Heart wants what it wants

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“Você me pegou em algo que eu não posso comparar com nada, nada com que eu esteja familiarizada mas eu espero que eu sobreviva a essa febre"

-Não Faz sentido algum, as contratações aumentaram depois do nosso leilão é impossível que os lucros estejam tão baixos – Lizzy disse inconformada olhando para a tela do notebook. – tem alguma coisa errada aqui.
-Não seja tão bobinha, Lizzy – disse Lila – é óbvio que os lucros não aumentaram, nós precisamos começar a exigir mas na parte do cachê das garotas, porque não deixamos elas com trinta por cento e a gente com o resto? O problema é que damos mais dinheiro para elas.
Os enormes cílios de Lizzy bateram um contra o outro claramente indignada no que acabara de ouvir, eu sabia disso porque minha expressão foi a mesma. Como Lila conseguia ser tão gananciosa?
-Não seja estúpida Lila – respondeu a morena – as meninas fazem um trabalho maravilhoso, todas seguem as nossas regras á risca, e o que vamos fazer? Tomar mais dinheiro delas?
Lila deu de ombros.
-Fazem mais que a obrigação delas. – disse com desdém, Lizzy me encarou com a boca aberta sem saber o que responder a amiga, esperou que eu dissesse alguma coisa mas apenas suspirei.
-Não vamos diminuir o cachê das meninas, Lila, nem mandá-las embora – falei calmamente e ela torceu o nariz se levantando.
-Quer saber, Margot? Eu acho que alguém esta nos roubando. – Lizzy falou por fim deixando um silencio na sala por alguns segundos, que foi interrompido por uma gargalhada de Lila.
-Roubando? Não seja paranoica, Liz, não é só porque você namora um traficante de armas que significa que todos ao seu redor são bandidos. – Eu vi os lábios grandes de Lizzy se entreabrirem surpresa pelo o que Lila disse, por outro lado, a loira não parecia se importar em ofender a nossa amiga – pelo que sabemos, ate mesmo Jax e a gangue de motoqueiro dele poderiam estar roubando a gente...
Eu encarei Lizzy que pareceu desesperada ao ouvir aquilo.
-O que? Não seja ridícula, Lila! Jax nunca roubaria á mim e a Margot! – ela se levantou ficando a altura de Lila – porque entre eles existem uma palavra chamada lealdade, talvez você devesse pesquisar sobre.
As duas estavam frente a frente, peitando-se e eu sentada assistindo aquilo pela milésima vez na minha vida, estava tão exausta de tudo que apenas suspirei e me levantei ficando entre elas. Lila encarava Lizzy com raiva, mas não tinha coragem o suficiente para erguer a mão para ela já que Lizzy já tinha quebrado a cara dela umas cinco vezes no passado.
-Ok, agora chega! – falei empurrando-as – nós vamos dar um jeito nisso, ok? Agora cada uma pro seu canto.
Lila foi a primeira a sair pisando fundo e rebolando, claramente irritada.
-Fica esperta, Margot, faz tempo que eu to achando esses números estranhos e não é só eu, Marina também está desconfiada. – falou.
-Falando nisso, cadê ela? – perguntei juntando as sobrancelhas, e por falar nela... ela entrou no meu escritório com os olhos arregalados, parecendo que estava em um tipo de transe ou sei lá o que.
-Você esta bem? – perguntou Lizzy encarando-a.
-Uh? Sim, eu acho que sim – ela respondeu. Mas Lizzy e eu nos encaramos.
-Marina aconteceu alguma coisa? – eu perguntei me aproximando dela e ela piscou, os olhos se encheram de lágrimas e uma delas escorreu pelo rosto pálido de minha amiga.
-Foi o Shannon... – ela balbuciou e eu logo me alterei.
-O que? O que aquele idiota fez? – gritei furiosa – eu vou quebrar a cara dele! Esses Letos são uma maldição na terra! Me fala, o que ele fez?
-Ele me pediu em casamento. – ela respondeu rápido me fazendo petrificar, e então eu entendi toda aquela paralisação. Estava em choque, e eu também estaria se fosse ela.
Lizzy arregalou os olhos e curvou os belos lábios em um sorriso, em seguida abraçando-a.
-Isso é maravilhoso – ela disse – Shannon realmente gosta de você.
-Você acha? – perguntou ela parecendo uma criança indefesa sem saber o que fazer ou qual atitude tomar.
-Claro! – eu que respondi – Shannon nunca teria te pedido em casamento se não gostasse, ou amasse você. E você não estaria com essa cara pálida se não fosse recíproco. – falei e ela me encarou logo depois seu rosto se desmanchou em um sorriso e mais lágrimas, e então notei que se tratava de lágrimas de alegria.
-Ah, eu amo tanto ele – ela disse por fim – eu tentei não amar mas foi impossível.
-Eu sei amiga. – falei abancando-a.

A noite eu fui para casa cansada mas imensamente feliz por Marina, sabia que ela e Shannon seriam muito felizes, nós tínhamos pensado em sair mas eu estava terrivelmente gripada sentindo dores por todo o meu corpo então preferi ficar em casa tomando antibiótico e algum chá natural para curar aquela gripe que acabava comigo. Mas na solidão do meu apartamento uma espécie de melancolia me pegou de surpresa, como se agarrasse meus calcanhares subindo por todo meu corpo até me fechar em uma nuvem escura e mórbida que me fez ficar sentada no sofá por um tempo pensando, eu estava feliz pela minha amiga mas estava arrasada por que sabia que Jared e eu não tínhamos salvação, eu sabia que nós estávamos fadados ao termino, como se estivéssemos amaldiçoados desde o começo, com um beijo de despedida. Era uma pena, uma vergonha, nós fizemos de tudo para ficarmos juntos, nós lutamos contra tudo e todos mas apenas um deslize nosso foi o suficiente para que chegássemos ao fim. Eu me imaginei em alguns anos vivendo sem ele, ou tentei imaginar, mas a ideia simplesmente não entrava na minha cabeça, as imagens que eu tentava projetar não vinham. Eu não sabia se conseguiria viver sem o amor da minha vida, porque por mais que tenhamos errado, ele era o amor da minha vida e eu sentia falta dele o tempo todo, todos os dias. Sentia falta da mulher que ele me fazia se sentir todas as vezes que me abraçava, que me beijava, que me amava. Sentia falta da sua risada alegre ecoando pela casa, da sua voz rouca, de entrar em seu escritório e fechar o notebook só para provocá-lo... sentia falta dele, sentia falta de tudo.
E no meio desses pensamentos alguém bateu na minha porta, dei um pulinho assustada mas logo me levantei para abrir a porta.
-Jared? – abri e ele quase caiu para dentro do meu apartamento mas o segurei, ele estava cheirando a álcool e suas mãos estavam feridas, como se ele estivesse lutando. O canto do olho estava sangrando, e tinha um lábio machucado mas fosse com quem tivesse se atrevido a entrar em uma briga com ele, pelas suas mãos o cara estava totalmente ferrado. As dobras dos dedos estavam vermelhas e muito machucadas. A camisa social branca aberta ate a metade do peito e ele mal conseguia se manter em pé, então tombou em meu sofá.
-Jar... – lamentei o olhando naquela situação.
-Achei que não ia encontrar sua casa – ele disse meio enrolado notavelmente embriagado fazendo meu coração pesar, ele não era do tipo que ficava alterado dessa forma muito menos que arrumava brigas por ai, segurei sua mão acariciando-a, ele deu um leve gemido quando toquei.
-O que você tinha na cabeça? – perguntei com um nós na garganta que deixou minha voz fraca – não pode fazer isso com você mesmo.
Ele se levantou se sentando, mas eu continuei ajoelhada no chão segurando sua mão o olhando de baixo para cima.
-Eu tinha você na minha cabeça – os olhos azuis avermelhados por conta da bebida me encaravam fundo, acabando ainda mais comigo – eu amo você.
Eu fiquei quieta paralisada ali no chão, com uma das minhas mãos sobre minha coxa nua. Eu estava usando apenas uma camiseta e uma calcinha de renda.
Nós ficamos alguns segundos nos encarando e eu comecei a ficar um tanto sufocada.
-Bom, eu vou preparar um café para você e um banho – falei me levantando mas ele segurou minha mão e me puxou, acabei caindo em seu colo e não pude conter a risada.
Droga!
-Ah não, porque você fica aqui comigo? – pediu.
-Porque você está bêbado e eu não gosto de bêbados inexperientes – zombei o fazendo rir – e está sangrando.
O Cabelo dele caia sobre o rosto deixando-o incrivelmente lindo, bêbado e lindo.
-Você me adora – ele falou.
-Como você pode ser tão convencido? – zombei colocando a mexa de seu cabelo para trás, funguei tentando respirar direito. – eu estou gripada e ainda consigo sentir esse cheiro de bebida cara.
Outro sorriso apareceu em seu rosto.
-Eu briguei com um cara – ah qual a novidade? Eu juntei as sobrancelhas.
-Que coisa feia! – fiz uma cara de brava e ele sorriu mas logo abaixou os olhos antes de falar novamente, ele estava acariciando minha coxa.
-Eu briguei com ele porque ele te chamou vadia – falou – Margot, nenhum homem vai te ofender na minha frente e sair bem.
Eu abri os lábios surpresa, ele tinha entrado em uma briga por mim, as marcas em suas mãos eram por minha causa. Jared nunca foi o tipo de cara que arrumava brigas bêbado em bares mas eu não podia negar, ele sempre seria meu herói mesmo que tenhamos perdido nossas cabeças por um instante.
-Você não deveria... – falei acariciando seu rosto.
-Eu faria qualquer coisa por você – ele disse com a voz baixa e tentou me beijar mas por impulso pulei de seu colo.
-Eu vou... vou preparar um café para você e um banho – falei indo para a cozinha como um foguete, eu não estava preocupada com nenhum café mas em respirar. Porra, as palavras de Marina vieram a minha mente “Você vai continuar transando com ele?”, ela estava certa, eu tinha que sair daquele ciclo vicioso, precisava largar meu vicio por ele mas como? Ele complicava tudo, eu queria conseguir odiar ele, queria conseguir deixar ele para trás junto com todos os homens horríveis que passaram na minha vida. Na primeira parte da nossa historia o futuro parecia tão brilhante, e então do nada tudo se tornou tão mal, os vidros pareciam todos quebrados a nossa volta como um lembrete de nossas brigas, era uma luta de cabo de guerra e eu sabia que ele sempre iria ganhar nessa batalha, e o doentio era que todas essas lutas eram o que mantinham minha alma satisfeita. Então talvez eu seja masoquista porque eu tentava correr disso mas na verdade, não queria partir.
Eu fiz o café e voltei para a sala, ele estava deitado novamente, dessa vez sem camisa e eu vi que seu corpo esta machucado, ele tinha arranhões que sangravam.
-Hey – o acordei e ele lentamente abriu os olhos – eu fiz seu café.
E então ele o tomou enquanto eu observava os machucados que com certeza deixariam cicatrizes, fiquei imaginando com quantas pessoas ele havia brigado porque certamente aquelas marcas não tinham sido feitas por uma única pessoa.
-Vamos tomar um banho – falei segurando sua mão e o conduzindo até meu quarto para usar o meu banheiro e ele o fez obediente – vou ligar a banheira e você vai poder...
Fui interrompida por ele que me puxou de volta para si e me beijou com força, pega de surpresa, resisti me afastando.
-Jared... nós não... – balbuciei mas eu sabia que eu era uma grande mentirosa tentando negar a mim mesma que não o queria – que saber, foda-se. – Me aproximei novamente atacando seus lábios, e ele rapidamente passou sua mão por debaixo da minha camiseta grande encontrando minha bunda que ele apertou com força. Nós caminhamos até a cama e eu cai sobre ele, beijando seu pescoço, seu peito nu, sua boca. Tudo nele me excitava, tudo nele me tirava do chão. Ao ficar em cima de mim ele sabia que me tinha por inteira, beijou minha boca, o meu pescoço e sua mão em um ato rápido desceu pelo meu corpo chegando até meu seio, e seguida passou a chupa-los e provoca-los. Sua mão, enquanto sua boca estava ocupada, já estava por cima da minha calcinha pressionando-me um pouco fazendo-me ficar mais molhada. Não aguentava de tanto tesão. Ele foi beijando minha barriga descendo devagar e retirou minha calcinha com a ajuda de sua boca, caralho Jared, aquilo estava perfeito. Passou levemente a língua sobre a minha intimidade, sua mão então estava trabalhando apenas com um dedo enquanto usava sua boca para me chupar fazendo-me gemer como louca. Foi ai que sua outra mão entrou em cena arranhando minha coxa fazendo-me me contorcer pedindo para que não parasse. Depois de tanto me excitar, voltou a me beijar.
Jared parou de me beijar, virando-me de bruços. Ele não esperou eu me recuperar do prazer sentido minuto antes e me penetrou com força, meu gemido saiu como um grito. Enrolou meu cabelo em sua mão enquanto me penetrava com força, sua outra mão apertava minha cintura pressionando-me contra seu membro que me invadia provocando-me uma dor prazerosa que fazia minhas pernas bambearem. Soltava um gemido a cada estocada que recebia dele. Jared debruçou-se sobre mim ainda me fodendo com força e mordeu o lóbulo da minha orelha, descendo pelo meu pescoço. Ele saiu de dentro de mim, virei-me e comecei a chupa-lo. Com todo o seu membro em minha boca ele gemia como louco. Puxou minha cabeça para trás ainda com sua mão entrelaçada em meu cabelos, inclinou-se e beijou-me até que fiquei em pé novamente.
-Você é um grande filha da puta – eu disse entre nosso beijo.
-E você adora – respondeu. Mordi o lábio inferior (uma mania que não perdia nunca). Recebi um belo tapa na nádega esquerda. Jared sentou-se na cama e eu me sentei em cima dele, sobre seu membro. Comecei a “cavalgar” devagar aumentando a velocidade, nossa respiração e gemidos estavam em sincronia.
Quando finalmente gozamos, arranhei suas costas e ele me envolveu em seus braços. Nossos peitos nus se encontraram, e eu me sentia tão protegida de tudo ali com ele.
Ele beijou minha bochecha e eu retribui com um selinho.

A acompanhante (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora