“Eu acho que é verdade, eu não sou bom em ficar apenas por uma noite. Mas ainda preciso de amor pois sou apenas um homem"
Naquela noite eu não fui para casa, eu estava irada, depois do que Jared me disse só tinha um lugar que eu queria ir. Angelina estava dando uma festa e havia me convidado, porém eu tinha achado mais interessante ir na boate mas depois tudo que eu queria era acabar com ela. A casa estava cheia, a mansão dela era enorme mas a encontrei na sala de estar bebendo com algumas pessoas e conversando e assim que me viu abriu um sorriso e se aproximou como se já desconfiasse de algo. Meus olhos, por mais que eu não pudesse os ver, sabia que estavam em chamas. O ódio, a ira, a mágoa, o sentimento de traição, tudo vindo de uma só vez fazendo meu coração bater no peito como se fosse explodir.
-Mag! Resolveu aparecer, toma pega uma bebida. –ela me abraçou mas me afastei dela.
-O que você disse para o Jared? – perguntei fuzilando-a com os olhos, a cor sumiu de seu rosto.
-Na-nada, apenas o necessário. – respondeu, era um pouco difícil ouvi-la com aquela música tocando alto.
- Você mentiu para ele! – falei alto e segurei seu rosto com as duas mãos – Você acha que eu vou ser igual todas essas meninas que estão aqui, que eu vou ficar lambendo você enquanto vejo você tomar o controle da minha vida? – falei apertando com mais força e os olhos mostrava o quanto estava sentindo dor. – Eu não vou deixar você destruir a minha vida assim, não sou sua marionete!
A soltei empurrando-a, algumas meninas segurou ela. As pessoas vendo que estávamos brigando desligaram a música para prestar atenção. E quem não iria querer prestar atenção na briga de Angelina Jolie e Margot Robbie, sua sucessora em potencial?
- Você precisa que alguém controle sua vidinha antes que você a jogue no lixo por causa de um homem. – ela falou – Você e Jared não vão ficar juntos.
-Por que? – perguntei mais confusa – Você tem tantas outras garotas, por que quer destruir a minha vida? – as palavras vieram seguidas de algumas lágrimas que se formaram em meus olhos mas eu não as deixei cair. Não eram lágrimas de ódio, mas de dor. Eu senti a dor da traição de alguém que eu sempre admirei, de alguém que era o exemplo perfeito de quem eu queria ser mas agora eu vejo, eu realmente queria ser isso? Uma traidora mentirosa e manipuladora? Que mentia e roubava o que era dos outros por capricho? Era realmente essa pessoa que eu queria ser?
-Você não merece ele! – ela gritou extremamente furiosa atrapalhando os meus pensamentos – Não o merece que ele te ame. Qual a diferença entre você e eu?
Ok, aquilo só me deixou mais confusa ainda. O que ela estava querendo dizer?
-Seja clara, Angelina. – falei.
Ela mordeu o lábio inferior com força.
-Ele não te contou? Éramos namorados, Margot. Antes de tudo, antes dele ficar bilionário, antes de eu ser uma acompanhante, Jared e eu nos amávamos. Eu queria mais, eu queria dinheiro, poder, Glória, queria uma vida que ele não podia me dar então conheci Daniel que me tornou uma acompanhante e eu fiquei muito tempo vivendo com Jared e sendo uma acompanhante. Até que ele descobriu, ele me odiou, ele me deixou... Então por que você tem que ficar com ele? Por que você merece estar com ele se somos iguais?
-O que? – foi o que eu consegui dizer quase como em um grito. Tanta informação me deixou desnorteada. – namorados?
-É garota! – Falou.
Ele nunca me falava muito sobre as suas ex, mas, uau, aquilo me pegou de surpresa. Agora tudo fazia sentido, não se tratava só de lucros mas de orgulho, ciúmes e inveja. Quando finalmente entendi as coisas olhei para ela e dei risada.
-Oh, Srta. Jolie, até nisso eu te superei – falei zombando e desafiando-a ela bufou e rapidamente sem que nem eu mesma percebesse ela já estava perto de mim e me acertou com um tapa no rosto tão forte que meus olhos lacrimejaram. Assim que olhei para ela novamente eu não esperei mais nada, fechei a mão e acertei seu rosto com um soco que a fez inclinar-se, apenas não caiu porque era uma mulher extremamente forte. Rapidamente a peguei pelo o cabelo longo e a joguei em cima da mesa de vidro que se quebrou e subi em cima dela com ódio, distribui socos atrás de socos enquanto ela tentava me tirar de cima dela e gritava para que eu parasse mas eu não parei. Queria arrebentar ela.
Ninguém fazia nada, nenhuma das garotas, nenhum dos meninos.
Angelina era uma tirana manipuladora e todos sabiam disso, ninguém iria defender ela. Todos na verdade queriam estar no meu lugar e bater naquele rostinho até sangrar.
Acertei seu rosto com um soco e logo em seguida senti uma dor dilacerante na minha barriga e parei de acerta-la. Quando olhei para baixo ela havia enfiado um enorme caco de vidro na minha barriga. Não consegui dizer nada, com dor e desespero olhei para ela incrédula, nem mesmo ela parecia acreditar no que tinha feito. Estava com os olhos arregalados e a boca aberta, e muito machucada. Ninguém ao nosso redor sabia o que fazer então minha visão ficou fraca, eu me senti fraca e tombei para o lado sentindo imensa dor.
-Margot! – O pessoal veio ao meu socorro, Angelina me olhava espantada, engolindo em seco. A última coisa que eu vi antes de apagar foi ela se levantando e saindo correndo dali depois disso tudo ficou turvo e eu apaguei.
Consegui abrir os olhos, eles arderam com a claridade da luz sobre eles. Eu estava em um hospital, e me sentia com um peso de 50 T sobre meu corpo.
-Margot, finalmente acordou. Fique calma, você está em um hospital e está bem. – a enfermeira falou sorridente. Eu não estava pensando em nada exatamente, tudo parecia estar em câmera lenta. – isso que está sentindo é anestesia, foi uma longa cirurgia e você perdeu muito sangue, tem que descansar.
-Cirurgia? – tentei falar mas saiu mais como um sussurro.
-Sim. Eu vou chamar o médico. – ela falou e rapidamente saiu, em seguida voltou com o médico atrás de si. Assim que eles voltaram o médico parou a frente da minha cama me olhando com um sorriso profissional que me irritava.
-Você quer falar com alguém sobre o que aconteceu? – ele perguntou mas eu sabia que esse alguém que ele se referia era a polícia. Eu não queria prestar uma queixa, aliás quem poderia ser presa era eu pois eu estava batendo nela.
-Não... – respondi.
Ele suspirou.
-Margot você sofreu um ferimento na barriga, perdeu muito sangue e tivemos que fazer uma cirurgia de emergência para poder encontrar o foco da hemorragia e controlar o sangramento. Tudo ocorreu perfeitamente bem até que percebemos que o vidro acertou três centímetros do seu útero, era de lá que estava vindo a hemorragia.... – Ele falou e parou de falar. Eu congelei, senti como se meu coração tivesse parado de bater esperando para ouvir ele dizer aquelas palavras, para ele formular aquela frase, fiquei parada olhando para ele fixamente com a mão sobre minha barriga. Eu não conseguia mover um centímetro do meu quarto, estava apavorada. Aquilo não podia acontecer comigo.
-Conseguimos estancar o sangramento sem causar maiores prejuízos na gravidez. Você ainda tem um bebê com você, Margot. – ele terminou de falar com um sorriso. Eu não aguentei, eu estava esperando ele dizer o contrário, já estava pensando em desabar de chorar de tristeza mas ao invés disso, senti tanto alívio, como se um peso tivesse sido retirado das minhas costas que escondi o rosto nas palmas da mão e desatei a chorar de alívio e felicidade. Meu filho estava vivo. De repente senti alguém me abraçar, eu conhecia aquele perfume, conhecia aquele abraço.
Levantei a cabeça e abracei Jared com mais força enquanto chorava, ele acariciou meu cabelo.
-Está tudo bem, Mag. Nosso filho está vivo. – ele falou sorrindo. Eu sorri de volta.
-Mas eu devo avisa-la, Margot, a sua gravidez é uma gravidez de risco desde o começo, e após isso você precisa ficar de repouso durante a gestação para que não ocorra nenhum problema sério e irreversível, se quiser chegar ao final da gestão bem, precisa de muito repouso físico e psicológico, além de uma boa alimentação e uma rotina extremamente saudável. – deu para entender sobre o que ele se referia.
-Tudo bem eu vou ficar de repouso. – falei, Jared me encarou.
-Doutor tenho que te pedir para manter ela internada o máximo de tempo que for preciso – Jared falou rapidamente, eu olhei para ele incrédula. O que?
-Jared! – falei.
- Não entendi. – O médico disse.
- Ela não vai ficar de repouso, vai colocar essa criança em risco. Margot, você precisa de alguém cuidando de você.
- Eu não! Posso me virar muito bem sozinha. – respondi ficando irritada.
-Nesse caso, se você não conseguir ficar bem sozinha eu posso mantê-la aqui até um período...
- Eu não vou ficar internada. Eu vou para meu apartamento. – afirmei, por que eles queria meter o nariz na minha vida?
Jared olhou para o médico e depois olhou para mim rapidamente, Alegre, como se tivesse acabado de ter uma ideia.
-Fique na minha casa. – ele falou, ele só podia estar louco, obviamente me neguei a ficar na casa dele durante a gravidez mas acabei sendo obrigada a ir já que o Dr. Achou que seria conveniente que eu ficasse com ele pois assim teria mais cuidados. Babaca! Se ele soubesse...
Jared já não morava mais no apartamento, ele tinha acabado de comprar sua nova mansão. A casa era simplesmente enorme, linda, luxuosa, havia mais de cinco carros na garagem, uma piscina enorme, uma sala de jantar extremamente linda, até uma quadra de jogar tênis. Era tudo maravilhoso e o lado bom era que eu poderia ficar naquela casa escondida dele.
O meu quarto era ao lado do dele, só o meu quarto era mais da metade do meu apartamento, meu banheiro tinha uma hidromassagem enorme, era tudo demais para mim. Engraçado como eu nunca estive em uma casa tão maravilhosa mas tudo que me chamava atenção ali era simplesmente ele.
Os empregados colocaram minhas malas no chão e eu me sentei na cama, cansada. Jared entrou no quarto contente.
-Gostou do quarto? – perguntou. – Mandei que preparassem esse especialmente para você.
-Hm! Da pro gasto – fingi desinteresse, ele sorriu de lado.
-Acho que vai gostar de ficar aqui, Margot. – Ele falou – Não vai precisar fazer mais nada, além de repousar, essa é Nelly, ela se encarregará de ficar com você e atender todas as suas necessidades. – ele falou se referindo a uma mulher baixinha, usando uniforme de empregada, cabelos loiros e olhos castanhos, deveria ter uns 45 anos. Eu sorri para ela sem mostrar os dentes mas ela me retribuiu com um sorriso largo.
-Vai ser um prazer ficar a sua disposição, Ms. – ela falou, tinha um lindo sotaque britânico. Aí, acho que eu não iria me acostumar à aquela vidinha mimada.
-Tudo bem, Nelly, eu só quero poder descansar agora. – falei.
-Como quiser, Ms. Estarei lá em baixo preparando o jantar, tem algo em especial que goste? – ela perguntou.
-Aposto que você sabe preparar um ótimo Jantar Nelly. – falei, ela sorriu e se retirou do meu quarto deixando apenas Jared e eu, me arrependi de pedir para que saísse.
Ele se aproximou de mim.
-Ganhou o coração da Nelly, sabia que ela trabalha para mim ah anos? – ele comentou. – Por isso confio nela para que fique de olho em você.
-Qual é, eu não sou criança. – respondi ele deu risada.
-Mas está esperando uma criança minha. – ele falou e toda vez que eu lembrava disso sentia calafrios.
-Ah é! O feto, você acha que ele se importa de eu chamar ele assim? – perguntei indiferente. Ele fechou a cara.
-Para de chamar ele assim. – respondeu, revirei os olhos.
-Jared, eu não quero esse filho. – falei olhando para ele – assim que ele nascer você faz o que quiser com ele que eu vou sumir da vida de vocês.
Ele paralisou, incrédulo do que acabara de ouvir. Eu tinha tomado essa decisão no hospital, já que não era corajosa suficiente para abortar pelo menos largaria ele com Jared e sumiria. Tiraria duas pessoas que eu não queria mais na minha vida de uma vez.
- Você não seria capaz. – ele falou. Olhei para ele.
-Quem disse que Não? – falei erguendo a sobrancelha – e não fica no meu pé, quero descansar. Pode ir atrás da sua namorada, noiva, cachorrinha, eu sei la mas me esquece. – falei seca e indiferente, ele suspirou e foi embora do meu quarto. Ele merecia ser tratado assim, merecia minha indiferença porque ele não teve piedade de mim.
Ele saiu do quarto um pouco tenso. Eu acabei deitando na cama e adormecendo, mas parece que dormi apenas por cinco minutos pois logo fui acordada por Nelly.
-Margot, está na hora de jantar. – ela disse, eu revirei os olhos.
-Quero dormir. – respondi mas ela deu um sorriso.
- Você precisa se manter forte. – ela falou – e já estão todos na mesa te esperando.
Todos Quem? Me perguntei. Mesmo não querendo, me levantei da cama limpei o rosto e desci para a sala de jantar. E realmente estavam todos a mesa, Jared, Constance, Cara, Shannon, e... Natalie. Natalie estava lá. Aquilo me deixou um pouco intrigada, a garota estava ali junto com a mãe dela, assim que entrei na sala de jantar todos me olharam. Cara arregalou os grandes olhos azuis e sorriu.
-Vem, Mag, se senta aqui do meu lado. – ela falou contente. Jared olhou para mim, Natalie estava sentada ao lado dele e ao lado direito havia uma cadeira vazia.
Caminhei rapidamente até lá e me sentei, olhei para eles dois e sorri cínica.
-Boa noite! – falei para provocar Constance, Helena e Natalie que com certeza não estavam felizes com a minha presença ali. – Jared, eu amei aquela cama mas ela é muito grande... Você não quer dividir comigo? – falei piscando para ele que sorriu de lado.
Natalie abriu a boca e ficou estática.
-Garota, você não tem decência Não? – perguntou irritada
-Nenhum pouco. – respondi sorrindo para ela que revirou os olhos. Logo a janta foi servida e eles se animaram em uma conversa que eu não tinha o mínimo de interesse, eu estava com tanta fome que estava mais interessada em comer e ignorar eles. Mas uma coisa me chamou atenção, como Natalie ainda estava ali sendo que Jared havia descoberto que eu estava grávida? Ela ainda aceitaria isso numa Boa? Como ela podia? Devia ser ou muito idiota ou muito apaixonada, apesar de que eu acho que os dois da no mesmo. Ela estava calma demais... mas eu iria descobrir o motivo daquela calmaria.
-Está com apetite. – Jared disse me olhando.
Eu sorri.
-Ah, agora eu como por dois. – falei. Ele arregalou os olhos e todos pararam de falar e viraram seus olhos para mim.
- Como assim? – perguntou Cara. Eu passei os olhos neles e depois olhei para Jared, espertinho, ele não tinha dito nada.
-Você não disse nada? – perguntei.
-Estava esperando o momento certo mas você quis adiantar as coisas. – ele falou tentando se manter calmo comigo e com todos. Eu dei uma risadinha e balancei os ombros, alias, quem teve a ideia brilhante de querer ser minha babá foi ele.
-Jared o que isso significa? – Constance perguntou tão abismada com aquela noticia, se a mandíbula dela não fosse presa ao maxilar, teria ido ao chão e os olhos de tão arregalados teriam saídos de seu crânio. Mas o que me chamou atenção de verdade foi a calma de Natalie e sua mãe, Natalie apenas apertou o talher com mais força e cerrou os olhos tentando parecer calma.
-Eu iria contar. – Ele falou calmo mas estava quase perdendo o controle.
-Aparentemente a amante do meu noivo está gravida, sogra, e a melhor decisão dele é trazer ela para morar aqui comigo. – Natalie finalmente falou, então ela sabia? Que interessante.
-Aparentemente? – falei, ela olhou-me com sangue nos olhos.
-Quem pode provar que você realmente está grávida? – ela esbravejou, que filha da puta! – Você é uma prostituta, pode ser de qualquer um... – continuou gritando, eu me deixei ser atingida pelas palavras dela.
-Eu vou pegar aqueles exames e fazer você engolir eles, sua caipira burra! – falei me levantando, sentindo o sangue ferver nas veias. – Não posso fazer nada se você não está gravidinha, talvez seja porquê Jared tem passado mais tempo transando comigo do que tocando em você. – falei rindo, eu sabia que tinha tocado em sua ferida pois seus olhos imediatamente se encheram de lagrimas e ela saiu da sala. Eu sabia que ela sonhava em ter um filho dele mas o que eu não sabia era o porquê ela continuava ao lado dele mesmo sabendo que ele seria pai de um filho que não era dela... e o porquê de eu ser tão cruel. Eu bufei, que patético! Perdi totalmente o apetite e saí dali em direção ao meu quarto. Fiquei andando de um lado para o outro, eu precisava sair daquela casa o quanto antes.
-Você precisa manter a calma – ouvi a voz de Elena atrás da minha porta, com cautela me aproximei e encostei a orelha para que pudesse ouvir melhor. Natalie estava chorando.
-Mãe, eu não aguento isso... – ela choramingou
-Você tem que aguentar! Vai deixar que ela roube o homem que você ama? O Jared vai se casar com você, Natalie, ele ama você. Só está perdido. – Elena disse com a voz firme tentando convencer a garota que fungava aos prantos com a decepção de não ser correspondida em seu amor. Eu dei uma risada silenciosa. Elena era uma cobra e da pior espécie.
-Não acho que ele vá se casar comigo. – Natalie choramingou mais.
-Ele não vai decepcionar a mãe dele. Ele sabe que o sonho da mãe dele é ver vocês dois casados! Ele nunca traria um desgosto tão grande de se casar com uma prostituta igual a Margot. – Elena afirmou com a voz firme. Que vaca! Vendendo a própria filha, ela falava de uma maneira um tanto desesperada tentando convencer a filha a continuar com um homem que não a amava, simplesmente porque ela não queria perder a fortuna do Leto.
-Tudo bem, mãe. – Natalie disse mas não parecia nada feliz. Depois só ouvi passos e abri a porta Elena estava sozinha no corredor de costas para mim. Bati palmas para a frieza e crueldade dela, até que ela se virou assustada
-Vendendo a própria filha, que crueldade! – falei debochada, ela cerrou os olhos.
-Você não sabe de nada – ela respondeu.
-Induzindo a pobre e inocente Natalie a ficar com um homem que não ama ela, porque? Eles nunca seriam felizes juntos. – falei tentando levantar um pingo de razão ali mas foi inútil, ela revirou os olhos.
-Natalie nunca poderá encontrar alguém como ele, estou querendo o melhor para a minha filha - falou tentando criar um discurso de mãe preocupada que não colava comigo. Eu dei risada e bati palmas de novo
-Você quer dizer, alguém rico como ele? – falei, ela fechou a cara. As rugas ao redor dos olhos apareceram quando ela voltou a cerrar os olhos para mim. Então sem dizer mais nada ela se virou e saiu andando, eu dei risada novamente. Que mulher estupida. Fechei a porta do meu quarto e fui tomar um banho estava exausta. Assim que saí enrolei meu corpo na toalha e voltei para o meu quarto, minha barriga doía um pouco por causa do machucado mas com os remédios que eu tomava para a dor, era tudo suportável. O que começou a me fazer falta era as drogas, eu sentia as vezes minhas veias como se fossem lixas, esfregando-se uma nas outras.
Ao entrar no meu quarto me surpreendi com Jared sentado na minha cama mexendo no celular
-O que está fazendo aqui? – eu perguntei surpresa.
-Porque você contou a eles? – ele se levantou rapidamente e perguntou, não estava nervoso apenas um tanto sério. Dei de ombros.
-Eu não sabia que era segredo aliás você insistiu em querer ser minha babá. – falei abrindo minhas malas e procurando alguma roupa, eu ainda não tinha colocado minhas roupas no enorme closet que tinha naquele quarto.
Ele passou a mão no rosto.
-Não é segredo, eu apenas estava esperando o momento certo para contar. – ele falou, apenas balancei os ombros ignorando-o. Achei uma calcinha e vesti por debaixo da toalha e um sutiã, retirei a toalha de meu corpo e coloquei o sutiã, depois vesti uma camisola de seda e soltei o cabelo, tudo enquanto Jared me assistia calado, passei um creme na perna e depois olhei para ele
-Natalie sabe que estou grávida e mesmo assim aceitou ficar com você? – perguntei mas ele parecia estar mais concentrado em meu corpo do que em minha voz – Jared!
-Que? – ele perguntou saindo do transe dele e voltando a atenção para mim. – Parece que alguém a convenceu. – ele finalmente respondeu minha pergunta.
Eu dei risada.
-Você está encrencado com a Sra. Loren. – falei me divertindo mas ele permaneceu sério, ate que se levantou e caminhou próximo de mim. Eu o olhei confusa.
-O que foi? – perguntei, ele sorriu.
-Sua barriga, está maior. – ele disse me virando de frente ao espelho. Por trás de mim ele passou a mão em minha barriga lentamente, eu pude sentir todo o meu corpo se ascender ao seu toque. O encarei pelo reflexo.
-Não muito. – falei tentando soar indiferente.
-Continua relutante? – perguntou com a boca próximo ao meu ouvido.
-Não quero esse filho. – respondi, ele apertou os olhos. – Não quero nada de você. – continuei.
-Quando vai me desculpar, Margot? Não entende que fomos manipulados? – ele falou um pouco desesperado, eu me virei para ele.
-Agora você acredita em mim? – falei tentando conter um pouco da felicidade e parecer ainda dura.
Ele engoliu em seco.
-Eu acredito, Margot. E eu não posso acreditar que você deixou de me amar, como eu não acreditaria em você depois de ver você quase morrendo por conta da verdade? – falou segurando meu rosto com as duas mãos, meu coração acelerou um pouquinho mas eu ainda sentia raiva por ele ter duvidado de mim.
-Não é o suficiente. Se você é capaz de acreditar em qualquer pessoa menos em mim, que futuro podemos ter? – perguntei retirando suas mãos de meu rosto – e também você está com a Natalie, eu sei que você não decepcionaria sua mãe. – falei lembrando do que Elena havia dito, ele suspirou pensativo.
-Natalie vai se cansar, ela vai perceber que não é isso que ela quer e vai finalmente me esquecer. – ele falou, eu balancei a cabeça. Como ele queria que eu esperasse? A garota era burra e ingênua mas realmente amava ele de todo coração... eu também o amava. Eu também o queria.
-Olha, eu nunca tive uma mãe e mesmo se eu tivesse eu não deixaria as pessoas decidirem o que eu iria fazer da minha vida. – falei tentando provoca-lo algum pensamento contrário a todo aquele cenário antigo de pais decidindo com quem os filhos se casariam. E eu precisava tirar Natalie e Elena da vida dele para que pudéssemos ficar juntos.
-É complicado, Margot. – ele respondeu, eu suspirei, doía tanto pensar em estar longe dele.
-Então como da ultima vez você tinha decidido ficar comigo? – perguntei – Você realmente quer estar comigo ou quer que eu seja sua amante a vida toda? – falei.
-O problema é que eu nunca sei o que VOCÊ quer! Quando finalmente consigo fazer você expor seus sentimentos, quando finalmente consigo chegar perto da mulher doce, gentil, bondosa, da menina que quer ser amada de verdade... Você corre e se esconde e se torna complicada, Margot! Isso é foda! Eu quero você mas você sempre foge de mim.
Ele falou e segurou em meus ombros, é verdade, eu me escondia mas não por mal mas a ideia de me expor para ele e qualquer outra pessoa me assustava. Mas eu o amava demais, como se meu coração batesse por ele, e de repente um medo profundo de viver sem ele veio sobre mim rapidamente, me aproximei dele e segurei seu rosto com as duas mãos.
-Eu te amo, eu já me apaixonei antes por uma pessoa mas isso é diferente, eu te amo como se você consumisse cada parte do meu corpo, me dá até medo Jared. – falei de uma vez
-Então para de ter medo! – ele respondeu.
-Não, enquanto você não for somente meu. – respondi. Ele ficou em silêncio por alguns segundos depois puxou-me rapidamente e me beijou, eu me rendi naquele beijo quente e delicioso, nossos corpos juntos novamente me fazendo sentir-se viva. Ah, Jared Leto, que porra estamos fazendo?
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A acompanhante (CONCLUÍDA)
Любовные романы(+18) "Margot era uma acompanhante de luxo, mas não qualquer acompanhante. Era a garota mais requisitada e mais cara da agência. Após ter sido deixada pela mãe aos quinze anos para trabalhar como striper em uma boate qualquer na Califórnia e na busc...