O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)

49 Mel

-Espera. — Falei e respirei fundo. -Preciso de água, dá um tempo vento. — Ele para e eu me sento.

Gemo sentindo mais um aperto no meu peito, deixo uma lagrima escapar e encaro o nada.

-Por favor... Não me esqueça. — Imploro limpando a lágrima.

Tomo um susto com um cantio sendo jogado em mim, encaro ao redor e nada, abro e cheiro, bebida alcoólica não é, tomo um gole e sinto o gosto da água.

-Obrigada. — Falei sorrindo, esses elementos em. São minhas salvação.

Começamos a andar lentamente, até chegarmos a um vilarejo, bem simples, parece até com uma aldeia de lobos, vejo o vento parar na porta de um casarão.

-O que será aquilo? — Me pergunto e entro no vilarejo parando na porta.

Bato duas vezes e uma mulher atende, ela sorri para mim, seu rosto parece amigável, vejo a mesma me analisar e eu a encaro.

-Olá, veio atrás de uma criança? — Ela pergunta me fazendo sorrir e assentir.

Só espero que eles não torturam as crianças aqui, entro na casa vendo um grupo de criança correndo, eles parecem alegres.

-O que vocês são? — Pergunto vendo a sorrir.

-Aqui é um lar para elas, as achamos, cuidamos, alimentamos, vestimos elas... Elas são o nosso futuro, não? — Assenti sorrindo.

-Minha antiga vila foi atacada. — Invento. -Nisso eu fui capturada e vendida como escrava, mas eu consegui escapar... Agora, eu estou a procura do meu filho.

-Meu deus. — Ela diz pegando minha mão. -Sinto muito por isso, me diga o nome da criança... Quem sabe ela esteja aqui.

-Arthur, Arthur Carvalho. — Digo firme a vendo sorrir.

-Você é a mãe, ou também é a feiticeura que apagou a memória dele? — Ela pergunta sorrindo e mostra o amuleto dela.

-Eu precisava protegê-lo.

-Entendo. — Ela diz e começa a andar. -Ele ficou bem abalado quando Malia foi adotada, ele não se enturma e nem come, só a força.

-Ela foi o que? — Pergunto me irritando. -Eles precisam ficar juntos. — Afirmei parando a. -Onde Malia está?

-Casarão branco, no final da rua. — assento. -Ali, ali está ele.

Paro o encarando, Arthur está sentado no chão despedaçando uma flor.

-Ele brigou com alguns coleguinhas mais velhos, ele é bem forte para idade dele. — Sorri entrando no pequeno parque que fizeram ali.

-Arthur? — O chamei, ele me olhou e me encarava confuso.

Me aproximei e me ajoelhei na sua frente, peguei o amuleto no seu pescoço e devolvi suas memórias, se passou uns dez segundos até ele se lembrar de mim.

-MÃE. — Ele grita animado e pula em mim. -Eu sabia que ia me achar... A Malia, eu não consegui protegê-la. — Ele diz chorando.

O faço sentar e me encarar, limpei suas lagrimas, ele tem um olho roxo, que logo começa a se cicatrizar.

Sem memória, Arthur esqueceu como se curava, com ela... Todos os seus machucados físicos se vão.

-Bom garoto. — Sussurrei limpando suas lágrimas. -Vamos achá-la, entendeu? — Ele assentiu. -Obrigada por tudo, irei me lembrar disso, caso precise de algo... Meu nome é...

-Melissa Carvalho. — Ela diz me fazendo rir. -Sou irmã da Margarida, a rainha. Ela me contou de você... Obrigada por ajuda-la... Ela e a Lua.

-De nada. — Sussurei sem saber do que ela estava dizendo. -Preciso ir, obrigada por tudo. — Peguei Arthur no colo e corri dali.

-Quem é Lua? — Arthur pergunta e eu nego rindo, coloco o no chão e corremos juntos.

Quando ela disse que era um casarão branco, não achei que era um castelo, Arthur e eu nós encaramos e supiramos indo até a porta e batendo.

-Como posso ajudar?

-Ola, sou Melissa e esse aqui é Arthur, estamos indo embora e ele queria se despedir da amiga, Malia está aqui... Não?

-Está sim. — Um homem diz firme e se aproxima mandando a mulher embora. -Me lembro de você, ficou bravo por levarmos ela de você.

-Ela era minha e vocês tiraram de mim. — Arthur diz bravo e eu nego, é que nem o pai.

-O que ele quer dizer. — Apertei sua mão. -É que ele está com saudades e só quer se despedir. — O homem me analisa e depois encara Arthur.

-Esperem na sala, vou busca-la. — Assentimos.

A sala deles era enorme, mas eu nem foquei nisso, eu só conseguia torcer para que minha magia não me abandonasse agora.

-Malia. — Arthur corre e vai até ela.

Meu deus, Malia cresceu demais, se passou somente um mês e ela está linda, seus olhos continuam azuis e agora... Seus cabelos loiros já aparecem, sorri me aproximando.

Ela se anima com Arthur e ri animadamente, senti saudades de ver essa conexão deles.

-E a mãe? — Pergunto olhando o homem.

-Como sabe, Malia não é nossa filha, minha mulher perdeu o bebê no parto... Ela quase se destruiu, mas agora... Ela está se recuperando.

-Sinto muito por isso. — Sussurrei estalando o dedo e todos da sala, menos Arthur e Malia desmaiaram. -Vem, vamos. — Disse saindo da casa e indo até um cavalo.

Coloquei os dois e sai correndo, voltar era mais fácil, eu fazia o cavalo correr com rapidez, mas  me surpreendo com lobos me cercando.

-Sério isso produção? — Pergunto ouvindo Arthur rosnar.

Jogo alguns feitiços fracos fazendo os voar, mas nada funciona, são tantos... Merda e agora?

-APOLO. — Arthur grita ao ver um lobo se aproximar rapidamente.

-Dúvido que seja Apolo, meu amor. — Digo não reconhecendo o lobo.

Aproveito que os lobos se distraem e corro para o lado oposto, mas imaginem minha surpresa ao ver mais lobos.

-Da onde foi que vocês vieram, em? — Pergunto brava.

-Sou o alfa da alcateia, Alex. — O homem que deveria estar desmaiado fala. -Me desculpa, sério? — Neguei descendo do cavalo e dando a redia pro Arthur.

-Você que tirou a bebê do Arthur, não eu. — Afirmei o encarando.

-Não vai me dizer que Malia é companheira do moleque.

-É complicado. — Afirmei sacando minha espada. -Malia é filha de alguém importante... Preciso devolvê-la... E eu vou.

O homem sorri e se transforma em lobo, sacanagem... Pulo para o lado vendo o vir em minha direção.

Ele rosna me jogando na árvore, gemo sentindo minha costas arder, vejo o mesmo lobo preto aparecer e atacar Alex.

Não sei quem é... Mas gosto do fato de não morrer, sinto minha visão falhar e relaxo na árvore, mesmo não querendo eu desmaiei.