O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)

47 Mel

-PAAAII. — Grito entrando no casarão.

-O que é Melissa? — Ele diz e aparentemente está bravo.

-Nando, ele não para de me seguir, o que acha que vou fazer? — Pergunto o encarando.

-Não sei. O que pensa em fazer, filha? — Ele pergunta me fazendo bufar.

-Um mês, um mês e uma semana nesse maldito casarão enquanto meu filho e Malia estão perdido por esse mundo, APOLO... o senhor me prometeu ele. Eu o quero, e quero meu menino comigo. — Digo começando a chorar.

-Eeii. — Ele diz limpando minhas lágrimas. -Eu vou achá-los, eu prometo. — neguei me afastando.

-Não promete, faça algo. — Afirmei indo em direção ao meu quarto.

Fecho a porta com força e me jogo na cama, ai que raiva, suspiro limpando as lágrimas e encarando o teto.

-Cadê você, Apolo? — Me pergunto. -Por que me deixou? — Deixo mais lágrimas escapar e me sento no chão.

Rasgo o meu vestido de tanta raiva que sinto, chega dessas merdas de vestidos, eu sou uma guerreira e não uma princesa.

Abro meu guarda roupa pegando uma calça de homem que havia pegado um tempo atrás, a visto e pego uma blusa, ela fica enorme em mim.

É o que dá não fazer esse tipo de roupa para mulher, suspiro pegando um casaco e colocando uma boa parte da blusa por dentro da calça.

Afasto o guarda roupa e quebro a parede, encaro a espada de Gaia e meu arco, deixo mais lágrimas escapar e suspiro.

-Sem lágrimas, eu vou salvar nossos filhos. Sem Apolo. — Afirmo tocando meu colar.

Pego a espada e o arco, vejo poucas flechas e suspiro vendo que vou ser obrigada a procurar por mais.

Sei que assim que eu sair por essa porta Nando voltará a me seguir, tranco a porta por dentro e abro a janela.

Segundo andar, ok. Eu consigo, ando lentamente pela telha que havia ali e vejo que pisei em falso, merda... Faço um pequeno feitiço para me deixar a centímetros do chão e ao terminar deixo tudo cair.

Sento no chão vendo que não havia nem guardas na aérea do fundo, me levanto e corro para perto da entrada.

Percebo algumas crianças brincando e vejo algumas flechas perto do fogo, preciso de uma distração.

-LOBOS. — Arregalo meus olhos ao ouvir um dos vigias correr e gritar.

Mas logo sorrio, é perfeito. Começo a chamar as flechas que no início veio até mim lentamente, mas conforme a alcateia do meu pai corre para se proteger, a velocidade da flecha aumenta.

Ao tocar nas flechas sorrio, consegui. Encaro uma última vez o povo do meu pai e o casarão. Abandoná-los seria mesmo o melhor? Suspiro, é pelo Arthur.

Começo a correr floresta adentro e quando me distancio o bastante começo a andar, eu disfarçava cada passo que dava, nesse momento o único que poderia me achar seria Apolo, por contar da nossa conexão não posso me esconder dele, senão for pelo cheiro, será pela audição. De certa forma, Apolo sempre me acha.

A noite chega rapidamente me fazendo suspirar, preciso descansar, faço uma fogueira e encaro meu colar.

Eu posso achar Arthur sem Apolo, a ligação deles não são maior que a minha com meu filho, carreguei aquela criatura por nove meses e foi uma dor desgraçada para jogá-lo para fora.

Eu vou achá-lo. Afirmo abrindo o colar e pegando um pouco das cinzas, corto minha mão e jogo tudo no fogo.

-Vamos lá Arthur... Onde você está? — Pergunto vendo algo no fogo.

Parecia crianças, muitas crianças... Me aproximo para ver mais e percebo que não iria dar certo, pego mais cinzas e começo a rezar para o vento.

Se for para achá-lo, que pelo menos seja por onde eu realmente vou conseguir ver. O vento, como se é de esperar, me responde levando as cinzas em frente.

-Agora é? — Pergunto e suspiro indo em frente.

Mas antes, apaguei o fogo e averiguei tudo... Precisava continuar invisivel, me apresso a seguir o vento, sei que ele não é paciente.