minha mão. Sua amiga, já em pé, veio para cima de mim mas foi puxada por Lila por trás da cabeça, que a jogou em cima de uma das mesas e as duas caíram rolando no chão, a garota de cabelos curtos foi para cima de Lila pelas costas mas eu a puxei pelo vestido e nós duas também caímos rolando em tapas e socos, arranhões como duas gatas brigando. Ela era menor do que eu, mas era forte.
Rolei até ficar por cima dela, eu não a conhecia mas foi muito fácil focar nela toda raiva que eu estava sentindo com as coisas que estavam acontecendo na minha vida. Pensando no que Jared havia feito, fechei minha mão e dei-lhe um soco tão forte, depois outro, depois outro e outro e a pele abaixo de seus olhos cedeu abrindo um belo machucado e foi então que alguém me puxou pela cintura de cima dela.
-A polícia chegou! – alguém gritou, e eu e Lila fomos algemadas como culpadas enquanto aquelas sonsas eram as vítimas, simplesmente porque quebramos as caras delas.
-Oh meu Deus! Eu só fui no banheiro! – gritou Marina quando nos viu saindo do local algemada em direção ao carro da polícia. – eu aviso ao Jared!
Foi a ultima coisa que ouvi antes do policial fechar a porta, eu e Lila íamos no banco de trás algemadas e caladas, enquanto eles dois riam de alguma coisa. Eu podia-me ver pelo retrovisor, estava destruída por conta da briga. O olhar do policial a minha frente encontrou com o meu pelo retrovisor, ele sussurrou alguma coisa para o do lado e em seguida os dois sorriram nos olhando. Estacionaram o carro em uma rua escura e vazia.
-Bom, vocês são muito bonita para passarem a noite na cadeia, e ainda ter uma ficha suja.
-Ela já está suja, queridinho – Lila zombou o deixando sem graça.
-Eu posso oferecer um acordo – disse o outro – vocês podem nos aliviar um pouco e a gente libera vocês
Aquele idiota estava mesmo sugerindo aquilo? Foi inevitável querer vomitar, senti toda comida subir pelo meu esôfago.
-Eu prefiro a cadeia do que colocar a minha boca nesse seu pau nojento – falei o irritando, ele fechou a cara e olhou para a minha aliança.
-Chupar o mesmo pau sempre não é enjoativo? – tentou me atingir
-Não sei, pra você é? – soei sarcástica, ele torceu o nariz puto da vida comigo. Olhei para Lila que tentou me convencer com um olhar – o que? Pelo amor de Deus, Lila, me respeita.
Ela deu de ombros.
-Bom melhor do que ficar a noite toda numa cela – disse como se fosse a coisa mais comum do mundo, eu revirei os olhos, como ela poderia ir tão baixo? Os três saíram do carro para o trabalho imundo deles que levou menos de dez minutos, e então os idiotas voltaram.
-Sua boca é uma tentação, Loira, mas se você prefere as jaulas. – ele disse arrumando o zíper da calça, eu revirei os olhos e encostei minha cabeça na janela do carro até chegarmos na delegacia, onde fui obrigada a tirar uma foto de frente e de perfil, não pude evitar a caretas, em seguida fiquei em uma cela a noite toda ouvindo uma idiota bêbada reclamar que estava sem comer.
Na manhã seguinte eu fui acordada pela carcereira que não foi nada gentil, me levando pelo braço até uma salinha onde eu me deparei com Jared, as duas idiotas da noite anterior, e mais uma mulher.
-Ta vendo mãe, foi ela! – ela apontou para mim. Seu rosto estava bem machucado, além dos hematomas ela tinha levado uns dois pontos de baixo dos olhos onde eu acertei inúmeras vezes. Eu bufei fazendo cara de tédio.
-O que você fez? – Jared rosnou baixinho segurando meu braço.
-O que? A culpa é sua, se você não tivesse me deixado com tanta vontade de estourar a cara de alguém eu não teria feito isso, tá vendo, a culpa é dele! – falei tentando não dar risada porque na minha cabeça aquela situação estava cômica.
Ele fechou a cara e me fuzilou com os olhos, doce olhos azuis que eu queria arrancar.
-Margot... – era a forma dele me dizer de parar de agir como uma idiota.
-Bom, eai você vai honrar nosso acordo ou vai ficar de papo? – a velha disse baixo apontando para ele que revirou os olhos e tirou do bolso um bolo de notas de cem. Eu arregalei os olhos.
-O que é isso? – falei indignada – não vai dar dinheiro pra essa vaca.
-Pelo menos não vai ter um b.o nas suas costas, e sua ficha fica limpa! – ele resmungou me provando racionalmente que era melhor pagar para ela calar a porra da boca e retirar a queixa do que ficar marcada. Fui obrigada a concordar, ele entregou o dinheiro para ela.
-Hmmm sempre me protegendo – falei sarcástica o que ele odiava, porque estava puto comigo pelo o que eu tinha feito mas não podia me repreender porque ele tinha feito pior. Então ele fechava a cara e eu dava risada, dava risada para não chorar porque era o que eu queria fazer mas era orgulhosa demais para isso.
-Espero que ao menos você se comporte hoje – ele disse com receio quebrando o silencio que estava entre nós naquele carro. Eu vasculhei minha cabeça e lembrei que era o dia da Constance fazer aquele jantar idiota que eu só queria fugir para bem longe.
-Vou tentar não quebrar a cara de ninguém – falei revirando os olhos.
-Até quando vai me castigar? Já faz uma semana! – ele disse apertando o volante.
-Eu não tô! – retruquei – só estou mal.
Ele deu uma risadinha.
-É, essa é você. Sempre que está mal faz coisas estupidas e irresponsáveis, simplesmente porque não sabe lidar com os problemas de forma adulta.
Eu olhei para ele furiosa.
-Quem sabe se eu sair pra foder com alguém vai ser adulto! – falei e abri a porta do carro assim que ele estacionou na garagem, entrei em casa como um foguete passando por todos que estavam lá sem nem ao menos cumprimenta-los, não queria ver ou falar com eles. Não queria ter que passar por aquilo porque eu sairia como a louca, sempre foi assim. Eu estava sentindo um peso sobre meus ombros que me impedia de respirar direito, de pensar de fazer qualquer coisa. Corri para o meu quarto me trancando no banheiro em seguida, e foi simplesmente me deparar com meu reflexo no espelho que desatei em lagrimas de raiva, de indignação, de dor. Eu odiava sentir pena de mim mesma mas naquele momento engasguei em minhas lágrimas de forma que se eu pudesse arrancar meus olhos com minhas unhas, eu o faria.
-Mag, abre a porta! – Marina bateu preocupada comigo, mas eu a ignorei. De repente meus joelhos pareceram gelatinas e eu caí sobre o piso do banheiro, me apoiando na beira da hidromassagem.
-Maggot abre a porta, estamos preocupadas. – foi a vez de Cara implorar mas eu não queria. Não queria que elas vissem a mulher humilhada e traída que eu estava sendo.
-Vão embora! – gritei entre lágrimas – eu vou ficar bem.
Elas insistiram mais porém percebendo que era inútil me deixaram, e eu chorei por mais alguns minutos até entender que eu não merecia aquilo e não, eu não seria essa vadia fraca.
Quando eu desci as escadas a sala já estava cheia, e todos os olhares pousaram sobre mim perplexos, admirados, encantados. Eu usava meu vestido longo vermelho com uma fenda na perna, o cabelo preso em um coque tímido, e em meu pescoço diamantes. Não se vai em um jantar da família Leto usando menos do que isso.
-Boa noite, espero que todos se divirtam hoje. – falei recebendo a todos como uma Sra. Leto deveria fazer, depois atravessei as pessoas que me olhavam encantados, quase secando a baba daqueles homens, e me dirigi a Jared que tinha minha filha em seus braços.
-Você adora chamar atenção – disse ele, e não foi um elogio. Ele olhou para o decote do meu vestido que deixava meus seios a mostra, descendo pela cintura fina que fazia uma bela curva. Sem mencionar que eu tinha uma bunda linda.
-Vou tentar me comportar – falei provocando-o.
-Jared, eu espero que você não se importe, mas eu chamei a Amber para participar do jantar e ela está aí – Constance apareceu alegre nos dando a notícia do ano. Jared nitidamente ficou sem chão, piscou duas vezes sem poder acreditar e eu por outro lado não querendo parecer fraca diante dele apenas lhe lancei um sorriso sarcástico sem mostrar os dentes.
-Ops, acho que a nossa noite não pode ficar melhor! – falei sem me importar se Constance iria ou não notar e quando olhei para a porta, a avistei entrando na minha casa usando um óculos, saia e uma blusa decotada – e olha só nossa convidada de honra!
E antes que Jared me impedisse, apesar de ter tentado, eu caminhei até ela para recebe-la e assim que me viu os olhos cheio de culpa se arregalaram.
-Ma-margot – gaguejou.
-É MARgot – a corrigi – só porque eu estou com vergonha de ser chamada de Sra. Leto! Como você ousa vir na minha casa?
Eu dei um passo para frente quase a peitando, éramos quase do mesmo tamanho mas ela me parecia tão pequena, eu senti como se pudesse quebrar seu pescoço com um único aperto. E minha dor convertida em ódio me fez sentir-se duplamente capaz
-É... Jar... Constance me chamou – falou encontrando sua voz dentro de si – eu precisava conversar com você eu to me sentindo péssima pelo o que aconteceu.
-Margot as pessoas estão olhando – Jared apareceu do nosso lado nervoso e preocupado. Eu amava armar um circo, melhor ainda, eu amava tacar fogo e dançar em meio as chamas.
Eu não desviei minha atenção de Amber, mas ela se sentiu protegida quando ele chegou.
-Jar... eu.... – pra mim foi a gota d’água ouvi-la chama-lo assim então em um único movimento eu agarrei seu pescoço com minha mão direita e foi tão fácil aperta-lo, foi tão fácil envolver meus dedos ao redor da sua garganta e ver ela sufocar, os olhos azuis começaram a pedir socorro para ele como se ele fosse seu salvador.
-Margot solta ela – ele disse firme mas eu apertei com mais força porque ver ele assim por ela me irritava mais e eu não percebi quando todos estavam nos olhando.
-Por que? Só por que você fodeu ela? – gritei e apertei mais – só por que ela é sua puta, Jared?
Ele ficou azul, vermelho, amarelo, como se eu estivesse apertando o pescoço dele e não dela, que já estava quase desmaiando com falta de ar. A surpresa de todos tornou o clima ao nosso redor mais denso.
-Me solta – ela disse ou tentou dizer e quando ela estava ficando azul, eu a soltei empurrando-a em cima dele.
-Agora vocês estão da mesma cor – falei com ódio enquanto os olhos dele ainda estavam sobre mim sem acreditar no que eu tinha feito. Eu dei uma bela olhada em volta, Constance estava com Hannah em seus braços, descrente no que acabara de ouvir. Meu coração batia desesperado dentro do peito. – Você não deveria ter feito isso comigo.
E sem conseguir dizer mais nada e sem conseguir continuar sendo alvo daqueles olhares empurrei os dois do meu caminho e saí dali entrando em meu carro rapidamente, chorando como uma louca, fraca que eu era tentando manter a aparência de forte mas sentindo uma dor alucinante me rasgar o peito. Eu parei o carro no meio fio da calçada e olhei para o meu porta luvas, ele parecia tão atrativo. O abri rapidamente e retirei de lá minha caixinha de maquiagem, e no fundo retirei o que eu queria, o que eu precisava. Precisava calar aquela dor, precisava fazer com que aquilo parasse, precisava silenciar aquilo. Eu encarei a droga a minha frente, sem pensar em mais nada tomei dois comprimidos e depois bati minhas costas no encosto do carro. Estava feito! Era só esperar o efeito vir e silenciar minha dor, silenciar meus demônios, eu podia em poucos minutos sentir minha alma ficando mais leve e meus músculos também. Era certo eu fazer aquilo? Claro que não. Ali estava eu mais uma vez fazendo coisas impulsionada pela dor que machucava-me e dilacerava-me. Mas eu tinha certeza, a dor jamais passaria, aquela ferida nunca iria cicatrizar, Fiquei sentada ali alguns minutos e logo senti a “elevação” do meu corpo, a boca ficou seca e minha pele começou a formigar. Por ter ficado tanto tempo limpa, meu corpo respondeu mal, comecei a vomitar na calçada, sentindo a respiração vindo entrecortada e puta que pariu, era uma sensação deliciosa, estranho, não é? Você está morrendo, colocando suas tripas para fora e mesmo assim é como se fosse a melhor sensação do mundo. E era disso que eu sentia saudades, a morfina correndo pelas minhas veias em frações de segundos fez com que meu corpo sentisse uma sensação boa, a leveza fazia-me esquecer da dor emocional, e o fato de colocar meus órgãos para fora também me fazia esquecer daquilo. Quem se importava com sentimentos quando se tem um zumbido na orelha e pontadas fortes no coração?
E quando o mal estar não quis passar eu só tinha um lugar para ir. Toquei a campanha uma, duas, três, quatro vezes. Caralho!
-Margot? – Bradley abriu a porta com cara de sono usando apenas uma calça de moletom e sem camisa, fazia uma semana que não nos falávamos. Ele não disse mais nada, porque eu entrei em seu apartamento tão rápido quanto uma bala, surpreendendo Ashley que estava no sofá bebendo e quase nua.
Ela quase teve um treco quando me viu.
-Caí fora! – falei alto e ela olhou para nós dois confusa, porque mesmo que estivéssemos fora do clube ou da agência, elas ainda tinham total respeito por mim mas ela não queria deixar ele. – Agora! – gritei.
E com um leve movimento de cabeça ele pediu para ela sair, e ela saiu, assustada. Eu comecei andar de um lado para o outro, perdida, confusa, minha cabeça parecia um carretel se desenrolando, eu não sabia se era efeito da droga ou se eu queria mais.
-O que está acontecendo? – ele perguntou me vendo em meu estado claramente perturbador.
Eu não respondi, continuei andando de um lado para o outro
-Você parece que fugiu de um encontro com a rainha da Inglaterra, e está surtando porque é a porra da rainha.
Eu parei e olhei para ele, séria até me dar conta que aquilo era totalmente idiota então eu dei risada e ele me acompanhou, e no meio da risada eu comecei a chorar.
-Brad... eu, eu não resisti. – falei – eu...
Era impossível concluir aquela frase mas ele me entendeu muito bem, caminhou em passos rápidos e me escondeu em um abraço forte, do qual não resisti e chorei, ele afagou meus cabelos e não disse nada por alguns instantes.
-Eu acho que você estava certo – murmurei. – Você disse que ele iria me machucar.
-Ele deveria estar cuidando de você! – rosnou ele furioso. Apertei os olhos. – que droga Mag.
Eu estava com tanta dor e tanta raiva que não conseguia pensar direito. Me soltei levemente dos braços dele secando as lágrimas em baixo de meus olhos. Bradley me ajudou limpando meu rosto com o indicador, mas nós nos conectados em um olhar intenso, o toque dele fez minha pele arder ali e Deus eu estava com tanta raiva de Jared.
Eu não pensei, eu somente agi.
Com um único meio passo me aproximei dele e ele entendendo perfeitamente me beijou com força, nossos lábios se encontraram com vontade e desejo. Sua mão desceu até minha cintura e eu não pude negar que eu quis aquilo desde o primeiro dia em que eu o vi novamente, não pude negar que imaginei como seria sentir aquilo de novo e a verdade era que eu não podia estar me sentindo pior porque a cada toque, a cada beijo eu sentia machucar-me mais porque meu corpo clamava por Jared por mais que ele tivesse machucado minha alma a porra do meu corpo era obcecado por aquele filho da puta.
Voltei para a realidade quando Bradley passou sua mão por minha coxa na fenda do vestido, e eu a ergui dando-o livre acesso a partes que deveriam ser proibidas. Mas ele não era tão feroz quanto meu marido, ignorou a passagem livre e voltou sua mão para a minha cintura.
Me senti frustrada, talvez ele estivesse com medo eu não sei só sabia que eu queria ferir Jared da mesma forma que ele me feriu. Então enfiei minha mão na calça de Bradley e encontrei seu pau já duro pulsando por mim, ele soltou um gemidinho e me olhou espantado.
-O que? Não finja que você não quer, não finja que eu não me comer Bradley – falei quase gemendo – não era isso que você queria?
-Eu não sei se você está fazendo isso pelas razões certas – ele falou me irritando ainda mais
-Certa ou errada, quem se importa? – rosnei – Você vai gozar de qualquer jeito.
Ele hesitou mas não resistiu, claro que não resistiria.
Atacou novamente meus lábios, guiamo-nos até o sofá e eu sentei em cima dele após retirar por completo meu vestido que só nos atrapalhava. Ele olhava para o meu corpo, sedento de desejo. E eu estava com tanta raiva que só queria saber como Jared se sentiria vendo isso. Eu rebolei em cima do pau dele o roubando gemidos, ele era lento demais! Peguei sua mão e levei até por debaixo da minha calcinha molhada e gemi quando ele acariciou ali, mas ele não era igual a Jared, ele não sabia o que meus gemidos significavam ele não sabia que eu adorava quando ele colocava os dedos em mim. Então tudo foi muito rápido, ele me deitou no sofá e veio por cima de mim dei passagem a ele, que me penetrou com força e começou seus movimentos de vai e vem, e aquilo não estava tão gostoso quanto era antes. Não demorou para que ele chegasse ao seu ápice, cheio de felicidade e êxtase.
Depois ainda por cima de mim me olhou, com um sorriso lindo e olhos apaixonados. Porra! Ele ainda era apaixonado por mim e olha o que eu fiz simplesmente para ferir Jared, eu usei Bradley só para ele me comer e eu poder talvez jogar na cara do meu marido, talvez porque eu não podia perde-lo e enquanto isso, Bradley estava extasiado em cima de mim acreditando fielmente que eu deixaria Jared para poder agora finalmente ficar com ele. Mas isso nunca aconteceria.
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A acompanhante (CONCLUÍDA)
Romance(+18) "Margot era uma acompanhante de luxo, mas não qualquer acompanhante. Era a garota mais requisitada e mais cara da agência. Após ter sido deixada pela mãe aos quinze anos para trabalhar como striper em uma boate qualquer na Califórnia e na busc...