43 Arthur

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-Criança idiota. — Imito sua voz batendo a porta do meu quarto. -Você precisa aprender a sobreviver. — Grito socando a parede. -Eu não vou fugir. — Afirmei dando o último soco e sentindo o sangue escorrer junto da parede que se quebra.

-Apolo também é assim. — Tomo um susto e me viro rapidamente ao encarar Wes, suspiro aliviado.

-O que quer? — Pergunto bravo e me sento na cama.

-Eu vi o que Apolo fez, e vim ver se está tudo bem.

-Jurava ter ouvido David atrás. — Sussurrei mexendo na coberta.

-Mandei ele voltar e ficar com Apolo. — Ele afirmou e se sentou ao meu lado. -Apolo...

-Apolo exige demais de mim. — Afirmei vendo Wes sorrir. -Por que está rindo?

-Meu pai exigia demais do Apolo também.

-Você é mais velho, não é? — Pergunto o encarando. -Por que não é o alfa?

-Ser alfa não significa ser o primogênito, ser alfa significa ser o mais forte. — Wes responde me fazendo ficar ainda mais confuso. -Apolo lhe explicará melhor.

-Não quero vê-lo. — Afirmei encarando minha mão.

O sangue, que ainda escorria, parou lentamente e minha pele começou a cobrir o machucado me causando uma leve ardência, suspiro bravo e cruzo os braços.

-Precisa dar tempo ao tempo, vai dormir. — Wes bagunça meu cabelo e sai do quarto.

-Loucos. — Sussurrei me jogando na cama.

Logo meus olhos começam a pesar e o sono me embala, mas devo confessar que não consegui dormir direito, mais ficava acordado do que dormir.

Ouço Malia chorar e me levanto, vou vagarosamente até seu quarto e sorrio vendo seus azuis tão lindo, são bem mais azuis que os meus.

-E ai deusa. — Sussurrei fazendo a me encarar e parar de chorar. -Já viu o sol nascer? — Ela continua a me olhar atentamente. -Venha, vou lhe mostrar. — A peguei no colo e desci até a entrada da casa.

Me sentei na varanda e suspirei ajeitando a no meu colo, ela se mexe pouco, parece tentar arranjar um canto confortável para assistir o sol nascer comigo.

Não esperamos por muito tempo, pelo contrário, foi bem rápido, o sol começou a nascer e Malia riu, eu a abracei rindo junto.

-Já ouviu a história do sol, Malia? — Sussurrei em seu ouvido. -O sol era somente uma criatura, como varias outras, sofria bullying, era maltratada, mas o que ninguém sabia, era que sempre que a lua aparecia, algo a chamava... Sabe o que? — Encaro Malia que mais prestava atenção em mim do que no sol. -Era o céu, e então... Em uma certa noite, a lua brava pela injustiça que todos faziam com essa criatura tão explandida, a protegeu matando todos a sua volta. A criatura, agredecida pelo ato de raiva da lua, se curvou a ela e pediu para se juntar a lua, e assim ela aceitou, mas tinha um porém...

-A lua não podia dividir seu espaço com outro brilho, e então, deu lhe um novo espaço, e assim ele foi conhecido como o sol. — Encaro Apolo que se aproxima e se instala ao meu lado. -Ao pôr do sol e ao nascer dele, os dois se encontram, por breves segundos, não é muito tempo que eles tem, mas é o bastante para construir uma vida.

-O que quer? — Pergunto bravo abraçando Malia.

-Pedir desculpas, deixa eu me desculpar direito. — Ele estendeu a mão e eu o encarei.

-Quer se desculpar? — Apolo assentiu, me levanto com Malia e vejo minha mãe na porta nos olhando. -Pode cuidar dela, mamãe? — Minha mãe assentiu sorrindo.

O Supremo Alfa ~APOLO E MELISSA~ (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora