15 Mel.

100 16 7
                                    

Ao sentir os vidros se quebrar e alguns até me atingir, gemi sentindo a merda da dor me atingir em cheio, mas o que mais me assustou foi Apolo correr até mim e me tirar de cima dos vidros, David e João correu para dentro com alguns dos lobos do Apolo.

-O que aconteceu? — David pergunta ofegante, o mesmo está sem blusa e com seus cabelos todos bagunçados, seus olhos são amarelos me assustando e quase me fazendo cair, mas Apolo me segura.

-Eu me assustei com.... — Comecei a procurar algo para dizer e encaro Apolo. -Com os olhos dele. — Apontei para Apolo que me olha surpreso e assentiu rapidamente.

-É... Eu não consegui controlar. — Ele afirma e me solta. -Se machucou?

-Um pouco. — Digo e olho minha perna. -Vou atrás de um kit... Com licença. — Saiu rapidamente e ao chegar na cozinha respiro fundo.

-Meu deus menina... — Uma moça gentil diz. -Vem cá, vem. — Ela me faz sentar no balcão e deixa um kit do meu lado.

-Neide, precisamos de você...

-Agora?

-É, agora Neide. — O rapaz repeti e ela suspira.

-Tudo bem, eu cuido aqui... Qualquer coisa te chamo.

-Tudo bem. — Ela diz e eu sorrio.

Pego uma pinça e tiro vidro por vidro, uma dor nova a cada vidro no balcão, uma coisa é certa... A dor de verdade ainda nem chegou, suspiro e limpo os ferimentos, vejo meu sangue parar e sinto cada ferimento queimar.

Ao abrir os olhos, os encaro, vendo que se curou, agradeço a esse dom de me curar, olho ao redor e afirmo que não tem ninguém, graças a deus que não tem, minha mãe sempre me disse que era para nunca mostrar isso a ninguém.

Desço do balcão e limpo tudo, assim que joguei o pano sujo de sangue no lixo Apolo entra na cozinha, e toda aquela excitação, inquietude e nervosismo voltou, como se ele fosse o gatilho.

-Está tudo bem? — Ele pergunta e eu sorrio mexendo no vestido.

-Está sim. — Falo rapidamente. -Eu fiz um feitiço de cura e... — Ele se aproxima, fica perto até demais e sorri.

-Que bom. — Ele estende uma garrafa e eu a pego. -Vamos para sala.

-Ook. — Sussurrei seguindo ele.

Apolo e eu bebemos e conversamos animadamente, ele me conta como conheceu David e diz o quão feio ele era, acabei rindo, até chorar eu chorei.

-Acho que acabou... — Digo e deixo a garrafa cair, fazendo Apolo se deitar de tanto rir. -Para seu ruim... — Disse e ele se sentou.

-Você está bêbada. — Ele diz me fazendo rir.

-Talvez... Acho que é por que isso tem álcool. — Afirmei fazendo ele sorrir.

-Tem mais mata lobo do que álcool, mas tudo bem.

-Mata lobo? — Pergunto surpresa.

-É... Não ache que eu estou envenenando meus lobos, esse veneno  é saudável, só deixa eles lerdos, lerdos o bastante para não machucar nenhuma mulher daqui.

-Te deixa lerdo? — Sussurrei me aproximando.

-Um pouco.... — Sorri e ele se ajeitou no sofá. -Posso te fazer uma pergunta?

-Já fez, próxima. — Falo fazendo o mesmo me olhar de cara feia. -Ook... Fala.

-Por que me beijou? — Pergunta me fazendo cair na real.

-Não sei...

-Você disse que está excitada... Está me desejando? — Ele se aproxima ainda me encarando. -Você me quer? Quer que eu te toque? Te beije.... Te faça minha? — Sussurrou me causando arrepios.

-Acho... Acho que sim... — Sussurrei de volta.

Vejo um sorriso se formar em seus lábios e suas mãos tocar meu rosto, fecho meus olhos tocando em seu peito, trazendo o mais para perto de mim.

Ele morde meu lábio inferior e eu acabo sorrindo, aquilo realmente era real, depois de toda briga que tive com David para entrar e me satisfazer, de ouvir Apolo dizer que não me queria... Dizer que não o queria, é esse o nosso final, ficar juntos.

Ao perceber já estou no colo do Apolo, o agarrando como jamais agarrei outro alguém, Apolo então me analisa com suas mãos cuidadosamente e carinhosamente, acabo gemendo sentindo seu aperto na minha bunda, mas quando penso que vai ficar melhor, Apolo para.

-O que foi? — Perguntei ainda ofegante.

-David... David está vindo... — Acabei rindo e me levantei rapidamente com sua ordem.

-Está com medo que ele nós veja juntos? — Pergunto rindo.

-Não, é só que ele vai me fazer parar....

-E você quer?

-Não. — Diz e me beija mais uma vez.

Ao subir a escada, acabamos caindo me fazendo rir, ele me faz entrelaçar minhas pernas em sua cintura e segura minha bunda, ao abrir os olhos, seus olhos estão roxos, sorrio com isso.

Eu não tenho mais medo dos seus olhos, eles me excitam ainda mais, tomo sua boca mas logo o mesmo me faz soltar me fazendo rir.

Apolo sobe as escadas rapidamente e me prensa na primeira parede que vê, toma minha boca com fogo, o correspondia com a mesma intensidade e deixei ele fazer o que quiser comigo.

O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora