O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)

54.

Stella

Assim que eu fiz o cavalo correr deixei minha magia fluir fazendo algumas armadilhas para os lobos, sinto que eles estão próximos e começo a correr na direção que Mel foi, sinto o poder da Mel diminuir e meu coração acelerar.

-David... — Quando penso que não, já estou chamando David.

-Stella, tudo bem? — Me assusto quando ele me responde. -Estou indo, não saia dai.

Poderia dizer que o desespero só aumentou, até porque os lobos me cercaram, mas não, sinto como se um peso se libertar-se de mim, fecho meus olhos e sei que ele está se aproximando, eu só preciso enrolar até ele me achar.

Mato um e faço outro desmaiar, minha magia realmente está se esgotando, sinto algo me puxar pela perna e é ai que eu começo a me desesperar...

-Me solta. — Grito e jogo folhas em seu rosto, mas só serviu o enorme lobo me com divertimento, ótimo, vou morrer.

Fecho meus olhos e é ai que sinto um solavanco, até pensei que ficaria sem perna, é o David, estraçalhando o lobo.

David

Mata um e mata outro, chega a ser uma das luta.. Uma não, a luta mais sem graça que já tive, vejo Wes, Felipe, Sara e Flora correr para floresta, até penso em perguntar o que aconteceu, mas sinto um desespero me tomar e a voz da Stella ecoar em minha mente.

-David..

-Stella? Tudo bem? — Ela não me responde, droga. -Estou indo, não saia dai.

E assim acelero para acabar com o lobo a minha frente, vejo seu cheiro indo para a floresta e vejo seus passos, corro em sua direção e ouço Apolo me chamar.

-David... — Paro e Apolo fica a minha frente.

-Consigo sentir o cheiro dela, Apolo. — Falo e volto a correr sem pensar em mais nada.

O ódio me consome em segundos quando vejo aquelas presas na perna da Stella, sem pensar duas vezes avanço no filho da mãe que ousa tocá-la e estraçalho ele todo, sinto o gosto de sangue e Stella me chamar.

-David, para. — Seus olhos estão lacrimejando e eu paro, olho ao redor e não vejo Apolo. -Ele foi atrás da Mel. — Ela sussurra e se aproxima. -Volta para mim, David. — Minha respiração volta ao normal e quando penso que não já estou em minha forma humana.

Ela me abraça e sinto que ela está assustada, muito assustada, mas aparentemente eu a acalmo e isso é bom, beijo seus lábios, pois somente assim vou manter meu controle.

-Aah Stella. — Ouvimos uma voz, mas não vemos nada. -Errar uma vez, faz parte, mas errar o mesmo erro duas vezes já é burrice. — Stella se agarra a mim.

Merda é o...

Apolo

Quando vi Mel sair com Stella no cavalo eu me desesperei, e Bruno me lançando feitiços que não faziam nem cócegas em mim, me irritei e diversas vezes tentei arrancar sua cabeça de vez, mas o filha da mãe conseguia escapar dos meus golpes e antes que eu pudesse piscar ele desapareceu que nem fumaça.

-A Mel, foi para lá Apolo, corre.

Aquela frase da Stella me passou urgência e ativou um medo que eu não estava sentindo, corro o mais rápido que posso, sinto seu cheiro mais proximo. Mel precisa estar bem, ela e meu filho precisa estar bem.

-MEL. — A grito assim que a vejo no chão. -Mel..

-Apolo, foge. — Ela consegue me falar pela mente.

E quando penso em reagir, a escuridão me toma me fazendo desmaiar.

Melissa

Mas que merda, Bruno conseguiu me desarmar, não posso chamar matrona, pois dei uma missão a ela e só quando ela cumprir a missão poderá me ajudar.

Corro o mais rápido que consigo ou melhor, o cavalo corre o mais rápido que consegue, sinto que os lobos nos alcança e tento impedir deles de me atacar como da última vez.

Peço ajuda ao vento, água, fogo e até mesmo a terra para despistá-los e até funciona por um tempo, mas Bruno faz questão de fazer os elementos parar de confundi-los e isso significa morte na certa, espero que Apolo esteja bem.

Faço o cavalo ir mais rápido e jogo um feitiço quando os lobos se aproximam, mas quando penso em fazer qualquer outra coisa sou arremessada para longe.

-Você acha mesmo que vim aqui para perder? — Bruno aparece que nem fumaça a minha frente, como ele consegue fazer isso?

-Bruno, para. — Falo e ele sorri, um sorriso de loucura.

-Você é minha Melissa e se não for minha, não será de mais ninguém. — Ele passa a mão pelo meu rosto.

-Então pode me destruir, pois nunca, está me ouvindo Bruno? Nunca vou ser sua, sou somente do Apolo. — E assim meu rosto vira com brutalidade, ele me deu um tapa, ótimo.

-Espero que goste de sofrer Melissa, pois é isso que vai acontecer com você e seus amigos. — Bruno pega em meu cabelo e sai me arrastando.

Sinto que Apolo se aproxima e sei que ele sentiu também, pois para bruscamente e me pega pelo pescoço.

-Shiiiu. — E assim ele some, caiu no chão e começo a tossir.

Suspiro e me ajeito no chão, estou mais do que ferrada, como vou me livrar dessa com um bebê em meu ventre, sinto lágrimas descer sem permissões...

-MEL.. — Vejo Apolo se aproximar e eu tento falar, mas algo me impedi. -Mel..

-Apolo, foge. — Falo em sua mente e ele me olha confuso, mas quando penso que não, Apolo cai ao meu lado e de pouco a pouco volta sua forma humana. -APOLO.. — Grito em sua mente e balanço ele.

-Vou fazer vocês todos sofrer. — Ouço Bruno falar e eu o olho.

-O que você quer de mim, Bruno? — Pergunto chorando.

-Você é minha Mel... Ou pelo menos era, até ele aparecer. — Ele toca em meu rosto e eu me afasto.

-Eu sempre fui do Apolo. — Volto a falar com raiva e mais um tapa ele me dá, ele volta a me pegar pelo pescoço e limpa meu rosto que se fez um corte. -Vou sempre ser dele Bruno, não importa o que você faça. — Ele aperta meu ferimento o que me faz fechar os olhos.

-Você nunca... — Ele se cala e a ardência do meu ferimento se torna mais intensa, tanto que deixo um gemido sair de mim. -Melissa, mas o que? — Ele sorri. -Como uma feiticeira/humana consegue fazer isso? — Ele parece pensar e uma gargalhada sai de seus lábios. -Você é uma Aleugnab.

-Vai pro inferno. — Falo e mais uma gargalhada.

-Boa noite meu amor. — Ele fala e a escuridão me pega.