Without me

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“Me diga qual a sensação de estar aí no alto, tão longe de me abraçar? Você sabe que eu te coloquei aí e eu não sei porquê!”

-Vocês vão ficar de papinho ou vão me ajudar? – gritou Marina jogando o véu em cima de nós que estávamos rindo dos surtos dela. Ela estava linda, senão perfeita. O cabelo longo, escuro ondulado preso no topo da cabeça, o vestido longo e cheio com seda que brilhava a cada movimento que ela fazia, mas a cara de espanto e pavor faziam ela parecer a noiva cadáver.
-Tira essa expressão do rosto – falei me levantando – Você está indo se casar não para a forca.
-Ambos são quase a mesma coisa – comentou Lila e eu cerrei os olhos para ela – O que? Você é a prova viva.
-E vocês nem estão prontas! – disse Marina ignorando-nos – Vão se arrumar!
-Ok, chefe! – falei erguendo as mãos e rindo do desespero dela lembrando comigo mesma quando eu estava quase surtando por atravessar um pequeno tapete em direção ao homem que eu amava, que eu amo. Fui para o meu vestiário, meu vestido de madrinha estava lá, vermelho e longo como eu quis e Marina não se importou em conceder meu desejo. Depois que tudo estava finalizado, era chegada a grande hora da minha amiga que tinha as mãos frias. Entraríamos juntas, assim ela quis e eu não pude negar mas no momento que as portas abriram não foi só a respiração dela que parou mas a minha também, ambas olhavam para a mesma direção ela com um sorriso e eu tentando não desabar. Jared e Shannon estavam um ao lado do outro no altar, usando ternos quase iguais. O foco de Shannon era apenas um mas eu corei quando o de Jared se tornou eu, foi como se ele tivesse petrificado me encarando bem ali e eu temi dar o primeiro passo. Pequenos flashes de memória passaram pela minha cabeça, no dia em que tivemos ali, no dia que caminhei de branco até ele e meu coração apertou de tal forma que eu tive que apertar a mão de minha amiga e puxa-la para o primeiro passo ou nós duas sairíamos correndo dali.
-É bom você tomar cuidado – falei para Shannon e ele riu.
-Ou você quebra a minha cara? – falou de forma clichê e eu ri.
-Claro que não, ela mesmo vai fazer isso eu só vou ajudar esconder o corpo. – ele gargalhou e ela apertou minha mão nervosa mas não deixou de rir também, antes de solta-la dei uma breve olhada para Jared que virou o rosto bruscamente, ele não tinha falado comigo a semana toda acreditando fielmente que eu tinha causado o aborto de Amber, e não somente ele acreditava mas eu tentava não pensar nisso muito. Eu estava cansada de tentar provar a verdade, todos acreditavam na pobre e inocente Amber e minha versão era ridiculamente absurda então foi um encarar dos fatos de que eu estava em desvantagem e não havia formas de provar que ela estava mentindo. 
A cerimonia durou quase uma hora, uma hora de tortura tentando me manter ereta em cima daqueles saltos e não sair correndo para vomitar. Ah uma semana que eu não usava nada Além das medicações do meu terapeuta para me manter longe das drogas e estava funcionando, os remédios eram horríveis mas me ajudava com as abstinências porém vez ou outra eu corria para o banheiro para colocar meu órgãos para fora.
-Agora você é oficialmente uma Leto! – comemorou Cara abraçando-a, já estávamos na festa do casamento, elas já estavam alteradas mas eu estava evitando bebidas e preocupava-me mais com minha filha correndo o salão com outras crianças. Mas quando Cara se aproximou eu não sabia se eu deveria ou não falar com ela.
-Hey, só porque não está mais com meu irmão não significa que não deva falar mais comigo. – ela disse me abraçando e então aquele peso foi embora.
-Eu fiquei tão preocupada de você não querer falar comigo mais – disse aliviada
-O que? Você está brincando! Eu sei que você não teve intenção... – ela começou a falar se jeito mas eu a interrompi.
-Espera, você realmente acredita que eu fiz aquilo?
-É que eu vi você batendo nela!
-Não, ela se jogou contra a mesa, ela acertou a luminária na própria cabeça. – falei tentando fazer ela desesperadamente acreditar em mim – eu tenho meus defeitos mas eu nunca provocaria um aborto! Não depois de eu ter quase perdido Hannah quando aquela louca me jogou da escada.
Uma pontada de dor veio no meu coração me lembrando daquele dia. Era verdade, eu sabia o desespero de uma mãe ao pensar em perder seu filho e por mais que eu odiasse Amber eu nunca desejaria tamanha dor a alguém. Marina que estava próxima segurou minha mão. 
-Eu sou sua melhor ah anos, e eu sei todas as merdas que você já fez e eu sei também que você seria incapaz de machucar alguém assim, o que a sua família está fazendo com ela é cruel – disse Marina para Cara que relaxou os ombros.
-Ah Mag, me perdoa! Eu não sei o que eu estava na cabeça em acreditar naquela piranha – falou me abraçando – mas essa garota precisa de um psiquiatra, porque ela faria isso consigo mesma?
-Para me culpar – falei de prontidão – e causar isso.
Olhei para Jared do outro lado do salão, ele mal se dignava a chegar perto de mim ou olhar para a minha cara e aquilo doía tanto. Cara puxou minha mão e me arrastou pelo salão em direção a ele mesmo que eu insistisse que não fizesse mas não consegui impedir, ela olhou para ele nos olhos e colocou as mãos na cintura.
-Cara... – disse sem entender nada.
-Você é um babaca – ela falou – e dos grandes, sabia?
Eu virei a cabeça para o lado tentando não dar risada, ela estava bêbada e irritada a situação no geral não tinha nada de engraçado mas não pude me conter, a única coisa que tirou meu sorriso do rosto foi os braço finos que passaram-se pelos de Jared.
-Meu Senhor! – exclamou Cara – e quando eu penso que você não pode piorar as coisas, da onde você tirou essa criança?
Nós encaramos a garota loira que tremeu sobre o meu olhar. Babsy! Eu havia dito para ela ficar longe dele mas mesmo assim ela se atreveu a desobedecer minhas ordens. Cara balançou a cabeça indignada e saiu batendo o pé firme, mas eu me mantive ali para aplaudir o casal da noite.
-S-senhorita – ela me cumprimentou abaixando a cabeça fingindo-se de sonsa.
-Saia daqui – falei e ela balbuciou – agora!
E ela saiu a contra gosto mas saiu, o encarei tentando não demonstrar ser uma idiota ciumenta mas era muito difícil.
-Qual o seu problema com loiras?
Ele riu pelo nariz.
-Qual o seu problema com a loira? – ele disse ajeitando o terno – precisava de uma companhia para hoje a noite... falando em companhia onde está o seu cachorrinho?
Fechei a cara mais irritada e não pelo o que ele disse mas lembrando de Léo e em como eu fugi do apartamento dele ah dois dias como uma louca após ele me fazer uma proposta absurda. Sim, absurda! Eu disse a ele que pensaria mas na verdade estava apenas inventando uma forma de dizer não sem parecer tão egoísta e manipuladora porque era claro para qualquer um que eu estava usando-o para não ficar sozinha o que fazia de mim uma péssima pessoa.
-E por que você não trouxe a Amber? Ah, ops, acho que ela precisava ficar um pouquinho no hospital – falei irônica sendo uma vadia má e egoísta mas a expressão que ele fez de raiva até que foi deliciosa, atingi-lo da forma que ele me atingia.
-Você machucou ela – ele disse.
-Eu não toquei naquela vagabunda – afirmei me aproximando dele e colocando a mão sobre seu peito, respirei fundo deixando o perfume entrar pelas minhas narinas e me manter calma. O encarei de baixo para cima e mordi o lábio inferior – eu não a fiz perder o seu filho, eu não seria capaz de te machucar assim.
Minha voz saiu mais pesada do que deveria mas percebi como ele ficou balançado ao ouvir aquilo, perdido dentro de si mesmo sem saber em qual versão acreditar o que me dava o direito de apelar pela minha inocência.
-Você me conhece, assumo meus erros quando são meus, não suporto você me olhando dessa forma por algo que eu não fiz  - concluí ainda o encarando, o coração dele pesou dentro do peito e eu soube disso pela forma que ele me olhou.
-Eu preciso ir – foi a resposta fria que recebi dele mesmo após conta-lhe a verdade e tentar ser mais transparente o possível, balancei a cabeça um tanto perdida e pretendi ir embora mas anunciaram a dança da noite tendo que o casal ir para pista e Mary me implorou para que eu ficasse.
-Eu nunca imaginei que viveria para ver essa cena – disse Jared fazendo todos rirem ao subir no palco com a banda e falar ao microfone – e então eu preparei algo especial para vocês dois, não sou de cantar muito ao público mas farei isso por vocês. 
Em seguida a iluminação diminuiu deixando apenas alguns pontos claros de iluminação, a pista onde Shannon e Marina estavam abraçados era onde se concentrava o maior foco de luz que podia ter ali e toda nossa atenção estava neles, enquanto eles dois perdidos neles mesmos. O som do teclado começou em seguida os pratos da bateria tocaram levemente.
-Oh think about on the younger years, there was only you and me. We were young wild and free... – A voz de Jared soou pelo salão rouca e totalmente perfeita, abracei Hannah que estava sentada em meu colo mas eu já não olhava para o casal e sim para o homem perfeito com uma voz linda cantando e me encantando uma vez mais – Now, nothing can take you away from me we,ve been down on that road before but’s over now, you keep me coming back for more...
A bateria tocou um pouco mais alto novamente, a melodia em total sincronia com a voz dele, ele era perfeito cantando e quando olhei para os lados percebi que eu não era a única a reparar isso. Algumas mulheres olhavam para ele encantadas, maravilhadas, Babsy se aproximou do palco o olhando de perto e estendendo a mão para ele como se fosse a mulher em quem ele estava pensando e em certo minuto eu temi que fosse pois ele olhou para ela e sorriu descontraído mas depois voltou novamente para o centro do palco antes de retornar ao refrão.
-And Baby you are all the i want when you’re lying here in my arms, i'm finding it hard believe that we are in heaven, and love is all that i need and i found it there you heart ins't hard to see we are in heaven...
Os olhos dele focaram em mim durante esse verso e eu não consegui desviar daquela linha imaginaria que ligava nós dois. Não pude olhar para nenhum outro lugar, ele estava cantando para mim. Estava declarando aquelas frases unicamente para mim quando havia outras mulheres ali encantadas por ele, quando eu estava sendo acusada de bater em Amber... ele ainda me amava. Ele ainda me amava? Minha cabeça estava uma confusão e como eu quis que estivesse tudo bem entre a gente, era muito difícil aceitar e encarar os fatos de que não estávamos mais juntos, que havia um processo de divórcio entre nós dois e ele cantando daquela forma só deixava as coisas piores.
-...Yeah, nothing could change what you mean to me, Oh, there's lots that I could say but just hold me now 'Cause our love will light the way...
Eu abraçaria ele quantas vezes fosse necessário se nosso amor fosse realmente capaz de ascender o nosso caminho, o abraçaria para sempre porque ele sempre será o homem que eu mais amei na minha vida 
Assim que ele terminou de cantar eu quis correr até seus braços, atravessar aquela multidão que nos separavam, ignorar os aplausos e simplesmente correr para abraça-lo e beija-lo mas alguém foi mais rápida do que eu, quando me levantei na intensão de alcança-lo Babsy já havia se jogado nos braços dele e estava distribuindo beijos pelo rosto enquanto nossos olhos se cruzaram mas eu desviei.
-Hannah, você fica aqui com a vovó, a mamãe já volta – falei dando-a para Constance e saí em passos firmes procurando pela saída mais próxima e assim que achei me inclinei vomitando, não sei bem o que me deu enjoo, os remédios ou Babsy agarrando-o daquela forma.
-Você está bem? – ouvi uma voz masculina familiar soar.
-Eu estou bem! – respondi ríspida limpando a boca com as costas da mão e me ajeitando para ver o Dr. Hunt parado com as mãos no bolso da calça, o que ele estava ali? – Dr. Hunt?
A única explicação lógica era que Shannon o havia chamado mas pelas suas roupas eu deduzi que não.
-Eu sei que é estranho me ter por aqui essa hora, na verdade eu estava agora mesmo procurando alguém que pudesse chamar seu marido aqui fora...
-Ele não é mais meu marido – respondi me aproximando. – mas eu posso chama-lo se você quiser.
-Não! – ele alterou um pouco a voz – é um assunto um tanto delicado.
Ergui as sobrancelhas e cruzei os braços.
-Então... – fiquei confusa.
Ele olhou em volta como se estivesse checando se alguém estava nos ouvindo e parecia travar uma luta consigo mesmo sem saber se deveria ou não falar mas encheu o peito tomando coragem e se aproximou mais.
-Eu queria que você soubesse que eu atendi Amber – falou e revirei os olhos, até ele iria me acusar?
-Olha se você veio me...
-Ela é muito boa em conseguir o que quer, sabia? – ele me interrompeu – e nós tivemos um romance curto... eu sabia que ela estava me usando mas não pude resistir.
Ele mordeu o lábio interior com força como se estivesse com muita raiva.
-Ela jurou que ficaríamos juntos – disse lamentando-se.
-E você acreditou? – perguntei cruzando os braços e erguendo a sobrancelha, ele riu um tanto desesperado.
-Eu só precisava fazer um favor, mas eu fiquei com receio de falsificar um exame então coincidentemente você estava na minha clínica na mesma noite em que ela me pediu... – ele puxou o ar novamente para dentro dos pulmões e se calou olhando em volta me deixando apreensiva – então, Margot, eu posso ter acidentalmente trocado os nomes no exame.
A voz dele me soou como um trovão ou um raio que me atingiu com força percorrendo todo o meu corpo trazendo uma onda de choque e dor. Ao mesmo tempo que eu entendi também não entendi.
-Ela me deixou por causa dele e eu como médico devo ser honesto com meus pacientes.
Eu levei minha mão até minha barriga desesperada.
-Você que dizer... eu... eu – eu não conseguia formular a frase.
-Amber nunca esteve grávida, o sangue que você viu escorrer quando ela se jogou contra mesa foram retirados da minha clínica, um plano detalhado para te culpar. – sua voz soava fraca e triste, Amber o havia iludido feito-o se apaixonar por ele mas com certeza não contava com a ideia dele se virar contra ela após uma desilusão – o exame positivo é seu, Margot, você está gravida de quatro semanas de acordo com meus cálculos.
O raio que me atingiu agora não me deixava somente chocada mas paralisada, estática o encarando como louca. Eu estava grávida! Aquilo só podia ser brincadeira, então todos aqueles enjoos e vômitos, dores, não eram minha abstinência mas sim uma vida que se formava dentro de mim, Jared não perdera um filho, ele tinha ganhado outro. Levou alguns segundos para digerir o que ele acabara de me falar e como uma criança esperançosa corri de volta para o salão, eu estava odiando o dr. Hunt e com certeza faria com que ele perdesse a licença medica mas precisava dizer a verdade aquele foi o primeiro raio de luz que se ascendeu entre nós em meses, olhei em volta, todos estavam dançando, se divertindo mas ele não estava ali.
Passava por entre os corpos em movimento o procurando como louca até que alguém me indicou o banheiro, e foi pra lá que fui.
-Você gostou? Posso fazer muito mais se formos para a sua casa – a voz de Babsy soou por detrás da porta, e meu estômago revirou novamente.
-Eu acho melhor voltarmos – ele disse com firmeza e então eu empurrei a porta com força, ele estava encostado na pia com a camisa aberta, o jeans desabotoado e Babsy com o vestido mais curto um pouco abaixada a sua frente, a cena era clara de que ela estava chupando ele mas a onda de energia que percorria meu corpo era tanta que eu mal me importei com aquilo.
-O que você está fazendo aqui? – ela disse mas logo se arrependeu com apenas um olhar que lancei. Me aproximei dela e cruzei os braços a encarando de cima para baixo.
-Você está fora do meu clube, não é mais uma das minhas garotas. – falei normalmente e seu queixo caiu.
-O que? Por que? – a voz irritante indignada soou
-Eu disse para ficar longe dele! – vociferei – saia agora!
-Não pode fazer isso comigo.
-Eu posso – respondi arrogante – além do mais nem ele quer você.
Nós duas o encaramos calado ali.
-Jar... – segurou seu braço mas ele virou o rosto. Passei a mão no cabelo loiro dela e ri.
-Jared não gosta de prostitutas baratas que só quer o dinheiro dele, não é, baby?
Ela fechou a cara para mim e ele apenas balançou a cabeça.
-Fodam-se!
Ela gritou saindo batendo o pé com força no chão me tirando algumas risadinhas mas ele parecia tão confuso que mantinha aquela expressão melancólica que não combinava nada com ele.
-Você não vai deixar nenhuma mulher se aproximar de mim mais ou o quê? – perguntou ríspido.
-Não estava atrás de você por causa dela...
-Você tem que parar com isso! – dessa vez ele vociferou – o que você quer, uh? Me levar a loucura?
-Não mas... – tentei falar.
-Nós terminamos! Acabamos! – afirmou – entenda isso que você quis assim e não vamos voltar mais.
-Apenas me escute – gritei.
-Você matou meu filho! – ele gritou de volta me deixando estatística e assustada, além de nervosa. Em um segundo toda aquela esperança, aquele papo de luz para nossos caminhos, tudo desapareceu. Tudo havia voltado a ser escuridão novamente.
-Você realmente acredita nisso? – perguntei e ele mordeu o lábio mantendo a mandíbula travada. – Ótimo! Você pode me odiar mas não sabe o erro enorme que está cometendo.
Segurei seu queixo apertando minhas unhas
-Se você me odeia tanto porque estava cantando para mim? Me diz qual a sensação de estar tão longe de mim? Sem mim?7
-Hoje é a mesma de estar tão perto – eu me afastei querendo não entender aquilo daquela forma, talvez ele estivesse apenas querendo me ferir e se foi isso ele conseguiu pois apenas saí dali e notei que nossa briga tinha chamado atenção demais quando algumas pessoas ficaram me encarando enquanto eu passava. Hannah estava com Constance e foi a última preocupação que eu tive antes de entrar no meu Aston e dirigir até o hotel de Léo que abriu a porta surpreso.
-Você parece que está fugindo da polícia – ele disse assim que entrei como um foguete.
-Quase isso – respondi mergulhada nos meus pensamentos que estavam me sufocando – eu pensei na sua proposta e a resposta é sim.
Minha voz soou estranha até mesmo para os meus ouvidos, uma pontada de racionalidade me tocou dizendo que eu me arrependeria depois mas eu permaneci firme e não iria voltar atrás, eu já tinha tomado minha decisão.

A acompanhante (CONCLUÍDA) Onde histórias criam vida. Descubra agora