Gorgeous

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"Você é tão deslumbrante, não consigo dizer nada na sua cara, porque olha só pra esse rosto e eu estou tão furiosa com você por fazer eu me sentir desse jeito, Mas o que posso dizer? Você é deslumbrante"



Mais um longo dia na estrada voltando para casa e eu estava acabada. Abri a porta do meu apartamento carregando minha mala vermelha sedenta para me jogar na minha cama e relaxar meu corpo. Fui recebida por um grito agudo que fez meus ouvidos doerem.


-Meu deus, Margot! Onde você estava? - disse, ou melhor, gritou Marina correndo até mim assim que entrei.


-Pensamos que Jared realmente havia sequestrado você, estava já cogitando a ideia de chamar a polícia. - Lizzy completou.


Ri da atitude e da preocupação das duas e soltei minha mala, me jogando no sofá logo em seguida, feliz por estar em casa apesar de ter tido um final de semana maravilhoso.


-Ah, deixem de ser dramáticas - Lila falou - não estão vendo a cara dela? Alguma coisa aconteceu nesse final de semana.


Disse batendo a ponta dos dedos nos lábios. As três estreitaram os olhos e me pressionaram para que contasse o que havia acontecido. Mordi o lábio inferior e ri levando minhas mãos até o rosto sentindo-o queimar, é, eu realmente estava apaixonada e só de pensar nele meu estomago parecia congelar e minhas bochechas ficavam vermelhas. Isso nunca aconteceu antes. Parece que o Mr. J me enchia de primeiras vezes.


-Ok... quem quer saber dos detalhes? - disse instigando mais a curiosidade das três. Elas riram se inclinando para mim, a verdade é que ainda éramos adolescentes ou pelo menos tínhamos as necessidades de passar por essas coisas de adolescentes. Fofocar com as amigas, se apaixonar, ter um primeiro encontro e etc. Por mais duronas que fossemos, tínhamos que passar por essa fase da vida que foi arrancada de nós brutalmente.


Lila fugiu de casa com o irmão quando tinha apenas quinze anos, Lizzy era uma alcoólatra aos quinze e foi mandada para um reformatório mas o espirito livre e selvagem da garota a fez abandonar todas aquelas coisas e seguir seu próprio caminho, Marina tinha um pai alcoólatra que a espancava e depois que ele matou seu cachorro ela fugiu, com dezessete anos, se entregando as ruas. E tinha eu que não possuía um histórico tão diferente das minhas amigas, por isso éramos amigas, quatro almas que buscavam consolo em pessoas iguais.


-Ele me levou para uma cidade pequena, fez jantar para mim, conversamos, andamos de barco, cantou e tocou só para mim - levei minha mão ao peito - e fizemos amor.


Lizzy fez um bico e juntou as sobrancelhas.


-Achei que ele tivesse te levado para o caribe, sei lá - nós rimos. - tanto dinheiro e ele te leva para uma cidade caipira? Que horror.


-Hey, foi a melhor viajem que já fiz! - respondi, as três juntaram as sobrancelhas e se entreolharam.


-Tá, agora quem é você e o que fez com Margot Robbie? - Lila segurou minha mão e falou com um tom sério, balancei a cabeça rindo novamente.


-Foi ótimo, ok? Foi incrível! - disse


-Deus, você ama ele. - Marina disse, Lizzy e Lila sorriram.


-Amiga, você está ferrada.


Fiz uma careta e as três me abraçaram sorrindo, mas logo me soltaram.


-Eu não soube como impedir isso, aliás, como se impede uma coisa dessas?


-O amor é uma dessas doenças infecciosas que atormenta até as mais manipuladoras arrogantes e egoístas vadias. - Lizzy disse rindo.

A acompanhante (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora