— À Mikasa; mais rica do que todos nós juntos! — Jean estendeu seu copo em um brinde e o bar inteiro - que na verdade só consistia de seus amigos - brindou. Mikasa abriu a boca para protestar, mas não conseguia pensar em uma negação. Era verdade; ela oficialmente comandava o bordel mais opulento da cidade. Ela escondeu o rosto atrás de seu copo.
— Ainda é de Lorde Pixis, eu só dirijo seu funcionamento.
— ... O que você já vem fazendo desde Deus sabe lá quando. — interveio Eren acaloradamente. Ele estava bebendo mais do que todos os outros. A notícia ainda estava sendo absorvida. — Se me perguntar, digo que o velho lhe deve um belo pagamento atrasado.
— Um brinde a isso! — Reiner estendeu sua própria caneca, bamboleando levemente em seu lugar. Os amigos brindaram de novo, copos se chocando destrambelhadamente no ar acima deles.
— Eu vou dormir. — disse Mikasa. — Tenho muito a fazer amanhã. E estou um pouco cansada.
— Eu vou estender uma cama para você. — disse Marco gentilmente, dando a volta no balcão para se juntar a ela.
— Isso é inacreditável. — disse Ymir assim que eles desapareceram escada acima. — Eu não consigo acreditar nisso.
— Coisas boas estão começando, meus amigos. — concordou Connie com um aceno de cabeça solene. — Isso é um sinal.
Eren assistiu seus amigos e sentiu a emoção se estabelecer confiante e quente dentro dele bem ao lado do calor inebriado do álcool. As coisas definitivamente estavam melhorando; era como se o universo tivesse finalmente percebido as injustiças com as quais eles tiveram que lidar e decidiu que era hora de empatar o placar. Ele sentia como se pudesse fazer qualquer coisa agora e que nada poderia dar errado. Ele sentia que era um dia promissor.
— Eu preciso ir. — Ele balbuciou.
— Boo, já não aguenta mais? — zombou Reiner. Eren balançou a cabeça.
— Eu tenho que ver alguém. Tenho que fazer uma coisa.
Jean, que assumira o bar desde que Marco saíra, lançou um olhar cético em sua direção.
— É quase meia-noite. Quem você...? — Sua expressão congelou. — Não.
Eren o ignorou e cambaleou para onde havia deixado seu casaco.
— Eren, volte aqui. Você está bêbado e estúpido, vá para a cama.
— Eu tenho que fazer isso enquanto estou bêbado e estúpido.
— O que ele vai fazer? — perguntou Sasha.
— Está indo se matar. Aonde você vai, para a base? A essa hora? Está chovendo, seu idiota! Espere, Annie. Só pegue a maldita garrafa - Eren!
Mas Eren já tinha subido as escadas, o ruído abafado da celebração lá embaixo já um pensamento longínquo em sua mente. O dia estava quase no fim e ele iria tentar a sorte. Seu estômago revirava de nervoso enquanto encarava a camada de chuva cinza pela porta, mas ele se preparou com um semblante determinado e puxou seu capuz para cima. Ele iria fazer isso.
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— Eren?
Levi encarou-o alarmado enquanto pingava água da chuva em sua porta. O temporal estava caindo com força atrás dele e estava encharcado até o osso, seu manto se agarrando à sua forma trêmula e seu cabelo emplastrado em sua testa. E mesmo assim, estava sorrindo. Sorrindo vertiginosamente de orelha a orelha enquanto seus dentes batiam de frio e suas roupas formavam uma poça em volta de seus pés. Levi olhou de relance para dentro da casa escura, procurando sinais de que alguém mais tivesse acordado.
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Street Brat (tradução pt/br)
Hayran KurguTendo vivido nas ruas com sua irmã desde muito jovem, Eren está acostumado a andar às margens da lei para sobreviver. Há muito tempo já desistiu de qualquer sonho de infância que nutria por entrar para as Tropas de Exploração; seu foco agora era aju...