"Meu coração não é a sua porta giratória, que fica girando, girando até eu cair de cara no chão, mas toda vez que você me toca eu esqueço pelo o que estávamos brigando, oh que vergonha de mim mesma por não deixar isso acabar "
-Você sempre sai para tomar café assim tão linda? - Leo perguntou me fazendo sorrir.
-Não estou "linda", apenas me arrumei normalmente - respondi modesta, mas de fato tinha exagerado um pouco mais pensando na ideia de sair para tomar café com ele naquela manhã. Estava usando um vestido vermelho de alcinhas solto, saltos baixos pretos e meu longo cabelo loiro preso em no topo da minha cabeça, usei uma maquiagem natural mas não resisti fazer um delineado com cílios postiços. Nos estávamos em uma cafeteria ah poucos metros do meu apartamento.
-Bom, se esse é o seu comum deve ser uma sorte acordar com você todos os dias. - disse novamente sendo gentil e roubando outro sorriso meu. Eu normalmente não sabia o que dizer frente as suas gentilezas, ele me elogiava, beijava as costas das minhas mãos, abria a porta do carro para que eu entrasse, era com certeza um cavalheiro e mesmo que isso tudo fosse perfeito um sentimento dentro do meu peito me deixava confusa. Eu adorava aquela gentileza, mas não era exatamente de Leo que eu gostava.
-Então, me fale um pouco sobre você - pedi tentando mudar o foco do assunto - você mora aqui na América?
-Na verdade estou aqui a trabalho - ele falou - eu não sei se você sabe da historia toda mas seu marido comprou a empresa de meu pai e vai vende-la em partes como se fosse um carro velho sendo desmontado.
Um traço de raiva pôde ser capturado naquela frase mas tentei ignorar. Eu sabia que havia negócios em que a gente tinha que ser mais racional do que emocional.
-Então eu escrevi um e-mail para ele dizendo o quanto aquilo estava arrasando a minha família e minha mãe que acabara de perder o marido também teria que lidar com a perca da empresa que esteve anos conosco. Mas ele simplesmente ignorou, foi quando decidi vir para os estados unidos.
-Jared e eu não conversamos muito sobre negócios, na verdade eu tento não me meter nas coisas dele. - falei, ele ergueu as sobrancelhas.
-Agora entendo como ele não se importa que você tenha um strip club. - disse e eu não entendi se ele estava me julgando ou apenas fazendo um comentário.
-Na verdade ele me ajudou a construir minha agencia, meu clube. Não que ele tenha pago alguma coisa mas eu mal terminei o ensino médio, não conhecia muitas coisas sobre administração e etc e ele me ajudou. - terminei a frase com a voz fraca lembrando de todas as noites que Jared passara acordado comigo me ensinando sobre negócios, como ele fazia questão de me ensinar sobre matemática, e como ficava orgulhoso quando eu aprendia alguma coisa nova. Como ele me perturbou para que eu voltasse a estudar e ficou bravo quando eu disse que não voltaria, mas então ele decidiu ser meu professor. E que belas aulas nós tínhamos! Eu adorava quando eu tirava A porque significava que ele iria me recompensar.
-Mag... alooo - Leo estalou os dedos na minha frente - você é um pouquinho avoada.
-Sim, as vezes eu viajo um pouco no meus pensamentos - falei e ele sorriu.
-Devem ser pensamentos muito bons já que você estava sorrindo - e eu nem notei que estava. Balancei a cabeça e apoiei os cotovelos sobre a mesa.
-E namorada? Você não parece um homem que fica sozinho por muito tempo - eu estava realmente interessada em saber mais sobre ele. Ele se ajeitou na cadeira e pareceu um pouco incomodado - oh, desculpa eu não quis ser intrometida. - falei rapidamente.
-Ah não se preocupe só que eu nunca falei sobre isso com ninguém.
-Não precisa... - tentei interromper.
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A acompanhante (CONCLUÍDA)
Romance(+18) "Margot era uma acompanhante de luxo, mas não qualquer acompanhante. Era a garota mais requisitada e mais cara da agência. Após ter sido deixada pela mãe aos quinze anos para trabalhar como striper em uma boate qualquer na Califórnia e na busc...