58 Apolo

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Abro meus olhos encarando tudo, toco em meu peito e vejo que não tem nada... Nenhum corte ou ferimento, o que é bom.

-Apolo! — Encaro Stella que tampa toda minha visão. -Levante... Preciso que se levante e impeça Melissa!

-Mel. — Sussurrei procurando a pelo local.

Tal esse que eu não me recordava bem, onde eu estava? A última coisa que eu me lembro é de ver Melissa falar algo estranho.

De ver meu filho... Arthur. Me sento rapidamente e procuro por ele. Arthur, onde ele está? Ele está vivo?

-APOLO! — Tomo um susto com o grito da Stella e a encaro. -Melissa vai destruir a memória do Bruno, o que significa que ela fará o que fizeram com ela... Fará Bruno ser esquecido.

-Por que eu devo me importar com isso? — Pergunto tentando lembrar onde estou. -David. — Sussurrei indo até ele, ou tentando... Já que parte minha ainda estava acordando.

-A companheira do Bruno é Samantha, irmã da Mel! — Encarei Stella confusa.

-Irmã... — Sussurrei me lembrando o que Bruno disse sobre ela. -Bruno a matou, como Melissa pensa em fazer isso?

-Voltando ao passado, quando ela era só uma criança, quando Bruno percebeu que Sam era sua companheira.

-Ela... Ela vai machucar família para destruir Bruno? — Pergunto surpreso. -Ela... Como ela pode voltar ao passado?

-É complicado.

-Me explica. — peço vendo a mesma respirar fundo.

-Melissa é o centro da magia... Como? Eu não faço ideia, talvez seja porque ela tem uma parte deusa dentro dela.

-Todos nós temos. — Falo sem entender.

-As vezes isso acontece, Apolo! — Stella grita. -Tem vezes que criaturas nasce com poder demais da conta, muito delas morrem antes de aprender as regras.

-Que regras? — Pergunto a encarando.

-Não podem fazer  isso, quanto mais você usa seu poder proibido para o mal, você acaba perdendo uma parte de você... Resultando na sua morte.

-Ela não pode fazer isso.

-Foi o que eu disse! — Stella grita e eu suspiro tentando me mexer, mas estava dificil.

-Stella, me ajuda.

-Ativa seu lobo... Agora. — Neguei ouvindo a ordem da mesma.

Fechei meus olhos chamando o mesmo, que parecia acordar do sono agora, rosnei alto sentindo partes minhas se recuperar.

Ao abrir o olhos, minhas lembranças, até das mais antigas, estavam comigo... Eu me lembrava de tudo, de toda minha familia.

Me levantei ainda cambaleando, me apoiei na cela e suspirei, andei vagarosamente até Melissa, seu cheiro não mudou em nada.

Me pergunto se o cheiro do meu filho ainda continua o mesmo, será que eu o acharia se tentasse?

Ouço sua voz me fazendo andar mais rápido, merda... Aquele lugar parecia sugar minha força.

Ao chega me perdi em meio a tanto sangue, a tanta gente... Muitos me olharam, alguns pareciam me reconhecer... Outros ter medo de mim, mas os olhares que mais percebi ali era de confusão.

Pisei dentro daquela cela enorme vendo Bruno ajoelhado no chão, eu queria socar sua cara, queria arrebentar ele... Por causa dele perdi Melissa, perdi meu filho e meus lobos.

O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora