“Eu sou mais forte do que todos, exceto quando se trata de você”
Eu acordei dolorida, e com muita dor de cabeça. Demorou um pouco para eu perceber que estava em casa, na minha cama, de roupa de dormir, cabelos molhados e limpa. Totalmente ao contrário do que imaginei que acordaria essa manhã, com ressaca e acabada como sempre.
Me levantei, troquei minhas roupas e desci, vendo Jared brincar com Hannah na piscina pela janela da sala, eu achei que ele tinha saído cedo para trabalhar até que me lembrei da noite anterior, lembrei de fechar um contrato verbalmente com um viciado, e depois de me sentir culpada e beber até esquecer meu nome, chorar até desidratar e depois dele, de implorar como uma louca para ele ficar comigo. Bom, não lembro muito do que aconteceu depois além da Lamborghini roxa e alguns flashes dele me banhando.
Porra! Eu tinha fechado um contrato verbalmente, eu tinha que começar resolver aquelas coisas antes que aquele imbecil vendesse para outra pessoa e Jared, Jared cuidou tão bem de mim na noite anterior isso significava que estávamos bem? Eu não sei mas iria descobrir.
Peguei café na cozinha e fui até a piscina, ele me olhou e depois abaixou a cabeça rapidamente, me sentei na cadeira e fiquei observando-os brincando.
-Está bem quente hoje – ele disse.
-Vem mamãe! – Hannah pediu, eu sorri para eles ainda me sentindo mal com toda aquela história com Bradley.
-Eu queria mas a mamãe tem que trabalhar – respondi.
-Ah, a mamãe podia ficar em casa hoje com a gente, não é Hannah? – Jared a animou, bom parecia que estava tudo bem. Mas infelizmente eu realmente tinha que trabalhar. Jared deixou Hannah na piscina pequena e veio até a borda da outra, me sentei molhando apenas meus pés.
Ele ergueu os olhos para mim, ainda mais lindo com a luz do dia refletindo sobre eles.
-Precisamos conversar – ele disse com a voz pesada e eu já imaginei sobre o que ele queria falar.
-Eu sei... eu sei – respondi abaixando os olhos e depois voltando a olha-lo – podemos falar sobre isso quando eu chegar? Eu fechei um contrato com um idiota e vou abrir meu segundo clube – falei um tanto animada, e ele sorriu.
-O que? Isso é fantástico! – respondeu – então acho que você precisa estar totalmente focada nisso hoje, não é?
Balancei a cabeça e então ele colocou a mão molhada na minha coxa.
-Eu te amo, Margot, nunca se esqueça disso – ele falou me olhando nos olhos como se eu o estivesse deixando, eu sorri um pouco perdida. É claro que eu não esquecia, eu sabia que aquela era a forma dele de dizer que me perdoava.
-Eu te amo também – respondi passando a mão no rosto molhado e beijando-o.
Depois de me despedir deles fui para o clube, era de tarde então estávamos fazendo uma faxina no local e revendo todos os procedimentos de segurança para que eu não levasse uma multa futuramente. É incrível as coisas que você pode encontrar em um clube depois de uma noitada, eu podia ficar rica só com os achados e perdidos.
-Brad! O que você está fazendo o aqui? – ouvi Lila dizer e me virei, ele estava lá sorrindo.
-Vim ver uma pessoa – ele respondeu.
-Nós estamos ocupadas, se você quiser ajudar na faxina... – falei ríspida e ele riu novamente tentando não se sentir ofendido.
-Eu não vim ver você, Magzinha. Vim ver a Ash.
Ele respondeu sorrindo próximo ao meu rosto. Ash?
Antes que eu pudesse perguntar quem era, Ashley veio correndo por trás de mim e o abraçou dando-lhe um super beijo. Ashley era uma acompanhante, e uma stripper. Nós a chamávamos de Halsey, pois era o seu codinome uma brincadeira com as letras de seu verdadeiro nome. Ela era bonita, alta, sexy com seus longos cabelos escuros além de todas as tatuagens que a deixava mais atraente.
Eu fiquei olhando enquanto ele grudava a boca nela, indignada.
-Oh, Ash tem muitas coisas para fazer – eu falei incomodada com eles dois, os dois me olharam finalmente se soltando.
-Achei que você podia me liberar por uma ou duas horas – ela me respondeu abaixando as sobrancelhas. Eu me irritei, ela estava querendo ser liberada para ficar se agarrando com ele.
-Claro que não – respondi – nós temos muita coisas para fazer e você tem um encontro hoje, vá se preparar!
-Ta bom – disse chateada por eu não a ter liberado e depois de beija-lo novamente saiu, Bradley rindo se sentou em uma das cadeiras e apoiou os cotovelos no balcão.
-Qual o problema dela sair por uma hora? – perguntou debochado. Me virei brava e joguei o pano que estava em minha mão nele.
-Você não pode namorar as minhas garotas! – falei firme.
-Por que não? – quis saber e eu procurei na minha cabeça uma resposta óbvia para aquilo e não encontrei.
-Apenas fique longe delas, você só quer brincar com elas. – falei como uma idiota arrumando uma justificativa.
Ele franziu a testa e ficou me encarando me deixando sem graça.
-Estou sentindo um ciúmes no ar? – falou e eu olhei para ele com os olhos arregalados. Ciúmes?
-Cala a boca! – disse mais irritada – isso não é ciúmes, você simplesmente tem que parar de ficar me rodando.
-Não tenho culpa de ter gostado da Ashley.
Revirei os olhos.
-Você é um idiota. – falei.
-E você me beijou. – senti um peso sobre meus ombros.
-Bradley... podemos não falar disso? – pedi juntando as sobrancelhas, logo agora que Jared e eu estávamos bem.
-Você quer que eu finja que não aconteceu? – ele se levantou da cadeira e falou baixo entredentes. Eu olhei em volta antes de olha-lo novamente.
-Eu só estou pedindo para você esquecer isso. – mas ele pareceu mais ofendido ainda jogando o cabelo para trás.
-Por quê? Por que foi um erro ou por que você não quer ferir seu maridinho?
Céus, eu odiava quando ele usava aquele tom.
-Jared me perdoou. – respondi sentindo aa bochechas queimarem e ele balançou a cabeça jogando novamente o cabelo para trás, irritado, alterado
-Te perdoou ou a consciência dele está pesando? – ele finalmente disse como se algo estivesse preso em sua garganta e ele lutasse muito para não arrancar, eu apenas fiquei calada com medo do que aquelas palavras estavam sucedendo.
-Eu não posso te provar nada, Mag, mas a Amber não é um doce de pessoa, ela não é a garotinha ingênua que aparenta ser. Tenha cuidado, por favor.
Ele falou de uma forma que fez todo o meu corpo estremecer como se algo muito ruim fosse acontecer. Eu não sabia se podia acreditar nas palavras dele, se ele estava sendo exagerado ou apenas com raiva de min por me negar a sentir novamente o amor que eu tinha por ele, mas eu sabia que minha cabeça estava uma bagunça, eu não sabia direito o que pensar, muito menos quais eram as perguntas certas a se fazerem.
-Eu não estou entendendo...
Ele se aproximou e segurou meus ombros com suas mãos.
-Apenas tenha cuidado com as pessoas ao seu redor, ok? Nem todos são realmente seus amigos e as pessoas podem tentar te ferir.
Eu estava começando a ficar assustada com aquilo que ele estava falando, então ele apenas me abraçou. Quando Bradley foi embora eu fiquei pensando nas coisas que ele me disse e criando na minha cabeça diversos tipos de teorias, todos os acontecimentos dos últimos dias estavam me levando a loucura, então voltei para casa um pouco cansada psicologicamente e encontrei Jared na cozinha mexendo no celular, assim que eu entrei ele o guardou.
-Oi, onde está Hannah? – perguntei.
-Ela dormiu, eu decidi não trabalhar hoje e ficar em casa com ela. – ele respondeu. – Mag, nós precisamos conversar.
Ele disse e eu senti como se o ar estivesse mais pesado, mais difícil de respirar.
-É sobre Bradley? Eu sei, eu deveria conversar com você e não ir encher a cara como uma bêbada irresponsável... – eu comecei a falar disparada me sentando ao seu lado e segurando sua mão, ele apertou as minhas e respirou fundo.
-Não é sobre Bradley, exatamente. – respondeu e a cada palavra era como se algo horrível estivesse prestes a acontecer.
-E então???? – perguntei totalmente confusa, ele virou o rosto e então eu percebi as marcas, e alguns arranhões que fugiam da gola de sua regata vindos de seu peito – Oh, eu acho que eu preciso parar de marcar você assim
Falei rindo, mas ele permaneceu sério.
-Mag, não foi você quem fez isso em mim... – sua voz pesou, eu dei risada novamente acreditando que aquilo era uma piada porque tinha que ser, certo? Tinha que ser a porra de uma piada!
-Pare de brincadeira! – falei rindo ainda.
-Eu te trai com outra mulher ontem! – ele falou tão rápido que eu só consegui parar de rir e ficar olhando para ele ouvindo cada batida do meu coração, esperando que logo ele iria partir e se rasgar dentro do meu peito, eu não queria me mover porque cada parte do meu corpo estava doendo. Jared ainda me olhava, com as sobrancelhas juntas, apertou minhas mãos e eu as puxei, tentando digerir, decifrar, entender o que ele estava me dizendo
-Diz alguma coisa por favor – ele pediu.
Mas eu não conseguia olhar para ele muito menos dizer alguma coisa como se houvesse um nó na minha garganta. Eu abri a boca mas nada saiu.
-Eu saí para espairecer, como eu te disse, Shannon me chamou para um clube com Ian e Amber, eu bebi demais, eu estava arrasado com o que tinha acontecido e então...
-Para! – falei antes que ele me torturasse mais – eu não quero ouvir como você fodeu uma prostituta porque estava com raiva de mim.
Ele ficou quieto me olhando, seu peito subia e descia mostrando o quanto aquilo era difícil para ele também
-Mag, não foi uma prostituta, foi a Amber – e quando ele disse aquilo meu mundo parecia ter se reduzido a pó, eu levei a mão ao rosto talvez para abafar o grito que se formou na minha garganta, um grito de dor, de raiva, que também rapidamente foram parar em meus olhos que derramaram lágrimas. Eu os apertei fundo sentindo aquela dor percorrer meu corpo e me inclinei na cadeira, como se estivesse sentindo uma grande dor de barriga.
-Ah meu Deus! – eu murmurei já sendo afogada por lágrimas.
-Me diz alguma coisa, por favor – ele implorou, eu o fuzilei com os olhos, machucada, magoada, eu tinha raiva dele e ao mesmo tempo fiquei imaginando o que seria de nós dois.
-Isso foi ontem? – perguntei tentando montar um quebra cabeça que se formou na minha cabeça naquele momento. Ele assentiu com um leve movimento se cabeça – quer dizer... Você foi até o clube me comer depois de ter fodido sua amantezinha?
Eu falei ríspida, enojada. Seus olhos saltaram para fora.
-Não, quer dizer, eu fui até o clube conversar com você mas você estava bêbada, triste, eu não tive coragem Margot. – ele estava começando ficar um pouco desesperado e deveria.
Eu dei um soco na mesa irritada com as lágrimas que se formaram em meus olhos, malditas lágrimas. Eu não sabia exatamente como me sentir em relação a isso, se eu deveria odiá-lo ou deveria sei lá, tentar compreender. O que a gente faz nessas situações? Eu deveria... deveria... eu não sei o que deveria porque tudo que eu queria fazer era chorar.
-Mag... – ele tentou me tocar novamente mas eu não deixei me levantando.
-Não! Não venha tocar em mim depois de você ter tido a coragem se fazer o que fez! Pelo amor de Deus, Jared. Por que você fez isso? Foi por que eu beijei o Bradley? Você está querendo se vingar de mim?
Bombardeei ele não com palavras, mas com gritos, com lágrimas.
-Não! É claro que não.
Eu não sabia se queria ouvir as justificativas dele para o que ele havia feito eu não sabia de nada. Só queria ser capaz de suportar a dor que atravessava meu peito de forma alucinante, como se meu coração estivesse pesando dentro do meu peito. Eu estava sentindo tudo ao mesmo tempo, todas as porra dos meu sentimentos.
-Eu nem consigo olhar para você – falei sendo afundada em lágrimas então ele se aproximou demais de mim, tentou me abraçar mas eu me debati sobre seus braços e corri. Sem rumo, sem saber direito para onde deveria ir, entrei em meu carro e fugi desnorteada, era difícil enxergar o mundo em meio as lágrimas. Tudo passava na minha cabeça de uma vez só enquanto eu acelerava nas ruas da Califórnia, ele me ligava mas eu estava tão furiosa, tão devastada que joguei meu celular pela janela. Sem conseguir mais aguentar, estacionei o carro no meio fio da calçada e desatei a chorar como uma idiota, me perguntando o que tinha acabado de acontecer entre a gente. Estávamos muito bem, e de repente, de repente tudo veio a baixo. Como nós conseguimos deixar isso acontecer?
Meu peito doía tanto que parecia que iria me engolir em dor e tristeza. Eu precisava fazer aquilo parar, precisava que aquela dor fosse embora urgentemente porque eu não estava com raiva, eu queria conseguir odiar aquele idiota mas eu ainda o amava, e doía, naquele momento amar ele era muito doloroso e eu não queria sentir nenhuma porra de sentimento, queria estar entorpecida para que talvez o peso na minhas costas não fosse assim, ah meu Deus, eu queria ter ar suficiente nos meus pulmões para poder gritar, eu sentia que estava caindo em um buraco e eu só não queria sentir aquela porra. Então liguei o carro e saí, fiz uma parada rápida e prática em um dos clubes que eu conhecia muito bem da minha adolescência, depois segui para o The Joker e como um foguete atravessei aquelas pessoas em direção ao meu quarto/escritório.
Minha mão fechada enquanto eu andava para um lado e para o outro perdida no que eu queria fazer, no que eu deveria fazer e no que eu não sabia o que fazer. Tudo em mim era confusão.
A minha porta foi aberta e eu me assustei achando que era ele, mas na verdade era Bradley.
-Vai embora! – falei ainda andando de um lado para o outro.
-Não, não com você desse jeito. – ele disse se aproximando, eu não conseguia segurar minhas lágrimas, não conseguia pensar. Eu estava tão magoada que estava sufocando.
Eu olhei para ele, eu não queria que ele fosse embora, eu não queria ficar sozinha porque se eu ficasse eu sabia, sabia que iria ser fraca... e ele também sabia.
-Você soube, não foi? – ele perguntou com medo, em choque eu olhei para ele.
-Como você sabe? – perguntei quase que sem conseguir formular as palavras.
Ele pensou um pouco antes de dizer.
-Eu soube hoje mais cedo... Amber me contou... ela estava muito feliz e acabou me dizendo mas eu não sabia se eu deveria te contar – ele dizia de forma hesitante, como se não tivesse certeza se deveria ou não falar e eu só me senti pior, me senti humilhada por ele e por ela. E pela primeira vez eu entendi porque nós sempre queremos socar a cara das amantes, porra, ela não foi enganada, ela sabia que ele estava comigo e ela quis. Ela estava feliz pelo fato dele ter me traído mas que porra eu estou dizendo? Eu já fui tão vadia quanto ela, o carma é uma vadia.
Eu me sentei na ponta da cama ainda chorando, e ergui os olhos para Brad.
-Eu comprei isso, e eu quero tanto, mas tanto usar! Nesse momento eu tô lutando contra cada parte do meu corpo para não usar.
Estendi a mão aberta para ele e seus olhos saltaram.
-Margot! Onde você conseguiu oxicodona? – ele estava espantado.
-Isso não importa, Brad, eu só quero não sentir essa dor! Eu... – e chorei novamente, ele veio rápido e me abraçou.
-Hey Magzinha, calma. – disse empático – Você não precisa dessa merda, não precisa. A gente vai dar um jeito, nem que eu soque a cara dele de novo por ser um babaca com você! Mas você precisa soltar essa droga da sua mão
Ele sabia que eu tinha que fazer aquilo, que eu precisava soltar, que eu precisava entender que aquilo não era a solução, ele sabia como me acalmar.
-Eu sei que você está aos pedaços, mas eu vou te ajudar a catar todos eles. – ele continuou dizendo.
-Você não entende, não é? – falei – é ele que junta meus pedaços, sem ele eu não consigo.
Seus lábios tremeram, não sei se por raiva ou por surpresa.
-Ele te traiu!
-E eu odeio ele por isso, mas não consigo viver sem ele. – respondi – e isso me mata!
Ele segurou meu rosto com as duas mãos, olhando em meus olhos.
-Você precisa enxergar, Margot! Como você não enxerga as coisas que estão na sua frente? Como não consegue ver?
-Do que você está falando? – perguntei mais confusa ainda sem saber sobre o que ele se referia. Mas ele pareceu ficar mais puto ainda, e teve a brilhante ideia de me beijar. Eu não sabia o que se passava na cabeça dele, na de Jared, nem mesmo na minha, eu sei que a vida estava brincando comigo porque nesse exato momento ele foi puxado para longe de mim, por Jared óbvio que resolveu aparecer na hora perfeita. Eu continuei sentada na cama, fraca diante de sua presença enquanto ele fuzilava Bradley.
-É assim que você quer resolver as coisas? – ele esbravejou, levantei os olhos para ele.
-Não grita com ela! – Bradley veio em minha defesa. – Ela já ta mal pra cacete!
Jared deu um passo ameaçando ir para cima dele.
-Eu tentei beijar ela, porque não suporto ver ela dessa forma mas olha – ele veio e puxou meu braço abrindo minha mão, Jared arregalou os olhos descrente do que estava vendo e eu me sentindo uma adolescente sendo pega pelo pai – se preocupa em deixar ela longe dessa merda.
-Mag... – Jared pronunciou sem saber como continuar a frase e eu me senti pequena e envergonhada.
-Bom, eu vou sair fora – Brad disse me dando uma ultima olhada e nos deixando a sós. Jared ainda descrente e ajoelhou em minha frente, segurando minha mão que ainda estava fechada segurando a droga.
-Por que você comprou isso? – ele perguntou.
-Para não sentir o que estou sentindo. – respondi olhando em seus olhos, que de culpa, lacrimejaram.
-Nós podemos resolver isso, você não precisa disso Mag. – ele dizia calmo mas eu ainda não queria soltar, não queria abrir minha mão. Doía tanto olhar para ele, doía tanto pensar nele com outra mulher, e me dava tanta raiva, que eu finalmente abri minha mão apenas para logo em seguida que a droga caiu dela, eu acertar seu rosto em um tapa que ecoou pela sala. Fiquei estática o olhando após isso, enquanto ele passava a mão no rosto sabendo que mereceu aquilo.
-Por que você fez isso comigo? – perguntei.
-Eu não sei – ele respondeu.
-Você a ama? – perguntei em seguida.
-O que? Não!
-Teria sido mais simples. – disse.
-Não teria! – ele discordou.
-Você teria um motivo! Você... tudo seria mais compreensível a gente se separaria e você ficaria com ela, mas o que eu fiz pra merecer isso? – eu segurei seu rosto com as duas mãos e apertei com força – o que eu fiz para você foder outra mulher?
Ele segurou meus punhos.
-Me perdoa!
Ele disse com a voz cortada, pelo nó que estava na garganta dele. E eu chorei novamente porque eu estava preparada para uma justificativa, pelas desculpas, estava preparada para ele jogar a culpa em mim, dizer que eu beijei Bradley e isso o magoou, mas ele simplesmente me pediu perdão e ali de joelho, tão próximo de mim eu via em seu rosto o quanto aquilo estava o matando. Mas eu tinha certeza, não tinha certeza. É ele quem junta meus pedaços. Oh meu Deus, e eu estava em pedaços.
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A acompanhante (CONCLUÍDA)
Romance(+18) "Margot era uma acompanhante de luxo, mas não qualquer acompanhante. Era a garota mais requisitada e mais cara da agência. Após ter sido deixada pela mãe aos quinze anos para trabalhar como striper em uma boate qualquer na Califórnia e na busc...