Devil in disguise

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Ela é a garota que todos desejam, com uma voz de anjo mas é o diabo disfarçado e vai usar todos para chegar até onde quiser, mesmo que isso signifique ir para cama com você.”

Marina estava lendo alguma coisa no sofá enquanto eu estava com meus pés em cima dela. Lizzy acabou com a nossa paz entrando no apartamento com muitas sacolas de lojas de marca, ela depositou todas as sacolas sobre a mesa da cozinha. Curiosas, Marina e eu nos levantamos.
-O que é que tem aí? – falei remexendo nas coisas, levei um tapa na mão.
-Não mexa no que não é da sua conta – disse, os lábios carnudos e chamativos se curvaram em um belo sorriso.
-Ah para de ser uma vadia, Elizabeth – falou Marina abrindo uma das sacolas e retirando um vestido longo de dentro da sacola. – Isso é um Valentino? – falou impressionada, corri e tirei o vestido da mão dela.
-Ele é lindo, e o preço também.
-Eu fiquei um final de semana inteiro fora, vocês esperavam que eu voltasse de mãos vazias? O que vocês fizeram esse final de semana aliás?
Marina revirou os olhos.
-Eu fui para a cidade do cabo na sexta com o Lennartz e ia ficar o final de semana todo lá, mas tivemos que voltar.
Não respondi, apenas fiquei com meu sorriso descarado no rosto.
-Margot? – Lizzy olhou-me desconfiada.
-Apenas me diverti – falei dando de ombros aos olhares curiosos das duas. – Que tédio!
-É domingo, é para você estar entediada – Marina falou, eu voltei a me jogar no sofá e peguei meu celular, fiquei descendo a tela do Instagram olhando algumas fotos alheias até o celular vibrar na minha mão.

Seus presentes foram entregues com sucesso, mas acho que prefiro quando são entregues pessoalmente.
-J.”

Não pude evitar sorrir ao ler a mensagem, fiquei olhando alguns segundos para a tela do celular pensando no que responder.

“Ah, Mr. J! Não gosta de surpresas?”

A mensagem chegou rapidamente. Jared não era como outros homens que já havia conhecido, ele era um jogador e eu adorava aquele jogo. Senti meu rosto queimar, como eu o queria! Tinha um desejo ardente por ele.

“Gosto de muitas coisas, Ms.”

Foi o que ele respondeu. Odiei aquela resposta evasiva! Minha mente maligna logo começou a trabalhar, eu não queria mais esperar para tê-lo, eu o queria, naquela mesma noite e eu o teria! Sorri me deliciando com meu plano.
-Do que é que você está sorrindo? – perguntou Marina jogando uma almofada em mim.
-Que tal uma balada hoje? – falei, Lizzy juntou as sobrancelhas.
-Eu queria descansar, mas acho que topo.
-É, por que não? – disse Marina.
Peguei meu celular para mandar uma nova mensagem, dessa vez para Natalie que concordou no mesmo instante em sair com a gente. Lila, Marina, Lizzy e eu fomos até o prédio buscar ela. Jared fez questão de levar a garota até a porta.
-Quem é essa garota? – Perguntou Lizzy.
-Apenas uma garota que eu conheci... – comentei, ficamos observando a garota andar até o carro um pouco desajustada em cima dos saltos. Ela entrou e olhou para as meninas, que a olhavam com um olhar de superioridade, menos Marina que talvez fosse a mais humilde do grupo.
-Natalie essas são Marina, Lizzy e Lila. – liguei o carro e partimos.
-Oi eu sou Natalie – as três continuavam encarando ela, e depois olhando para mim curiosas aliás, por que diabos eu estava andando com uma garota tão simples?
-Não sejam mal educadas... – Falei, então as três disfarçaram e começaram a puxar assunto com Natalie, logo perceberam o quanto a menina era burra e ingênua. Lila, sem delongas, começou a provoca-la com piadas e perguntas idiotas.
Dirigi até chegarmos a balada, não precisamos esperar na fila, entramos direto, corremos para o bar e nos apoiamos no balcão. Marina pediu uma rodada de tequila para começar a esquentar a noite.
-Quem ficar bêbada por última é a mulher do padre! – falou virando a tequila na boca, depois chupando o limão, parecia uma criança.
Nós todas fizemos o mesmo logo em seguida, menos Natalie que parecia um pouco acanhada.
-O que foi? – perguntei, ela levantou os olhos. – Você nunca ficou bêbada?
As meninas riram.
-Outra coisa que precisamos mudar! – falei.
-Ah eu bebi champanhe no casamento do meu primo – ela disse. Lizzy pegou a tequila e estendeu para ela, que arregalou os olhos com medo.
-Vou ficar bêbada junto com você – falei, ah Margot Robbie, você é realmente o Satã.
-Você vai? – ela parecia mais tranquila.
-Claro! É isso que amigas fazem... – disse.
A ensinei como se bebia a tequila, ela levou alguns segundos para ter coragem suficiente e levar o copo até a boca, bebeu tudo de uma vez e depois fez uma careta muito engraçada, nós todas gargalhamos. Virei meu copo mas já era acostumada com o álcool, o meu plano não era ficar bêbada, era deixa-la bêbada mas eu tinha mais tolerância ao álcool do que a coitada que em uma hora já estava fora de si dançando com Lizzy e Marina, no meio da pista de dança.
-O que você está tramando? – perguntou Lila, que me conhecia super bem para saber quando eu estava tramando alguma coisa.
-Só estou sendo uma boa amiga! – falei fingindo estar ofendida, ela balançou a cabeça sorrindo. Eu não precisava mentir para ela, nunca precisei. – Eu vou roubar o noivo dela e transar com ele até não aguentar mais.
Ela deu uma gargalhada maldosa.
-Não seja tão cruel. – disse levando a bebida até a boca.
-Se você o conhecesse, Ly, entenderia...
-Para te deixar assim ele tem que ser muito bom mesmo... Mas você não está apaixonada, está? – ela indagou juntando as sobrancelhas.
-Deus, não! – falei rindo e tomando um gole da minha bebida – só fico encharcada quando estou perto dele.
Ela riu novamente, desviou o seu olhar para a garota que dançava com as meninas, descontroladamente.
-Ela é inocente demais – comentou.
-Muito! E fala mais do que meus ouvidos aguentam ouvir – revirei os olhos – mas ao menos consigo ficar perto dele quando estou com ela.
-É o preço que se paga.
-Focê naum vai danzar? – Natalie se jogou ao meu lado na mesa, totalmente bêbada.
-Você ainda nem está bêbada! – falei fingindo estar surpresa – ela parece bêbada, Ly?
-Nem um pouco – disse ela me lançando um olhar divertido. Enchi mais um copo com vodca até o bico, depois ofereci para Natalie que pareceu hesitar mas pegou o copo e levou até a boca, enquanto ela virava coloquei a ponta do dedo no copo fazendo ela virar tudo de uma vez.
-Argh – disse quando tomou até a última gota – agorrra achu que fico loca – falou e saiu para dançar novamente depois de insistir que eu fosse mas eu não estava com vontade. A deixei se divertindo mas percebi que outras pessoas também estavam tirando proveito da garota bêbada, alguns meninos começaram a dar mais e mais bebida para ela enquanto ela dançava com eles, no meio dos dois. Eu pensei em tirar uma foto e mandar para o Jared mas achei crueldade demais para com ele. Ela caiu e eu bufei, todos ao redor dela começaram a rir da pobre garota. Tive que intervir ou se não ela acabaria no hospital em uma coma alcoólico e meus planos não dariam certo.
-Nat, vem é hora da gente ir embora – falei levantando-a.
-Ah maiz estou me divertindo – disse, apenas a peguei pelo braço sem paciência e a puxei. Me despedi das meninas explicando-lhes que levaria a garota para a casa, depois puxei uma Natalie bêbada e exaltada até o meu carro e com muito custo a coloquei dentro dele.
Espero que você valha a pena, Mr. J – pensei comigo mesma. Dei a volta a entrei no meu carro partindo, ela começou a cantar as músicas que tocavam na rádio, e a gritar com a cabeça para fora da janela, falando mais que o normal. Pelo menos voltou a pronunciar as palavras corretamente.
-Ontem Jared e eu usamos aqueles brinquedos... e você tinha razão Margot elas dão muito prazer.
Não respondi, não tinha um pingo de interesse na vida sexual dos dois. Finalmente chegamos ao prédio dela, ela abriu a porta e caiu ao sair do carro, revirei meus olhos e a ajudei se levantar enquanto a mesma gargalhava. Coloquei o braço dela em volta do meu pescoço e a apoiei em mim, entramos no prédio e a carreguei até o elevador.
-Qual andar? – perguntei. Ela murmurou alguma coisa – Qual o andar? – insisti.
-Cobertura – falou, então eu a soltei e ela caiu no chão do elevador aos meus pés, usei o tempinho no elevador para reparar que não fazia minhas unhas a dias, elas estavam horríveis. Assim que a porta abriu a peguei pelo braço novamente e a carreguei até a única porta do andar.
Bati, bati de novo e de novo e finalmente um Jared de calça de moletom, sem camisa e cara de sono abriu a porta. Poderia estar menos sexy? Que bela recepção.
Natalie estava quase dormindo em meus braços, eu peguei ela e empurrei para cima dele. Que me olhou espantado.
-Acho que alguém deu muita bebida para ela. – falei, então ela tombou a cabeça como se tivesse desmaiado, ia caindo mas Jared a segurou em seus braços fortes.
-Devo as honras a você? – ele perguntou.
-Talvez. – falei, ele riu balançando a cabeça.
-Vou leva-la para o quarto, entre. – disse, não precisou dizer duas vezes e eu entrei na cobertura que era simplesmente fantástica. Se morasse ali, acho que não iria querer sair muito. Era grande e luxuosa. Segui Jared até o quarto, onde ele a colocou na cama, ela voltou a acordar.
-Amorrr, vamos usar aqueles brinquedinhos de novo hoje? – ela disse puxando ele, ele corou, a mandou voltar a dormir mas ela se levantou na cama ficando em pé e começou a pular como criança – Vamos! Vamos! Vamos! – repetia pulando e batendo palma.
Vi na cara de Jared o quanto aquilo estava irritando-o.
-Vou fazer um café para que ela se acalme, já que você fez isso, cuide dela. – e saiu, eu dei de ombros.
-Ah, onde ele foi? – ela lamentou, eu revirei os olhos. Odiava bêbados inexperientes.
-Ele já vem mas agora preciso que você vá dormir. – falei a puxando para parar de pular, ela se sentou na ponta da cama.
-Não quero dormir, quero transar – disse rindo e cuspindo na minha cara, contei até dez mentalmente.
-Vai dormir – ordenei. – Onde Jared guarda a caixa?
-No closet... Eu não quero dormir – resmungou, eu revirei os olhos novamente.
-Preciso que você durma. – falei, ela ia abrindo a boca para falar alguma coisa mas não deu tempo. Virei minha mão na cara dela a fazendo cair no chão, e finalmente ela dormiu. Passei por cima dela e entrei no closet, que era muito organizado aliás, procurei pela preciosa caixa e achei. A abri como se fosse um baú de tesouros, havia diversas coisas ali, de chicotes a algemas, bolinhas a vibradores, máscaras e afins. Mordi o lábio passando a ponta dos dedos naqueles objetos de couro e silicone, meu corpo se acendeu ao imaginar ele usando-os comigo. A verdade era que ninguém nunca tinha usado comigo antes, mas eu me enchia de tesão só de imaginar. Peguei a máscara, que era mais como uma máscara de festa e coloquei, depois peguei o chicote curiosa. Ouvi a porta do quarto se abrindo e saí do closet.
-O que você está fazendo aí? – ele perguntou, não parecia irritado só curioso.
-Eu estava curiosa – falei, bati o chicote na palma da minha mão levemente, ele olhou para mim e ficou um pouco alterado.
-O que aconteceu com ela? – perguntou como se tentasse desviar sua atenção.
-Acho que caiu. – respondi, ele colocou a xícara com o café na penteadeira e a pegou no colo colocando-a na cama.
-Finalmente ela dormiu, fala demais sã imagina bêbada. – ele resmungou.
-Eu que o diga. – falei, então um silencio tomou conta do quarto, ele ficou me olhando sem saber direito o que dizer ou o que fazer.
-O que você está fazendo aqui? – ele quis saber.
Me aproximei dele e bati de leve o chicote contra seu peito nu. Olhei diretamente em seus olhos.
-Você disse que gostava de presentes que era entregues pessoalmente. – os lábios dele se entreabriram um pouco, eu sorri passando a ponta da língua nos dentes. – Acho que você deveria me ensinar como se usa isso. – disse batendo-o novamente com o chicote.
Seus olhos chegaram a brilhar com a ideia, sua mão direita parou na minha cintura puxando-me para frente com força, colando nossos corpos. Ele retirou minha máscara e a jogou em qualquer lugar do quarto. E finalmente nossos lábios se encontraram em um beijo feroz. Seus lábios eram melhor do que eu já havia imaginado, sua mão percorria todo o meu corpo causando em mim muitas sensações maravilhosas. Ele mordeu de leve meu lábio inferior e depois atacou meu pescoço, me fazendo arrepiar. Com experiência, ele me ergueu em seu colo, cruzei minhas pernas em volta da sua cintura e ele caminhou até a cama, me deitando sobre ela e vindo sobre mim.
Continuou a beijar meu pescoço enquanto eu ainda permanecia com as pernas cruzadas em seu corpo. Olhei para o lado e sorri vendo-a dormir tranquilamente ao nosso lado.
-Acha que ela se importa? – perguntei arfando.
-Acho que ela não está em condições de decidir nada – ele disse dando-me um chupão forte no pescoço. Eu gemi.
-Bem do jeito que eu queria – falei.
-Você é realmente má, Ms. – falou me olhando, apertou seu pau contra minha intimidade que implorava por tê-lo. Ergueu mais o meu vestido e levou suas mãos até lá, sorrindo em seguida.
-Sem calcinha? Uma moça decente não deve andar por aí assim.
-Acontece que não sou uma moça decente – falei o beijando novamente com força, seus dedos acariciaram meu clitóris me fazendo gemer. Logo ele me penetrou com um dedo.
-Tão molhadinha... – sussurrou com a voz rouca no meu ouvido.
-Acho que pode ser um pouco mais cruel comigo – falei gemendo mais alto, então ele me penetrou com mais um dedo, quase gritei mas mordi o lábio com força para não fazê-lo. Ele sorriu, satisfeito ao me ver tão excitada apenas com seus dedos maravilhosos. Enquanto me dedava com força, beijava todo o meu pescoço subindo até meu rosto e encontrando minha boca. Levei sua mão até seu pau que já estava duro, e enfiei minha mão por dentro da calça de moletom, ele deu um leve gemido. Ia trocar nossas posições, ficando por cima dele quando Natalie com um impulso se inclinou e vomitou ao lado da cama, vomitou como se tivesse colocando um rim para fora. Jared e eu nos entreolhamos, ele saiu de cima de mim e eu revirei os olhos.
-Acho que ela conseguiu acabar com o clima – ele disse, ajeitei meu vestido.
-Acho que você tem um quarto para limpar – falei, ele bufou. – de qualquer forma, eu adorei seus dedos... – me aproximei novamente dele. – mas acho que é melhor eu ir.
Ele reprimiu o lábio.
-Tchau Jared. – falei dando um beijo em sua bochecha.

A acompanhante (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora