14 Apolo.

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Abro meus olhos rapidamente à procura da Mel, mas não a vejo, tento me levantar, mas sinto algo me prender.

Observo ao redor e não entendo o que está acontecendo, estou em uma cela com Felipe, Sara, Flora, Wes e David ao meu lado, até mesmo o João está aqui e todos estão desacordados e acorrentados.

-Mas o que... — Ouço Stella e assim que ela se levanta, vejo Mel... Ela não parece bem.

-Mel... — Sussurro tentando me mover.

-Não, nem pensar... Volta Apolo.

-Volta? — Pergunto sem entender.

-É, volta a se lembrar... Agora. — Ela toca na minha cabeça e a escuridão me pega.

{……}

-Aai que pateta, como você pega gente tão sem noção assim?

Encaro Melissa, e nego, essa garota já esta me dando nos nervos, depois que acordei com ela do meu lado, fico me imaginando dormir com ela de novo.

Claro que eu não compartilho esse pensamento, nem mesmo com David. Melissa... A cada segundo tira meu juízo, com sua roupa ou até mesmo com seu jeito despercebida e gostosa.

-São escravos Melissa. — Falo tirando sua marra. -Que tal você respeitá-los? Pelo menos eles sabem que eu os quero e você? Que está na minha casa de intrusa, nem sei porquê não te matei ainda.

-Porque assim como seus homens me deseja, você também me deseja. — Ela toca meu rosto e se aproxima mordendo meus lábios, fecho os olhos para me controlar e não agarrá-la aqui mesmo, na frente de todos. -Mas com você é diferente, pois eles me desejam pelo meu corpo, já você... Você não me deseja somente pelo meu corpo, posso sentir. — Ela tenta tomar minha boca com um beijo, mas eu a seguro pelo cabelo e olho nos fundos do seus olhos.

-Você pode ser gostosa e me deixar maluco muitas das vezes, mas não pense que você é diferente das outras putas, entendeu?

-Apolo, você está me machucando. — Ela sussurra e de imediato eu afrouxo o aperto, mas me dou conta que a protejo demais então a jogo no chão.

-Ou você começa a seguir minhas regras ou eu te mato e mando seu corpo para sua família de feiticeiros que não te procurou ainda. Estou começando a pensar se você realmente é importante. — Subo no cavalo e faço o mesmo andar.

David achou melhor eu extravasar antes da lua aparecer por completo, como se era de se esperar, ela veio e veio com força total...

Assim que chegamos na cidade que iriamos limpar, me transformei e coloquei toda minha dedicação e raiva nisso.

Eu queria Melissa tanto quanto queria matar, eu preciso dela tanto quanto o ar, mas não posso demonstrar fraqueza, ao terminar, deixo um dos meus lobos mais confiáveis no comando e volto para casa.

Já estava de noite, meus olhos de lobos eram evidentes, eu sentia o cheiro da Melissa de longe... Não só o cheiro como suas vontades e seus pensamentos.

-Alfa? — Olho para David que se curva e abre a porta, eu olho ao redor e todos se curvam como respeito, mas como era de se esperar eu só a queria.

Então encarei a casa dos escravos e a vi na porta, ela parecia com medo, entrou e sumiu da minha vista, mas não do meu olfato, suspirei frustrado e entrei.

Me limpei rapidamente no banheiro, David como era de se esperar, não largou do meu pé, minha cabeça parecia explodir, corri até meu escritório e abri o frigobar, David deu risada e pegou uma cerveja.

-Santa cerveja. — Diz rindo.

-Tem mais na geladeira, distribuiu para geral... Quero todos controlados. — David assentiu e avisou todos.

Eles não sabiam, mas cada cerveja tinha um pouco de mata lobo, precisava manter todos quietos e calmos, isso fazia eles ficarem meio lerdos.

Tomei uma e me joguei no sofá, as escravas começou a limpar a bagunça que meus lobos estavam fazendo, até que a vi. Melissa estava com um grande saco de lixo, pegando garrafas atrás de garrafas com a reclamação do David.

-Você....

-Calado. — Melissa diz alto. -Se seu alfa não sabe se controlar, eu não vou ficar na minha... Eu não sei o que você quer que eu faça, mas eu estou inquieta e brava pra caralho, tem certeza que quer tentar? — Ela diz por último e David nega. -Obrigada. — E assim entra na casa.

Como se era de se esperar, o mata lobo já não fazia mais efeito, Melissa fazia efeito, ela pega as garrafas da mesa a minha frente e as quais que estão no chão.

-Você está bem? — Ela pergunta e eu sorrio assentindo. -Posso? — Diz apontando para minha mão.

Olhei e estava segurando uma garrafa com a metade da cerveja, estendi e a mesma deu um belo gole, ela realmente parecia inquieta e nervosa consigo mesmo, se eu não tivesse com veneno na mente e com a lua de sangue no céu, juraria que ela estava excitada.

-Desculpa. — Ela diz e me entrega a garrafa vazia. -Eu nunca passei por uma.... Lua de sei lá o que...

-Lua de sangue. Geralmente ela só atinge os lobos.

-É... E aparentemente isso está me assustando um pouco... David me disse o que ela faz com a cabeça de vocês. — Ela sussurra e se encolhe ao ver um dos meus lobos passar e a encarar, rosnei para ele que andou mais rápido.

-Eles não irão lhe machucar...

-Você quer a mesma coisa que eles... Por que eu deveria confiar?

-Porque se eu tiver você, vai ser com seu consentimento. — Afirmo pegando uma nova garrafa.

Mas tomo um susto ao ser beijado por Melissa, não consegui reagir, não como eu imaginei reagir, somente toquei seu rosto a fazendo se aproximar ainda mais.

Sinto sua respiração ao soltar meus lábios e então ela me encara, ela parece se assustar e se afastar apressadamente.

-Sinto muito... Eu... Eu... Não faço ideia... É que eu nunca senti isso... — Ela tenta se explicar e eu tento raciocinar. -É como se minha menina tivesse queimando e meu corpo te chamasse... — Ela arregala os olhos e olhou para baixo. -Puta merda... Não deveria dizer isso, sinto muito. — Ela se levanta e cai em cima das garrafas me assustando no mesmo segundo.

O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora